Capítulo XXIX - Granger's

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Hermione on...

Admito que realmente estava mal por Pans não ter vindo, porém tentei compensar contando o máximo possível sobre ela para meus pais, que surpreendente aceitaram bem a notícia, suas únicas preocupações eram se a tolerância da comunidade bruxa era maior ou menor que a dos trouxas, quanto a relações homoafetivas. Felizmente, nós bruxos, em nossa grande maioria, somos de fato mais tolerantes.

- Essa garota deve ser de fato incrível - Meu pai comentou.

- Você está feliz ao lado dela ? - Minha mãe questionou, em tom maternal.

- Ela é, e sim estou feliz, Pans me faz sentir o centro do universo dela, ela é carinhosa, e um pouco desavergonhada, mas eu a amo - Respeito em um suspiro apaixonado.

- Ai ai o amor é tão lindo - Minha mãe comentou, com uma mão na bochecha, e um olhar sonhador, que fez papai e eu rimos.

Como eu adoro a mente aberta dos meus pais. Eles sempre eram capazes de aceitar a situação independente do quão estranha ou maluca fosse, foi assim quando eu fazia magia acidental, foi assim quando minha carta de Hogwarts chegou, e agora com a Pans.

Não consigo deixar de pensar no quão sortuda eu sou, por tê los como pais.

Minha tarde consistiu em diversas risada, e vez outra curtas sessões de interrogatórios.

Ainda assim, sentia falta da Pans, visto que desde que começamos a namorar, não se passou um único dia sem que ela viesse até mim, fosse para um simples abraço, fosse para provocações, ou até mesmo para roubar beijos sem motivo prévio. Ela esteve ao meu lado todos os dias, que me desacostumei a ficar longe.

Pans faz falta, mas entendo que ela não teve escolha, era a família dela, não posso competir com eles.

Suspirei pela centésima vez só hoje.

- Tudo isso é saudade ? - Meu pai perguntou.

- É só que fiquei acostumada demais com ela, e agora um único dia longe já me deixa assim - Comentei desanimada.

- Isso você herdou de mim, pode ter certeza - Ele riu - Ainda lembro de como eu ficava exatamente assim, quando não via sua mãe, por um único dia que fosse, era agonizante, eu estava tão apaixonado que a simples ideia de não estar com ela me deixava ansioso, e então eu a via e tudo parecia ser esquecido, toda agonia e ansiedade evaporava, porque ela era meu remédio para qualquer problema. É normal passar por isso, quando se ama, estar apaixonado é o mesmo que querer estar 24 horas por dia ao lado da sua pessoa especial, é pensar nela 24 horas por dia, 7 dias por semana, 30 dias por mes, 365 dias por ano.

Sorri para ele, francamente meu pai sempre foi um romântico incurável, provavelmente é por isso que minha mãe o ama tanto.

Invejo o relacionamento deles, e me perguntou se algum dia Pans e eu chegaremos a isto, ao ponto de nos apaixonarmos uma pala outra, de novo e de novo, dia após dia, pelo resto de nossas vida.

Meu pai continuou me contando sobre como a seu amor pela mamãe o deixa fora de órbita, e eu permaneci ali, escutando atentamente, e feliz por saber que mesmo após tantos anos juntos, o encanto de estarem apaixonados um pelo outro nunca se perdeu.

Já passava das nove da noite quando bateram à porta, fazendo com que nós três nos encararmos, num mundo questionamento.

Não estávamos à espera de nem uma visita.

De qualquer forma, mamãe se apressou para checar quem batia.

- Perdão, essa é a residência dos Granger's ? - A voz inconfundível de Pans, alcançou meus ouvidos, o que me fez correr apressadamente para a entrada.

- Pans ? - Chamei e ela me fitou com um belo sorriso.

- Surpresa - Ela disse antes que eu a abraçasse.

- Eu achei que não viria - Disse confusa, mas feliz.

- Er... então eu não vinha, mas meio que aconteceu algumas coisas em casa, e eu fui deserdada - Pans contou com um sorriso tenso.

Eu a fitei atônita.

- O que !? Por que ? - Questionei.

- Querida vamos entrar primeiro, essa não me parece uma conversa que se deve ser discutida aqui - Minha mãe aconselhou.

- Perdão nem mesmo me apresentei, sou Pansy Parkinson ... - Pans se apresentou - Sou ...

- Namorada da minha pequena, sim ouvimos muito sobre você - Mamãe disse, o que deixou Pans meio envergonhada.

Logo entramos, e minha namorada foi devidamente apresentada para meus pais.

- E então, explique se - Pedi.

- ... - Pans me contou toda a história, parando também para resumir, a história do almoço de Ron e Blasio.

- Espera, espera ... você simples se auto deserdou ? Sem mais nem mesmo ? E agora ? Onde vai morar, Pans você não tem um emprego, e muito provavelmente sua família vai bloquear seu dinheiro, entende a gravidade disso ? - Questionei assustada.

- Calma, credo Mione, nem parece que você me conhece - Ela riu. - Não se preocupe, mesmo que bloqueem meu acesso aos cofres da família, eu ainda tenho meus cofres pessoais, e a mansão do meu tio, além disso, eu não vou ficar deserdada por muito tempo, logo meu pai vai estar de volta da viagem, e vai intervir, minha mãe não tem autoridade sobre o sobrenome Parkinson quando meu pai está presente, ela só tentou o contrato de casamento por que meu pai está fora, ele nunca concordaria com isso, meu pai é um bom homem, que não teve escolha quanto a se casar com aquela mulher - Pansy explicou. - Ela não merece ele. - Acrescentou - Agora vamos deixar isso tudo de lado, e aproveitar que estou aqui por enquanto, com você. - Ela sorriu e me beijou, felizmente meus pais estavam em outro cômodo para nos dar privacidade.

- Está certa, devemos aproveitar - Sorri e a beijei. - O que acha de passar a noite aqui, em ? - Perguntei enquanto ela beijava meu pescoço.

- Eu posso ? - Pans questionou com os olhos brilhantes.

- Claro querida - Minha mãe disse, assustando nós duas, que logo nos afastamos completamente envergonhadas.

- Ai ai, ser jovem é tão bom, não é ? - Ela e meu pai riram.

E eu desejei um buraco para me esconder.

Acidente com poções - Darry [Mpreg]Onde histórias criam vida. Descubra agora