Evitar.

408 29 331
                                    

Algumas coisas no capítulo passado...

Flávia descobriu sobre a Marcela a três ano quando a guria entrou no colégio, a Clara ouviu parte da conversa e por isso ter sido jogado, ela supôs que o irmãO teria três anos, foi só uma "dica falsa" pra desfiar e ver o lindo tombo de vocês

Mais algumas coisas

No capítulo passado, Marcela descobriu que sente algo pela Gizelly, que ela ainda não tem coragem de dizer o que é e tem medo do que está sentido

ENTÃO SE ACALMEM QUE ELA AINDA NÃO ADMITIU QUE GOSTA DELA

AQUI VAI TER TODAS AS FASES PAS

Última coisa, na fic, "ontem" era domingo. Esse capítulo todo se passa na segunda após a treta do Rodrigo e da Flávia e vida que segue. E com a exceção da música do sonho da Marcela e da carta de algum ponto do futuro ai rs, todas as músicas são dos anos 60, 70 e 80
___________________________________


Evitar.


Era um sonho, mas ao mesmo tempo não era. Não totalmente. Era uma lembrança. Eu estava me vendo. Gizelly pairava ao meu lado e eu estava do lado dela. Ambas chapadas.

O lugar era o banheiro do nosso quarto, a conta de água do Grupo iria subir muito porque o chuveiro estava ligado há horas. Gizelly estava com o violão do MB, fazia tempo que não a via com seu ukulele – ela o havia esquecido comigo no hospital quando me afoguei – e estava cantando várias músicas sem sentido, até que pedi o instrumento.

Ainda não sabia tocar profissionalmente como ela, os AI-5 ou Bia, mas sabia tocar algo.

Ela riu quando peguei o violão e comecei tocar a música ícone que veio na minha mente.

Sáááábado de sol aluguei um caminhão praaaaa levar a galera pra comer feijão chegando lááá, mas que vergonha, só tinha maconha, os maconheiroooos estavam doidão querendo meu feijão — Gizelly gargalhava com a escolha da música.

A segunda e última parte da música ela cantou junto comigo.

Quando terminei de tocar, a gente riu mais ainda.

— Você é muito idiota, Marcela.

— E você me ama.

— Tem razão, eu amo mesmo.

Dei risada. E Gizelly também.

É, ela me amava.

E eu a matei.

O quê?

Meu coração começou a bater rapidamente. Como assim havia matado Gizelly? A cena mudou e ela estava lá.... Pálida na cama do hospital.

Você a matou — não precisava virar a cabeça para saber que era Pedro Santiago que estava ali.

— Ela está viva. — Murmurei. — Ela sobreviveu. Isso é só um pesadelo.

Você sabe que não — virei meu rosto vendo o unicórnio que algum dia havia sido meu amigo. — Veja.

Gizelly começou a perder a cor e os bips do hospital começaram a ficar em uma única linha. Além de pálida, estava fria agora.

Não queria chorar.

— Porque está fazendo isso?! — Gritei para o animal.

Se aproximou de mim.

Oitavo B Onde histórias criam vida. Descubra agora