Olá lindas. Capítulo novo! Espero que gostem!Maria saiu as pressas do elevador da empresa. Necessitava respirar o ar puro que não tinha dentro daquele lugar. Cega ela andava rápido demais até às grandes portas de vidro daquele prédio e quando atravessou elas, ela sentiu o vento fresco bater no seu rosto de novo e depois de sentir que respirava melhor, sentiu um forte enjoo.
E então ela correu para um lado e se encostou na parede, baixou a cabeça e soltou uma água amarga pela boca que podia se igualar ao gosto que sentiu em ter Estevão novamente em sua frente e o pior de tudo, tinha o beijado. O amargor que ela tinha agora nos lábios, era o mesmo que sentia com o arrependimento de ter amado um dia um homem como ele.
Diferente dos contos de fadas que a mocinha pobre casa com o mocinho rico e contam que são felizes para sempre. Na história de Maria ela tinha certeza que foi o contrário, o mocinho rico destruiu a mocinha pobre. Mas agora ela estava de volta e poderia mudar o fim daquele conto que viveu. E erguendo a cabeça depois de pegar um lenço da bolsa e limpar os lábios, Maria olhou pro prédio novamente. Iria recuperar Heitor, mas também decidia mais ainda naquele momento buscar o porquê. O porque foi ela a cobaia que foi acusada de tentar desfalcar com uma quantia milionária a empresa do próprio marido. Por que ela? Enfim ela buscaria respostas. E não só para aquela acusação, mas também buscaria respostas sobre a traição que fizeram Estevão acreditar. Quem foi o homem que prestou o papel de se passar por amante dela. Precisava saber, precisava estar cara acara com ele e olhar em seus olhos para então também encontrar a resposta que tanto se perguntou dentro daqueles 15 anos. Quem era e o que tinha acontecido de verdade naquele quarto.
E depois de jogar os cabelos para um lado, de cabeça erguida e disposta a tudo, Maria visou um táxi e saiu dali para encontrar outra pessoa do seu passado.
E horas depois.
Estevão havia sofrido um ataque do coração. Maria com sua volta tinha causado isso nele. E então ele estava em um hospital e nele, tinha passado por uma bateria de exames e por isso vestia uma ridícula camisola de hospital e tinha fios no peito. Mas já estava acordado e ainda no mesmo estado de nervos que Maria o tinha deixado ao sair da sala dele nas empresas San Roman.
E assim como estava, Estevão arrancou os fios que estavam em seu peito e que marcavam seus batimentos cardíacos. Não era um doente e não se permitiria ser. Não quando tinha Maria respirando o mesmo ar que ele de novo. Que agora mais que nunca queria saber tudo dela. Agora estava decidido cavoucar pedra sobre pedra da vida dela durante aqueles 15 anos que não via. Na verdade, ele desejava naquele mesmo momento saber do paradeiro dela para confronta-la e dizer tudo que pensou que ainda não foi dito naquele breve tempo que a teve em sua frente. Mas estava preso naquele leito que para ele não tinha necessidade alguma. O que o deixava ainda mais possesso.
E enquanto Estevão se livrava dos fios em seu peito. Patrícia entrou no quarto. Ela soube que Estevão tinha passado mal nas empresas e correu para o hospital. Mas soube não por Alba, é claro. Patrícia sabia que a mulher a detestava então só soube por Lupita quando ligou para falar com ele no escritório dele.
Ninguém sabia o que tinha ocasionado o princípio de infarto em Estevão. Ele não teve oportunidade de dizer e por isso, Alba que estava na sala de espera no hospital junto ao Bruno e Demétrio queriam respostas.
E então Patrícia disse, toda cheia de preocupação quando viu o que ele fazia.
- Patrícia: O que está fazendo meu querido?
Patrícia largou a bolsa na cama e tentou parar Estevão, mas ele já segurava todos os fios fora do seu peito e largava eles pendurados ao lado na cama. E ele não aceitando que fosse tocado, ele segurou ela pelos pulsos e disse sério.
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Falso Amor - Concluída
Fiksi PenggemarO que acontece quando uma história de amor começa sendo um conto de fadas e depois termina em um pesadelo? Como faz para voltar acreditar no amor novamente? Como faz para perdoar traições ou crer que elas nunca existiram, perante provas concretas...