Capítulo 69

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Olá, lindas, eu pareço estar sumida, mas não estou. Estou mesmo é preparando uma maratona de capítulos para esse final. Tanto que já tenho o próximo capítulo pronto e o seguinte já em andamento. Portanto, vou começar a postá-los desde de agora. Bjs!



Geraldo ergueu a cabeça, encarando Estevão nos olhos.

Assim, sério ele disse diante da recepção calorosa que Estevão lhe tinha dado.

-Geraldo: Estevão San Roman. Ainda não fomos apresentados formalmente, como deveria ser, mesmo que já nos conhecemos de outro ambiente, não é mesmo? Pois bem, sou Geraldo Salgado e estou aqui para ser seu advogado.

Depois de falar, Geraldo passou o braço pela grade e estendeu a mão para que Estevão pegasse.

Estevão do outro lado da grade, encarou a mão do homem. De fato, já tinham se visto. Ambos eram conhecidos em seus ramos diferentes e as vezes se cruzando em alguma reunião de trabalho, evento, jantar ou algo do típico que homens como eles frequentavam.

Mas por isso se tornaram amigos? Nunca. Muito menos, chegaram a ter um contato em relação ao trabalho.

Estevão riu totalmente descontente, colocando as próprias mãos dele no bolso de sua calça, em um claro recado que dispensava aquele aperto de mão.

Óbvio que dispensaria. Estevão tinha conhecimento que estava em um lugar que nunca imaginou que estaria. Tinha perdido o respeito que com muito trabalho havia conquistado, junto de um nome a que honrar e um legado para seguir.

E aquele momento mais nada tinha do que um dia se orgulhou em sua vida profissional, social e até pessoal. Em troca, tinha seu lado como um homem que ainda era e isso por estar em sua biologia não lhe tirariam. Portanto, lhe restava seu orgulho, o que bastava para ele não apertar a mão de Geraldo Salgado.

Não apertaria sabendo que ele havia se interessado pela mulher que ele amava. Podia muito bem lembrar do momento que Maria confessou o beijo que haviam trocado.

Assim, ter aquele homem ao seu lado era como ter mais um punhal apontado para suas costas. Afinal, o que Geraldo ganharia o defendendo?

Estevão analisou o homem bem vestido que ele era, conhecia também a boa reputação de seu escritório e dos advogados que trabalhavam para ele. Então aquilo não poderia ser por dinheiro. Sua recusa de tê-lo como advogado de nada o afetaria. Então restaria apenas um motivo: Maria.

A gratidão dela poderia ser para ele um triunfo. Um que ele não daria jamais.

Assim então ele disse, seco e de tom firme.

-Estevão: Sinto que tenha que voltar de onde veio, Geraldo Salgado. Não estou precisando de seus serviços e nem os desejos.

Ele disse rápido e já voltando para seu banco solitário.

Geraldo do outro lado da cela, sorriu ironicamente. Recolheu a mão que o oferecia, enfiou no bolso da calça dele e respondeu.

-Geraldo: Não é isso que vejo, Estevão. Está tão ferrado quanto um bandido de quinta que prendem e deixam à própria sorte. Mas sua sorte aqui, sou eu. E é melhor que aceite logo, porque terei um longo trabalho para te tirar daqui e não quero perder mais tempo.

Estevão riu sem vontade, parou e girou o corpo de volta para o lado do homem. E o encarou, e disse, dessa vez mais grosso.

-Estevão: É muito convencido para meu gosto Geraldo. Já disse que não quero seus serviços. Saia!

Falso Amor  - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora