Caos

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CAOS.

Mas custo a admitir que eu não sou capaz

De aceitar que nossa natureza é o caos

  ♪  

Acordei com Clara me batendo e, sério, tentei ignorar, mas foi impossível quando ouvi a voz da Bia falando que iria pegar um copo d'água.

Me sentei na cama irritada. Estava no colégio e fazia alguns dias do meu "encontro" com Gizelly.

— O que foi, caralho?

Bia revirou os olhos.

— Eu quero dormir.

— Dorme! — Respondi irritada.

— Na minha cama!

Bufei ainda mais irritada. Sim, não estava dormindo no meu quarto por causa de Gizelly que simplesmente surtou porque falei aquelas três palavras. E para não deixar o clima pior do que estava, preferi dormir no quarto de Clara e Bia.

E como se não bastasse a situação merda que me encontrava, Eduardo ficava atrás de Gizelly o tempo todo.

Peguei Barry que estava meio dormindo do meu lado – porque meu filho iria dormir comigo.

— Não pode dormir com Clara? — Perguntei calma.

— Essa é minha cama e tem um pulguento nela. E olha que nem estou falando do cachorro — revirei os olhos. — Não pode fazer as pazes com a Gizelly? Que saco isso. Sai daqui! Sai!

Expulsou da sua cama enquanto me empurrava com Lúcifer no meu colo agora.

— Agressiva — reclamei.

Nesse meio tempo, Clara já havia voltado para sua cama. Me aproximei dela e coloquei Barry na cama.

Minha meia irmã pegou o filhote.

— Cadê meu anjinho?

Perguntou com uma voz de criança para o filhote me ignorando.

— Posso dormir aqui?

— Barry, sim. Você, não. Vaza.

— Por que vocês duas estão me tratando assim?!

Bia não respondeu, só apagou a luz enquanto Clara se ajeitava para dormir com o Barry nos braços.

Bufei irritada e sai do quarto. Não era nem meia noite, os corredores não estavam totalmente vazios mesmo que o toque para ir para os quarto fosse às dez da noite.

Quando virei o corredor para meu quarto tive o desprazer de ver Eduardo batendo na porta do quarto.

— Gizelly, abre essa porta! — Pediu. — A gente precisa conversar. Olha, desculpa ter sido idiota com ciúmes de você, mas pegar o Bruno? Ele é meu colega de quarto! Abre a porta-

Ele notou minha presença e parou de falar alto. Tentei abrir a porta e estava trancada.

Dei uma risada nervosa. Infelizmente, eu nunca carregava a chave comigo. Minha chave ficava do outro lado da porta, usávamos para trancar a porta, que cômico.

Não queria pedir para Gizelly abrir a porta, meu orgulho não deixava.

Mas era isso ou dormir... Nem sei onde iria dormir.

— Bicalho. — A chamei. Silêncio. — Abre essa porta. — Pedi e mais silêncio. Eduardo deu uma risadinha debochada. — Gizelly!

— Cadê sua chave?

Oitavo B Onde histórias criam vida. Descubra agora