Feliz.

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Feliz.

Incrível como as coisas podem mudar de um segundo para o outro.

A última vez que transei com a Gizelly foi na banheira do quarto da Clara. Um dia depois descobri que, na verdade, era filha do Rodrigo. Isso foi há três meses atrás.

No primeiro mês após isso foi toda história da meia-irmã. Ela tentou se matar. E por ser com a Clara, eu e Gizelly estávamos em sintonia. Como iríamos transar com Clara; minha irmã e melhor amiga dela no hospital?

No segundo mês, foi o mais estranho. Clara estava de volta e, repensando minhas atitudes – coisas que, depois desse evento, venho fazendo muito – percebi que finalmente não tinha nenhum segredo com as S, me aproximei bem mais delas. Elas estavam me ajudando e comecei a pensar que estava cada vez mais conectada com elas. Pensando. Por isso começou mudar depois, mas calma. Uma coisa de cada vez.

Outro fato interessante que aconteceu no segundo mês foi duas amizades que fiz. MB e Daniel. O loiro já tinha se mostrado um ótimo amigo no baile e, com meu plano de pedir Gizelly em namoro, eles me ajudaram.

Com tudo isso acontecendo de novo na minha vida, acabei ficando sem tempo para várias coisas, mas, no final, era eu tentando fazer várias coisas ao mesmo tempo que, infelizmente, não estava conseguindo fazer nada direito. E tudo começou a dar errado exatamente trinta dias atrás.

Okay, foi antes, mas eu só percebi nesse dia.

Foi o dia que parei e pensei: mano, eu estou fazendo algo muito errado aqui.

Era várias coisas acontecendo na minha vida e, ao mesmo tempo, de um minuto para o outro, não tinha mais nada. Tinha falhado com quase todas as coisas que me comprometi.

Incrível como as coisas podem mudar de um segundo para o outro.

E o pior de tudo estava desmoronando lentamente debaixo do meu próprio nariz e já percebi quando era tarde demais. Por mais que estivesse sentindo que algo iria dar errado, me enganava falando que iria conseguir resolver a tempo.

Parecia que falava a mesma coisa quando deixava um trabalho para última hora.

E isso não aconteceu só no caso da Gizelly. Foi com ela, com Clara, escola, s e minha mãe.

Individualmente, eu falhei com todos.

Como sempre, percebi quando não podia fazer mais nada além de esperar as ações de outras pessoas para resolver meus problemas agora.

Porque sim, agora era tarde demais para tudo.

O primeiro acontecimento de cair à ficha foi com Gizelly, mas tudo bem porque trinta dias depois disso, eu estava tirando sua roupa novamente.

Três meses depois da última vez e, droga, meu corpo todo sentia falta dela e não estava brincando quando disse.

Eu realmente senti sua falta. Dos seus torques, dos seus beijos, de Gizelly Bicalho.

Estava sentada na beira da minha cama quando ela se sentou no meu colo enquanto minhas próprias mãos seguravam sua bunda firme, não a deixei de beijar nem por um mísero segundo nessa hora. Queria aproveitar cada maldito segundo.

— A porta... — murmurou entre os beijos. — Marcela, a porta está aberta.

Sorri encarando ela que revirou os olhos sabendo o que iria falar e ela estava certa.

— Com medo do seu namoradinho voltar aqui? — Perguntei em um sussurro enquanto minhas mãos seguiam para debaixo do seu uniforme, a vi arrepiar. — Medo dele ver como consigo te excitar apenas com alguns beijos, Gi?

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