Capítulo XLIII - Arrependimentos

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Notas do autor: Eu sei que demorei novamente, mas sinceramente eu não sabia qual caminho seguir com esse capítulo, criei cinco versões do que poderia acontecer, e no final essa acabou sendo a mais satisfatória, na minha opinião, e a que se desenrolou melhor conforme eu escrevia, espero que concordem comigo.

O capítulo pode ser um pouco pesado e desconfortável para algumas pessoas então prossiga com cautela, alguns pontos deste capítulo podem gerar questionamentos, por isso no final deixei algumas explicações a parte que não cabiam dentro do enredo.

(Capítulo não revisado, então se acharem algum erro peço encarecidamente que me informem para que eu possa corrigir)

Narcissa on ...

Dor, uma dor horrível e excruciante, gritos altos e terríveis, escapando da minha garganta e meu corpo convulsionando é a última coisa que me lembro.

Talvez eu esteja morta e esse seja o pós vida.

Sempre imaginei que após a morte a dor se esvairia, então porque ainda dói?

Eu não posso estar viva, ele nunca me permitiria estar viva depois de tudo.

Talvez isso seja algum tipo de jogo doentio. Ele quer que eu esteja viva para vê-lo tirar de mim a única coisa que me manteve viva e sã nas últimas duas décadas. Me parece algo que ele faria.

Ele é cruel, um monstro e eu não posso deixar de me remoer por não ter rasgado sua garganta nas poucas vezes em que suas mãos imundas me mancharam.

Eu devia ter feito algo. Por Draco, meu bebê, meu lindo garotinho, a estrela mais brilhante dessa minha galáxia solitária e a beira da ruína.

Meu garotinho é meu mundo inteiro. É o sol em torno do qual eu estou orbitando. Seu sorriso é minha fonte de ar, seus abraços minha fonte de calor, sua mera existência a minha salvação.

Eu o amo.

Eu o amo.

Eu o amo.

Queria ter tido a oportunidade de dizer isso a ele mais vezes. Se não fosse por essas malditas correntes, que me fizeram escrava das vontades nojentas desse monstro.

Se apenas meus pais não tivessem concordado com aquele contrato que mais parecia uma sentença. Se não tivessem me forçando a assinar.

Eu devia ter corrido como Andrômeda. Se eu não tivesse apenas agido como a boneca de decoração que fui ensinada a ser.

Foi meu erro.

Meu bebê não merece isso

.

.

.

Meu bebê? O que aconteceu como o meu bebê? Onde ele está? Onde? ONDE ELE ESTÁ?

Meu bebê.

Meu dragão.

Não posso viver em um mundo onde você não está seguro em meus braços.

Onde?

Minha cabeça dói.

Meu rosto está molhado e minha garganta dói como o inferno.

Eu estou em uma superfície macia, por que?

O ar não parece úmido e mofado como o das masmorras. Na verdade parece limpo, arejado e familiar.

Estou no meu quarto? Não faz sentido.

Tenho certeza de que havia sido deixada no corredor? Foi onde ele me atacou quando tentei impedi-lo de ir atrás do meu garotinho.

Os elfos nunca me moveriam sem permissão.

Acidente com poções - Darry [Mpreg]Onde histórias criam vida. Descubra agora