Capítulo 18

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Olá lindas aqui está um novo capítulo pra vocês. Espero que gostem. Bjssss





Estevão passou primeiro entrando no escritório e depois Heitor entrou em seguida. Ele estava ofegante, sentia que lhe faltava o ar e que sua cabeça poderia explodir a qualquer momento. Estava tão nervoso, tão fora de si por ver que Heitor de primeira tomou as dores de Maria. E como ele não podia ter pensado naquela hipótese? Como havia se sentido tão seguro que Heitor rejeitaria Maria quando a ouvisse? Mas ainda não era o fim. Estevão estava ciente disso. Maria e ele estavam em uma guerra que estava apenas em seu começo e que nela valia tudo. E então ele fechou a porta, depois que viu Heitor adentrar mais de passos lentos para dentro do escritório e disse, depois de respirar fundo para fingir uma calma que não tinha.

- Estevão: Vamos ver se agora levamos uma conversa mais cordial. Sente-se, filho.

Estevão estendeu o braço a frente do corpo apontando a cadeira em frente de sua mesa. Mas Heitor de corpo rígido, negou-se sentar, movendo a cabeça em silêncio. Ele havia tardado a voltar para casa. Andou muito de carro, parou em uma praça, sentou em um dos bancos por horas e nem havia conseguido fazer sua refeição da tarde, tudo porque ele não havia deixado de pensar no momento que teve com Maria, com a mãe dele. Todas as palavras ditas por ela estavam em sua mente, martelando nela, ele podia sentir ainda o cheiro dela pregado em sua roupa pelos abraços dado nele. Ela era tão amorosa, tão afetuosa. Mas ela era mesmo aquela mulher que ele viu entre lágrimas e mostrando amor? Heitor enquanto esteve hora dirigindo e hora na praça, havia se perguntado isso. Aquele amor de mãe que ele tanto precisou e quis dela, estava ali entregue de bandeja, mas era sincero? Não que ele não havia tido amor de pai vindo de Estevão, Heitor sabia que ele era amado como filho dele, protegido e querido, mas sentir o amor de Maria, de sua mãe tinha sido algo totalmente diferente. O amor que vinha de Estevão pareceu mais contido com o passar dos anos, enquanto o que sentiu de Maria era intenso e tinha o desarmado e o quebrado como uma criança diante dela.

A verdade era que Heitor já estava se rendendo ao amor de Maria ainda que não quisesse assumir, ainda que se fazendo perguntas para não se entregar totalmente. Estava rendido e querendo todo amor que ela queria dar a ele. Mas tinha tantos porquês além dos "se" que ele criava na mente apenas para se proteger. Havia pensado que os porquê iria acabar quando estivesse diante de sua mãe, mas não, ela havia dado a ele mais porquês para ele questionar.

E agora ele queria saber a verdade, seja ela que inocentava Maria ou a que a condenava e deixava todo aquele rancor que ele via nos olhos de Estevão mais que justificado. Que por isso naquelas horas que quis estar desconectado com todos, ele havia tomado uma decisão. Uma que ele nem mesmo tinha contado a Maria quando esteve com ela.

E então ele suspirou e virou para Estevão que estava em pé ao lado da mesa dele e disse.

- Heitor: Já que está decidido ter uma conversa mais branda, papai, tomei uma decisão. Ainda que imagino que vá contra. Eu a tomei antes que voltasse para casa.

Estevão o olhou sério e com seus olhos cheios de pavor, ele disse gaguejando de nervoso.

- Estevão: Q- que, que decisão, filho? Não tem que tomar nenhuma decisão agora! Não, antes de colocar seus pensamentos no lugar e me ouvir!

Heitor suspirou querendo sustentar o que sentia e o que queria. Ainda que visse Estevão fora de si como estava, ele não podia e não queria voltar atrás. Havia passado todos aqueles anos só ouvindo de como era sua mãe, só sofrendo por ouvir que foi deixado e agora tinha a oportunidade de fazer mais do que só ouvir já sendo um homem e dono de suas vontades. E então ele respondeu Estevão.

- Heitor: Não tenho que colocar meus pensamentos no lugar papai. Eu sei o que quer seguir dizendo. Mas não quero ficar contra nenhum dos dois. São os meus pais!

Falso Amor  - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora