Tente

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Não alarmando, mas, sério, se você tiver na bad ou com um psicológico abalado, talvez não seja uma boa você ler esse capítulo hoje.

Lembrando que 8B, por mais que tenha zoeira e humor, é uma fic meio pesada e uso humor exatamente por esse motivo, para tentar diminuir isso, mas sem sair do objetivo. Só lembrando mesmo.

Ah, outra coisa, se sua memória é meio merda, recomendo reler o capítulo 10!
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FELIZ DIA DO "ME MANDA PRINT DA CONVERSA".


Tente.

Sabia que eu e Gizelly não éramos o casal mais previsível do mundo. Das galáxias. Do universo. Para falar a verdade, nunca ninguém cogitou a ideia de shippar a gente - com exceção da Bia, que realmente merece o título "madrinha" por isso, é Clara nem ao menos pode reclamar, mas a loira estava feliz apenas por ser madrinha do Barry Lúcifer, um filhote de pug que eu e Gizelly adotamos juntas contra minha vontade e virou nosso primeiro filho.

Mas voltando ao passado. Gizelly Bicalho era - e ainda é - a garota mais popular e líder dos Top, enquanto eu era a excluída, a bolsista que tentou evitar problemas a todo custo no Grupo.

Éramos opostas iguais e, quando juntas, o caos.

A primeira vez que a vi foi no meu primeiro dia no Oitavo B e a odiei. Estava pouco me fodendo se ela namorava ou não o MB, não importa se não foi ela que jogou o líquido em mim, Gizelly estava lá vendo tudo e não fez nada. Era a líder e não fez nada, só ficou observando a cena com um olhar perdido como se realmente não estivesse ali. E ela não estava. Não sua mente.

No futuro, acabei descobrindo que aquela época ela vivia em piloto automático.

A segunda vez que conversamos, não sabia que era ela. Havia gostado de sua companhia e do seu humor. Do seu jeito de sempre sorrir para falar e como, aos recém completos quatorze anos, já possuía uma ironia incrível. Sorria feito boba querendo saber mais sobre aquela incrível garota fantasiada de leão.

Se soubesse que era Gizelly, não teria conversado e tampouco me permitido me afundar e prolongar aquela conversa no baile, por isso, hoje, agradeço mentalmente por esse detalhe.

Lembro que ela me chamou para dançar e aceitei, começou uma música de um filme que ela gostava, mas não reconheci. E então tocou Gente Aberta do Erasmo Carlos e, ao som dessa música, dei meu primeiro beijo.

E, depois de saber que foi com Gizelly, tinha certeza de duas coisas: que o destino é um tremendo filha da puta e que quero muito a ouvir cantando essa música para mim.

Só para mim.

Mas não conversamos sobre isso.

Não totalmente.

Tinha que perguntar porque ela me beijou; se ela lembrava a música de fundo; se ela procurou sobre a música depois; se ela gostou do beijo; sabe, perguntas assim.

Sem saber que era ela, depois do baile, ignorei totalmente a existência de Gizelly Bicalho. E a garota misteriosa. Tinha problemas maiores para resolver. Havia descobrindo que era adotada e que toda minha vida foi uma mentira.

Minha mãe tinha me adotado.

Não fazia parte daquela família. Ou, melhor dizendo, da nova família que ela estava formando com Carlos.

Em total silêncio, sofri sozinha. Tentei de todas as formas algum jeito de aliviar minha dor.

E encontrei algo no primeiro ano. Ao invés de ficar em casa, ficava nas ruas me drogando.

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