Capítulo 72

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Olá, aí está o novo capítulo da semana. Bjs



Os olhos de Estevão depois de mirar o filho, foram em Maria. Ele a olhou fixamente, e ela suspirou em meio de um misto de sentimentos ao vê-lo olhá-la.

Estevão respirava, parecia lúcido e até o final daquele dia ela acreditava que teriam boas notícias. Então era certo o que Heitor havia dito. Sua ação em prol da liberdade dele, não era uma que se orgulhava, mas ainda sim sem ela. Quanto tempo esperariam mais? Quanto tempo levariam mais para tê-lo entre eles outra vez?

Heitor foi até o pai, e lhe deu um abraço como se há muito tempo não visse pessoalmente. E ela então ficou mirando os dois começando a conversar. Estrela também entrou na conversa então ficou os três conversando e ela assistindo, enquanto seu coração era tomado por variados sentimentos. Entre eles, o alivio de ver o pai dos seus filhos com eles, mas também se sentia incomoda em pensar em como havia conseguido aquilo.

Assim então mais uma vez desejando deixar o quarto, ela disse.

-Maria: Eu acho que vou deixá-los, enquanto vou procurar o médico.

Quando ela se virou para abrir a porta e desaparecer mais uma vez por ela, ela ouviu Estevão dizer.

-Estevão: Espere Maria. Quero falar contigo. Temos muito o que falarmos.

Ela ficou com a mão no trinco da porta e de costa para todos. E Heitor disse, querendo deixá-los.

-Heitor: Eu e Estrela, estaremos lá fora nos chamem quando terminarem.

Estevão assentiu e Maria se virou para o lado dele e os dois se olharam calados.

Estrela com a ajuda de Heitor tirava a mesinha de café da manhã do pai e deixaram em outra mesa que havia do quarto, e em seguida eles se despediram e saíram do quarto.

Então com a porta dando sinal que já estavam sozinhos ao ser fechada, Estevão disse ansioso.

-Estevão: Será que pode se aproximar? Acho que é melhor que esteja muito mais perto para conversarmos, Maria.

Maria só entendeu percebeu que o único movimento que tinha feito, foi ter dado dois passos para o lado para seus filhos deixarem o quarto.

Ela então suspirou agora se sentindo ansiosa e tomada ainda por variados sentimentos, entre eles, a frustração de ter passado todos aqueles dias sem que Estevão lhe permitisse visita-lo muito menos ter lhe respondido sua carta.

Assim ela caminhou até a ponta da cama, ficou ali de pé e o mirou antes de dizer.

-Maria: Não respondeu minha carta. Eu ainda estava sofrendo com a perca de nosso filho e com a notícia que estava preso, e em troca não me respondeu e nem permitiu que eu lhe visitasse Estevão.

Estevão a ouviu dizer baixo. Ele suspirou revendo suas razões do que porque não fez nada do que ela se queixava, que então ele a respondeu, sustentando seu olhar no dela como ela seguia.

-Estevão: Não te queria naquele lugar, pelo ambiente e também não queria que me olhasse, que testemunhasse como eu estava, como me tornei de repente, um homem sem valor e dignidade, Maria. Quanto sua a carta, eram muitas coisas a serem ditas para que eu fizesse por um papel.

Depois de falar, Estevão desviou do olhar dela. Era como que se voltasse a experimentar todos os sentimentos que lhe vinha, de derrota e humilhação que sentiu enquanto passava todos aqueles dias privado de sua liberdade.

Maria que lhe ouviu, foi até ao lado da cama dele, agora com passos mais firme e o respondeu.

-Maria: Não foi você que enganou mulheres para alimentar aquele esquema Estevão, muito menos foi você o mentor do que estava acontecendo em sua empresa, portanto para mim segue sendo um homem de valor e digno.

Falso Amor  - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora