Capítulo 17

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Oi lindas, desculpem a demora. Estou pensando em fazer esse o último capítulo da maratona mesmo ter estipulado fazer mais uns 3. Vou decidir isso vendo a reação de vocês com o capítulo, vamos ver se vcs me animam a fazer mais uns kkk. Enfim espero que gostem!!!!

Heitor foi liberado pra subir para o andar que Maria morava. Ele havia chegado ali dirigindo e por várias vezes durante o caminho, pensou em voltar para trás e se acovardar novamente. Mas agora estava ali entrando no elevador pra estar cara a cara com a mãe que não via já há 15 anos. No peito dele não cabia o conjunto de emoções que tinha, passavam tantas coisas em sua mente e coração que ele sentia vontade de chorar como criança, mas respirava fundo para parecer tranquilo, ainda que estava nervoso e mãos suando.

E assim o elevador abriu. Número 57 era o apartamento de Maria e então Heitor andou caçando entre as portas o número certo até que ele avistou e parou ali a dois passos da porta, olhou para trás e a vontade de ir longe dali pareceu mais forte que antes. Mas então quando seu corpo já virava em direção contrária da porta, ele ouviu.

- Maria: Heitor, filho.

Era Maria que não se aguentava mais de tanta ansiedade, que abriu a porta antes mesmo de Heitor tocar a campainha e o chamou. E quando ela viu, ele ali, parado no meio do corredor com o corpo virado mostrando a ela que ele estava pronto pra refazer o caminho dele, ela se desesperou e o chamou de voz já embargada de emoção. Heitor já havia chegado como o combinado e por nada ela permitiria que ele fosse embora como parecia que ele queria fazer.

Heitor quando a ouviu ficou de corpo todo rígido. Travado ele ainda nem tinha se virado para o lado do chamado de Maria. Ele como estava, só estava sentindo o efeito de ouvi-la e agora tão perto. E com os olhos cheios de lágrimas, ele respirou fundo outra vez para não deixar elas descerem, não sabendo até quando iria segura-las.

E quando já estava disposta a pegar Heitor pela mão e fazê-lo entrar, Maria o viu se virando pra ela. E ela da porta e de coração acelerado, ergueu a cabeça pra olha-lo melhor. Ele era alto, um moreno forte e bonito e estava tão crescido que ela quis chorar por seu filho mais velho em sua frente... Havia perdido aquela mudança dele de um menino para um homem que ele já era. Maria sentiu uma profunda tristeza e uma fúria dentro si, mas também ainda o olhando, como uma mãe coruja que era o achou o mais lindo dos jovens de sua idade e acabou sorrindo com os olhos inundados de lágrimas, visivelmente emocionada.

E assim como estava, hipnotizada ali olhando Heitor, ele com suas mãos soltas uma de cada lado de seu corpo chamou a atenção dela dizendo baixo.

- Heitor : Senhora.

Maria deu um meio sorriso entre triste e conformada em ouvir a voz de Heitor de novo e de novo ser só uma senhora na boca dele. Ela sabia que seria assim dali em diante, apenas uma senhora, a mãe que o havia abandonado, mas que a partir daquele momento sua luta começaria de verdade para conquista-lo e ser finalmente reconhecida como mãe por ele . E então ela disse, decidida mais que nunca a isso.

- Maria : Entre por favor, meu querido .

Ela ficou de lado da porta e suspirou nervosa vendo que Heitor não dava passo algum. Ele a olhava atento e em silêncio. Maria vestia um conjunto de calça e terninho rosa bebê, tinhas os cabelos soltos e um par de sapatos baixos nos pés, um batom claro nos lábios e um brinco de pérola que mostrava na orelha que o cabelo dela não cobriu. Heitor analisou ela toda de cima a baixo. A lembrança mais forte que ele tinha dela era os olhos e cabelos, que ele via que seguiam iguais. Agora ela tinha o rosto mais maduro, a vestimenta também e como Leonel havia dito, era linda, mais linda do que ele lembrava. E na análise que fez, Heitor só pensava que algo não batia. Havia escutado muito falar de sua mãe, de como ela havia sido imoral e por isso havia crescido com uma imagem distorcida da mulher que o havia gerado.

Falso Amor  - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora