Capítulo XXXVI - Dor

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Draco on ...

Fui acordado naquela manhã, pela fênix de Dumbledore, que bicou repetidamente minha mão, ele trazia um pedaço de pergaminho consigo.

Estranhei a situação, mas tomei o pergaminho para ler.

Venha a minha sala.

PS: Hoje parece ser um otimo dia para tomar 'Sorvete de limão'

Ass: Diretor Albus Dumbledore

Dizia o pergaminho.

Ainda mais confuso, me levantei e troquei minhas roupas, escovei os dentes e lavei o rosto, ainda estava cedo, então eu poderia voltar depois, para tomar banho antes da primeira aula, isso é, se a conversa com o diretor não viesse a ser muito extensa.

Sem saber o que esperar, segui para a sala do diretor, com uma estranha sensação me atormentando.

O que o direito teria para conversar comigo ? Será que é sobre a minha condição ?

Ponderei diversas hipótese antes de chegar a sala de Dumbledore. Mas nem uma delas, me preparou para o que encontrei ao abrir a porta.

Meu pior pesadelo.

Meu maior temor.

Meu pai.

Meu sangue, imediatamente, gelou em minhas veias e meus instintos me mandaram correr, mas meu corpo estava estático por puro terror.

- Jovem Sr. Malfoy, seu pai está aqui para levá lo para casa, tendo em vista sua condição - Dumbledore disse, e eu senti o ar dos meus pulmões se esvair.

Não, não, não.

Por favor não

Tentei dizer, mas minha voz se mantinha entalada na garganta.

'Corre Draco.'

'Ele vai te matar.'

'Você tem que fugir.'

'Pelo bebê, sai dai.'

Minha consciência gritava.

Meu bebê, lembrei, e instintivamente meu braços se cruzaram sobre minha barriga.

Meu pai então repuxou os lábios em uma carranca enojada.

- Vamos para casa Draco, você, sua mãe e eu temos muito o que conversar, não acha ? - Ele Informou abrindo um sorriso quase predatório, que me fez estremecer.

Meu coração batia como louco em minhas têmporas, conforme meu pai se aproximava vagamente de mim.

Eu estava morto.

Eu iria perder meu filho.

Nunca mais poderia regressar a Hogwarts.

Jamais veria Hazz de novo. Nem Pans, nem Baz, nem a Granger, nem o Wesley, nem o Theo, ou qualquer outro.

Como último recurso, fitei Dumbledore na expectativa de receber algum tipo de ajuda, infelizmente ele apenas fechou os olhos e sorriu passivamente, o que quase me deu tanta náusea, quanto o sorriso de Lucius.

Eu estava sem saída, ele me levaria dali e ninguém poderia me ajudar, ninguém viria ao meu resgate, e mesmo se vissem não teriam como passar pelas barreiras da Malfoy Manor, supondo que ele realmente me levaria para lá.

Ninguém poderia me ajudar...

Espera ...

Papai !

Papai tinha permissão para aparatar na mansão.

Ao me lembrar disso, desejei como todas as minhas forças que de alguma forma Severus fosse avisando sobre mim.

E então a mão pesada de Lucius tocou meu ombro em um aperto forte e bruto, me fazendo quase cair de joelhos.

- Já estamos de saída, obrigado pela compreensão Diretor Dumbledore. - Lucius Informou, e então me empurrou de modo discreto, porém violento, para saída.

Após isso, seguimos para a saída da escola, com ele ainda segurando duramente meu ombro, como se a qualquer momento eu pudesse tentar fugir, e bem talvez eu tentasse, se não estivesse a beira de um colapso nervoso.

Assim que as barreiras anti-aparatação, não mais impediam Lucius, ele no levou para Malfoy Manor, como disse que faria, o único problema era a parte da casa para qual fui trazido, o calabouço, mais especificamente a zona da agonia, como Lucius sadicamente chamava, onde fui acorrentado, cerca de 50 cm do chão.

E eu soube de imediato o que me esperava. Quando criança nunca sai daqui sem hematomas, lesões, cortes e alguns ossos quebrados. Porém dessa vez temia que talvez sequer saísse com vida.

- Seu maldito bastardo, tem noção da humilhação que nos causou ? - Ele questionou pressionando sua varinha contra a minha garganta - Quem diria que meu próprio filho se submeteria a um ato tão imundo e desagradável, que foi apagado da história por ser uma mancha terrível em nossa sociedade - Ele comentou, antes de me acerta um tapa. - Eu sinto tanto nojo só em te olhar, não te criei para ser assim, mas de qualquer forma não estou surpreso, você tem sido uma imensa decepção desde que nasceu. - Ele cuspiu duramente - Felizmente para você seria vergonhoso para mim deserdar meu primogênito, então vou lhe oferecer uma forma de redenção, desista dessa aberração que cresce em você, renegue a e talvez eu ainda o perdoe, você não se lembrará de nada eu garanto, poderá recomeçar, quando essa coisa não for mais real daremos uma entrevista sobre toda essa situação, onde explicará que tudo não passou de uma enganação para nos difamar, recuperarmos nosso prestígio pouco a pouco depois disso, tudo que precisa fazer é ser um bom menino e obedecer seu pai - Ele Informou, como se estivesse me dando uma escolha, mas tenho anos de experiência que comprovam que nunca existe a opção de negar algo proposto por Lucius Malfoy.

- Nunca, meu filho é uma das pessoas mais importantes da minha vida, pro inferno você, essa família e a merda do prestígio que tanto quer de volta, EU NÃO VOU DESISTIR DO MEU BEBÊ, NEM POR VOCÊ, NEM POR ESSE SOBRENOME DE MERDA, NEM POR NINGUÉM ! - Exclamei antes de me dar conta de que acabará de assinar minha própria sentença de morte, e possivelmente a do meu menininho também. O que foi que eu fiz ? Lucius agora vai se livrar do meu bebê de qualquer jeito só para me ver sofrer por tê lo desafiado, por Merlin, o que foi que eu fiz ?

Lucius não gostou nem um pouco da minha afronta e me acertou com a bengala da família, de novo, de novo e de novo.

- Se não se livrará dessa coisa por bem, então não me culpe por arrancá lo de você - Ele apontou a varinha para minha barriga e conjurou um feitiço que eu não conhecia, e não sabia o que faria, no entanto nada aconteceu.

E só então eu lembrei do amuleto, nunca fui tão grato a Pansy Parkinson e Hermione Granger, se eu conseguir sobreviver a isso, vou dar um jeito de compensá las.

- Não faço ideia de como fez isso, mas vejamos se funciona contar uma imperdoável - Ele abriu um sorriso perverso. - Crusius - Conjurou e eu me contorci de dor, apesar de doer menos do que eu me lembrava, ou talvez fosse o amuleto amenizando o efeito da maldição, de qualquer forma eu não suportaria por muito tempo.

Alguém, por favor e ajude.

Quem quer que seja.

Por favor ...

Eu preciso de ajuda.

Hazz

Papai

- Papai, Hazz - Choraminguei baixinho.

- Decidiu implorar por sua vida patética ? Ridículo, Malfoy's não imploram, Malfoy's não suplicam, mas parece que não lhe ensinei direito - Ele socou meu rosto e em seguida minha barriga. - Já está na hora de acabarmos com isso não acha ? Accio adaga - Ele conjurou uma adaga de prata, e apontou para minha barriga, com um sorriso psicótico, e começou a dançar a ponta sobre o tecido da minha camisa, numa ameaça velada, ele estava gostando daquilo, estava adorando me ver em desespero, sempre foi assim que ele gostou de jogar.

Draco off ...

Acidente com poções - Darry [Mpreg]Onde histórias criam vida. Descubra agora