Capítulo XXXVII - Imperius

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Harry on ...

Quando soube que Draco havia sido levado por Lucius, e que Dumbledore havia facilitando isso, eu quis lançar um Avada naquele velho senil, felizmente, para o velho, não para mim, Severus me parou antes que tivesse chance de fazer algo.

Eu estava nervoso e assustado, enquanto minha mente formulava os piores cenários possíveis, nos quais eu perdia meu filho, ainda nem nascido, e o amor da minha vida. Só esses pensamentos eram o bastante para me deixar tonto e a beira de um ataque.

Não, não, não.

Isso não pode estar acontecendo.

Eu estava tão fora de mim que quase não prestei atenção na fala de Snape, no entanto o surto de Neville me trouxe de volta ao foco, e então Severus, Nott, que aparentemente não foi o responsável pela exposição de Draco, e eu aparatamos para Malfoy Manor.

Assim que chegamos, encontramos Narcisa Malfoy, gravemente ferida e desacordada, no chão da sala de estar.

- Se Lucius fez isso a própria esposa, temos que nos apressar e achar Draco, ou prefiro nem imaginar o que pode acontecer. - Severus expôs com a voz trêmula. - Nott fique aqui e faça ela beber essas poções - Ele entrega dois frascos para Theo - Assim que terminar, nos encontre no calabouço, a entrada fica sob a terceira gárgula do lado esquerdo do corredor, contando a partir da direção da sala de estar, para que a gárgula se mova basta dizer "Que meus inimigo sangrem". Potter vamos - Exclama e sai as pressas sem aguardar qualquer resposta.

Como dito a passagem para o calabouço de fato ficava de baixo da terceira gárgula do lado esquerdo do corredor. Descemos às pressas, apesar do caminho estar totalmente escuro, decidimos não usar as varinha para não entregar nossa chegada.

Quando finalmente chegamos a onde Lucius e Draco estavam, meu coração veio parar na garganta.

Lucius tinha uma adaga apontada para a barriga de Draco, que estava visivelmente apavorado. Nem tive tempo de pensar, quando me dei conta, já tinha atirado, violentamente, Lucius contra a parede mais próxima, o que o deixou, momentaneamente, desconcertado mas logo se ergueu, soltando gemido dolorido, e apontou a varinha para o professor e eu.

- Severus ? O que faz aqui ? Logo você ? - O Sr. Malfoy questiona.

- Vim salvar o MEU FILHO e ao meu neto - Snape respondeu com os olhos ardendo em ódio.

- Filho ? - Lucius gargalhou - Chama essa decepção de filho ? Francamente, você sempre se contentou com lixo, não é ?

- Morda a sua língua para falar de Draco - Severus rosnou, apertando fortemente a sua varinha, ao ponto de fazê la estalar.

- Não aceita a verdade ? Pois bem, eu até lhe entregaria ele, se isso não fosse acabar com minha reputação, e você melhor do que ninguém, sabe o que eu estou disposto a fazer para preservá la - Lucius abriu um sorriso predatório - Petrificus totalus - Ele conjurou.

Mas Snape foi rápido e ergueu uma barreira.

- Expelliarmus - Severus lançou, mas Lucius de alguma forma anulou o ataque. - Potter tire Draco daqui agora - Ordenou, enquanto trocava diversos ataques com o Sr. Malfoy.

Não o esperei dizer duas vezes e corri para Draco, que sorriu aliviado e agradecido, com os cabelos desgrenhados e o rosto molhado pelo choro.

- Hazz ... me tira daqui - Ele soluçou.

- Eu vou meu amor, eu te prometo - Disse enquanto tentava remover as algemas, dele, mas nada do que eu fazia adiantava, elas não saiam, não importa quantos feitiço eu usasse.

- São algemas de sangue - Draco percebeu - Só quem as colocou em mim pode tirar - Ele baixou os olhos chorando ainda mais - Não tem nada que você possa fazer.

- Eu não vou desistir, eu vim para levar você e o nosso filho de volta para Hogwarts, onde nossos amigos estão nos esperando, e não serão algemas de sangue, que irão me impedir - Exclamei.

- Você realmente não presta atenção nas aulas, algemas de sangue são artefatos anti-magia, não tem como removê las, se não, pela magia de quem as colocou em mim, não dá para me ajudar Hazz - A voz de Draco estava ficando cada vez mais rouca.

- Por favor não me diga que não dá, ou que eu não posso, não desista ainda, tem que ter um jeito - Supliquei - Amor eu vou tirar vocês dois daqui - Informei, e Draco me encarou com um leve sorriso,que rapidamente se desfez.

- Harry cuidado - Dray gritou, e eu mal tive tempo para me virar, antes de ser atingido.

Fui lançado contra a parede violentamente, de modo que bati com a cabeça. Minha visão ficou turva, os pensamentos desconexos, e um zumbido chato se instalou em meus ouvidos. Podia sentir algo escorrendo pelo meu rosto, e também ouvia vozes a distância, tudo estava girando. Ainda assim eu sabia que não podia desmaiar ali, não quando eu tinha algo de extrema importância para fazer.

Tentei por meus pensamentos no lugar, e aos poucos, minha visão foi se tornando nítida, na medida do possível, visto que meus óculos se perderam quando fui lançado.

Gradativamente o zumbido foi diminuindo, de modo, a permitir que eu fosse capaz de entender o que era dito a minha volta.

- Harry - Draco chamava entre soluços autos - Amor por favor, esteja bem. - Ele suplicava.

- Patético - Lucius disse em algum lugar, e pelos clarões coloridos que consegui distinguir, constatei que ainda enfrentava Severus.

Se ao menos eu achasse minha varinha. Eu poderia conjurar meus óculos.

Pensei, ainda levemente desnorteado, e só então lembrei que estava treinando fazer feitiços sem varinha, apesar de nunca ter de fato, obtido sucesso, era minha última esperança.

- Accio varinha - Murmurei, de modo quase inteligível, mas nada aconteceu - Accio varinha - tentei de novo, começando a me irritar com minha própria incompetência. - Accio varinha - Conjurei uma terceira vez, e dessa vez senti o cabo da minha varinha contra a palma da minha mão, contente com minha conquista, chamei meus óculos e os consertei, antes de colocá los.

De imediato minha visão se clareou, a tempo de ver Lucius lançar uma maldição Imperius em Dray, pouco antes de ser gravemente ferido pela combinação dos feitiços de Snape e Theo, que sequer vi chegar.

Lucius gargalhou, apesar de estar com uma perna esmagada e um dos braços entortado de modo estranho.

Dray murmurou algo como:

"Não vai acontecer de novo, papai"

Direcionado a Severus, que estranhamente arregalou os olhos em uma dolorosa compreensão.

Não estava entendendo nada, mas sabia que se Draco fosse contra, o que quer que Lucius houvesse ordenado, ele iria enlouquecer e sua alma seria destruída. Isso me enfureceu, estava feito, eu iria perdê lo.

Mione foi clara e específica em dizer que o amuleto de proteção não podia parar imperdoáveis, poderia, talvez, amenizar seus efeitos, mas não para las.

Minha magia se descontrolou em uma explosão violento que criou uma cratera ao meu entorno.

Eu não posso perdê los, não posso, não posso, não posso ...

Draco ...

Meu bebê ...

Não posso ...

Harry off ...

Acidente com poções - Darry [Mpreg]Onde histórias criam vida. Descubra agora