Capítulo 23

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Maria depois de se despedir das meninas, encostou a porta e guardou as bolsas das lojas que haviam feito compras e a mochila de Maggie e depois foi ao banho. O que já fazia mais de 1 hora que ela estava dentro de sua banheira enquanto tomava vinho em uma taça naquela solidão que se encontrava.

Uma solidão que ela já era acostumada a viver. Dentro daquela água morna, ela pensava na vida, meditava em seus dias, na conversa com Heitor e também pensado que ter o filho nas empresas San Roman sendo os olhos dela não era o suficiente além de ser perigoso. Ela que devia estar confrontando todos dentro daquela empresa, não ele. Mas estava de mãos atadas e em como tinha dito a Luciano em suas últimas conversas, não sabia como ter acesso ao interior das empresas San Roman sem ser por Heitor que o colocaria a prova em relação da lealdade que ele tinha pelo pai. Estevão tinha o filho leal a ele e ao lado dele, mas agora parecia não ter tanto e pensar assim fez Maria sorrir. Ela tinha Heitor mais pendente a ela, aos poucos, mas ela tinha. Ela sentia isso e sorriu novamente pensando na noite anterior como ele tinha agido com ela em frente a Patrícia e depois de Alba. Ele tinha a defendido.

E e um sorriso bobo voltou a brotar nos lábios de Maria, mas depois ele sumiu com ela sabendo que agora Patrícia entraria na lista de seu passado como alguém que lhe devia explicações. Estevão e ela tinham um caso, sim ela devia explicações que se foi por isso que ela não a estendeu a mão no passado quando ela mais precisou.

Maria fez cara feia, sentindo nojo com imagens que teve de Estevão e Patrícia juntos em uma cama. Mas depois lembrou dos pequenos momentos quentes demais que teve com ele com sua volta. O mais quente que ela podia lembrar, havia sido em alguns metros de onde ela estava. Eles tinham quase consumado o ato, tão quase que ela podia fechar os olhos e senti-lo roçando seu membro na entrada dela outra vez. Mas então ela voltou pensar nele com Patrícia. Se estavam juntos porque ele a perseguia daquela maneira? Porque aquele desejo infernal, que ele sentia por ela que consequentemente a fazia queimar quando ela sentia a necessidade dele para estar com ela?

Ela só pensou que o céu quando ela estava com Estevão, quando sentia aquele desejo sendo reciproco, com certeza a odiava no mesmo instante pois ele parecia mais um demônio que a instigava a pecar com ele. Que entre tantos homens, seu corpo só seguia queimando por ele.

Maria suspirou agora não pensando em nada que não fosse em seu corpo recebendo um prazer que já desconhecia, que por isso sentia aquela solidão de não ter o calor de outro corpo com ela e que ela já havia sentido como era a sensação de ter outro corpo junto ao dela, dentro dela. E ela fechou os olhos descendo sua mão por baixo da água da banheira e como estava começou a se tocar. De olhos fechados ela fazia movimentos em círculos em seu clítoris começando gemer. Até que ela ouviu seu celular apitar e ela abriu os olhos, enxugou as mãos em uma toalhinha próximo a taça de vinho dela e a garrafa meia cheia que estavam sobre o piso do banheiro.

Que então ela leu uma mensagem que vinha de Estrela contando o que ela ainda não sabia.

"Greco está com a gente. O chamei para que ele já começasse ficar confortável com todos nós, não fica brava"

Maria suspirou dando um sorriso, o gesto de Estrela ela viu como nobre e acima de tudo ela confiava na filha que então ela a respondeu.

"Não estou brava. A mamãe confia em você, lembre-se disso"

Ela mandou a mensagem recebendo outra de Estrela segundos depois.

"Te amo, mãe"

E sorrindo ela a respondeu.

"Eu também meu bebê"

Maria então deixou o celular aonde estava e suspirou sem mais vontade de seguir fazendo o que fazia, nem ao menos de seguir dentro da banheira, o que a fez ficar de pé para deixa-la.

Falso Amor  - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora