Os jogos.
Dois anos depois.
Eu estava tentando pensar, mas Thelma e Bia não calavam a boca. Eu não tinha dormido bem a noite passada, porque fiquei estudando para prova, e só queria dormir, mas as meninas estava pouco se importando com isso.
— Vocês não vão calar a boca? — Reclamei.
— Eita, credo, Marcela — exclamou Bia. — Que mal humor é esse?
— Do tipo que estou com sono e estou tentando pensar e as donzelas não calam a boca?
— Inacreditável — falou Thelma. — Logo você, a garota mais curiosa do Colégio Grupo, não querendo saber as últimas fofocas.
— E quais seriam as últimas fofocas desse tão parado e tedioso colégio, dona Thelma?
— Estão falando por aí que a Clara-
— Anda se cortando? — completei.
Ela me olhou com raiva.
— E que o Daniel está-
— Saindo com uma garota do recife? — completei novamente. — Se for algo do top 5, Thelma, qualquer pessoa sabe. Tente algo novo. Principalmente que não seja do segundo B.
Thelma me olhou como se me desafiasse.
— Essa é nova, Marcela. Uma nova aluna está se transferido para aquela sala.
— O quê?
— Dizem que ela é especial.
Fiquei mais pensativa. Eu estava no Colégio Grupo desde do meu oitavo ano, e quando saímos do fundamental, junto com alguns alunos, levei uma proposta de melhorar a separação de sala, os bolsistas e os nerds realmente queriam ficar longe do playboys e top 5. Por alguma razão, o diretor gostou da minha ideia e assim, as salas foram separadas em três seguindo essa lógica. Eu estava, atualmente, no segundo C, e as salas do segundo A e B eram afastadas e quase nunca via o pessoal, salvo o intervalo.
O que era conhecido com a hora da fofoca. Thelma e Bia amavam o intervalo.
O ano letivo tinha começado a duas semanas e, com muita sorte, eu não tinha encontraram ou visto o famoso top 5 do colégio Grupo que era composto Paulo Sampaio – Paulinho – Daniel Lacerda, Maycon Borovski – MB –, Clara Becker e Gizelly Bicalho.
Como posso explicar o top 5 sem vomitar ou sentir nojo deles?
E se tinha uma pessoa muito errada no role, essa pessoa era o Paulinho. Ele fazia atividades extracurriculares comigo no curso de música. Ele era um doce de pessoa, nem parecia o mesmo demônio que jogou raspadinha em mim no primeiro dia. Ele tinha covinhas e só o deixava mais fofo, uma vez, eu criei coragem e perguntei porque ele andava com aquele povinho. Ele disse que era amigo de infância da Satazelly, meu apelido doce para Gizelly, Satanás com Gizelly.
Daniel e MB eram os típicos jogadores de futebol babacas de filmes americanos, metidos a Don Juan. Sério, dois babacas de primeira. Apesar que o Daniel ser bonitinho e um pouco menos babaca que o MB.
Clara é o tipo patricinha que sempre teve tudo na mão e não tem respeito por nada, mas mesmo assim eu desconfio que ela tem depressão. Ela é filha do diretor com a vice e pelo o que sei, o casamento deles está indo de mal a pior desde dos últimos três anos. Talvez a Clara seja quem mais esteja sofrendo com isso, mas não justifica como ela é esnobe e egoísta com os demais alunos.
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Oitavo B
FanfictionClichês viram clichês por um bom motivo, porque todo mundo ama. Gizelly odeia histórias de amor e, particularmente, nunca acreditou muito nessa de "amor". Quando a garota mais popular se vê diante da "nova" aluna, ela percebe que talvez, só talvez...