Maristeb - 41

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— É só não fazer a minha filha sofrer! — ficou de pé.

— Eu farei o possível para que isso não aconteça! — ficou de pé quando a viu se preparar para ir. — Marlene? — os olhares se encontraram. — Se precisar de uma ajuda no processo de adoção, eu posso te ajudar!

— Não se preocupe que eu já consegui! — e sem mais se foi a deixando com um sorriso no rosto.

Para Maria expor seu ponto de vista era fácil e assim faria com que Marlene entendesse que ela não queria seu lugar, aquele lugar já não correspondia a ela há muito tempo, mas dali em diante estaria na vida de Mia e não podia mais fugir daquele sentimento que crescia dentro de seu coração desde que a abraçou no hospital. Era algo tão novo e diferente que ela não sabia como agir direito, não sabia se deveria ligar ou aparece para vê-la na faculdade, não sabia muito bem como se portar mais aos poucos iria conseguir e o primeiro passo já estava dado ao permitir o encontro com os filhos.

Maria ficou ali por mais alguns minutos com seus pensamentos e depois subiu para se arrumar e iniciar seu dia que seria longo e cheio de emoções. Marlene quando pisou na calçada teve que respirar profundamente, tinha um turbilhão de sentimentos dentro de si e o que mais gritava era saber que não teria como manter Maria longe de sua filha já que ela era uma mulher boa e de sentimentos compreendidos depois de saber de sua história.

Marlene era mãe e se tornaria mãe novamente em poucos dias com mais um pedido de adoção que tinha sido aprovado, não tinha contado a Mia já que o faria no mesmo dia em que contou a ela sobre sua adoção e tudo virou uma montanha russa tanto para problemas quanto para algumas alegrias como aquela. Ela entrou no táxi e ligou para o marido contando a novidade e entre lágrimas ficaram de se encontrar na hora do almoço para resolverem juntos o que precisava ser resolvido.

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MAIS TARDE...

Mia já estava no shopping a alguns minutos, tinha seu coração acelerado e as mãos suavam com ela limpando uma em seu jeans, olhava para todos os lados como se assim fosse encontrá-la a qualquer momento e assim seria, mas ela não estava preparada ou era somente o nervosismo de estar frente a sua verdadeira família. Estevão já tinha cruzado as portas do shopping e subia as escadas rolantes segurando o filho que queria se aventurar enquanto Antônia também tinha as mãos suadas e passava sobre sua calça imaginando tantas perguntas para fazer mais sabendo que no final não faria nenhuma.

Quando chegaram ao terceiro andar, Estevão a avistou de longe e mostrou a filha que não pensou duas vezes em sair correndo ao encontro da irmã e todo o barulho fez com que Mia virasse ao mesmo tempo em que era agarrada por Antônia e sentia a melhor e a pior dor de sua vida. Mia fraquejou de tal forma pela dor no braço que caiu sentada no banco fazendo com que a mais nova se assustasse e se afastasse de imediato, os olhos cheios de lágrimas se encontraram e elas nada conseguiram dizer.

— Meu Deus! — Estevão deixou Anthony no chão e abaixou para olhá-la. — Filha esqueceu o que o papai disse?

— Eu... Me desculpe! — deixou as lágrimas rolarem por seu rosto.

Estevão tocou o rosto de Mia que estava um pouco mais pálida e ela o olhou piscando e assim as lágrimas rolaram por seu rosto.

— Precisa de um médico?

— E-Eu estou bem! — gaguejou e olhou a irmã que chorava em silêncio. — Está tudo bem! Eu só fui pega de surpresa!

— Eu não queria. — se justificou de imediato.

Mia deu um meio sorriso e esticou o braço bom para que ela pegasse em sua mão, podia sentir o quanto estava tremendo mais não iria mostrar a ela e assustá-la mais ainda.

A CONTRATADA - MyEOnde histórias criam vida. Descubra agora