Capítulo 52

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Olá lindas. Bom domingo para vocês e boa leitura. Beijos.

O dia clareou .

E bem cedo, Estevão já estava na empresa San Roman. Ele sorria como Lupita nunca tinha visto ele sorrir daquele modo em todo tempo que trabalhou com ele, que com o mesmo sorriso que ela o viu chegar, ele a recebia na sala dele para lhe pedir algo.

Ansioso ele tocou na mesa com seus dedos depois que Lupita anotou o que ele havia pedido, dizendo depois.

-Estevão: Certifique que o que eu tenha pedido esteja entregue ainda essa manhã, por favor, Lupita.

Ele pegou um papel bonito e uma caneta azul e anotou com o próprio punho algumas palavras.

Não era de fazer aquilo, gostava de pagar tudo que pudesse chegar até ele sem precisar de muito esforço, mas até um cartão escrito por seu próprio punho como ele fazia, ele sabia que poderia significar muito. Ele podia muito bem lembrar que pequenos detalhes, sempre tinham encantado a quem povoava os pensamentos dele.

Ele então dobrou no meio o papel e entregou a ela dizendo.

-Estevão: Quando chegar o que pedi, deixe isso aqui também e dentro de um envelope que confio que você fará com todo capricho.

Ele sorriu de lábios fechados e Lupita também e depois deixou a sala dele.

A manhã percorria e Maria estava no trabalho com Geraldo e sua equipe de advogados.

Ela suspirou pensativa, perdida na reunião que tinham e que não tinha só ela e Geraldo naquela sala.

Estevão não saia da mente dela toda aquela manhã. A noite que tiveram tinha sido boa demais para ela simplesmente ignorar que tinha acontecido. Haviam dormido toda a noite juntos. Ela havia dormido nos braços do homem que amava e que depois que ele tinha ido embora, a cama pareceu tristemente vazia, fria sem o corpo dele junto ao dela.

Maria podia lembrar da sensação do calor de ter a cama dela com ele nela, não mais sozinha com ela só. E sozinha era a palavra certa para descrever. Havia passado 15 anos sem ninguém, sem compartilhar uma cama ao dormir sem ser com sua menina desde que ela havia nascido. E como havia conseguido viver tanto tempo sem amor, sem caricias? Era humana, era mulher e naturalmente seu corpo necessitava daquele tipo de calor.

Maria estava certa que uma mulher como ela podia viver muito bem sem um homem em sua cama e na vida, mas estava certa também que mesmo que vivessem bem sem um, nos momentos de carência qualquer mulher também como ela, passava frio daquele calor que ela estava voltando a ter depois de ter voltado estar nos braços de Estevão.

Havia acreditado tolamente por tantos anos que não poderia ser mais mulher, que era fria e Estevão estava mostrando a ela que não era bem assim. A verdade era que todos os ressentimentos que guardava havia deixado como ela foi e que Luciano não tinha conseguido o êxito de despertar seus mais profundo desejos de mulher. Mas Estevão sim...

E como poderia ser justo só ele fazer aquilo? Pensava que era uma lástima que Luciano não tinha tido tal êxito, o queria tão bem e poderia até dizer que o amava. Mas ela sabia que seu amor por ele não era do jeito que ele desejou ser amado.

Ela então mirou para Geraldo que sentado na ponta da mesa, ele gesticulava com a mão ao falar com os colegas de trabalho dela. Ele deixava cada vez mais claras suas intenções com ela e ela suspirou pensando que talvez ele poderia dar a ela respostas e talvez um consolo também de sua insatisfação de ter seu corpo ainda tão pendente a Estevão.

Assim ela ficou o olhando ao ponto do olhar dele ter encontrado o dela também ao notar que estava sendo olhado por ela. Ela então suspirou nervosa e pegou uma caneta ao seu lado e fingiu escrever algo em sua agenda.

Falso Amor  - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora