Capítulo 54

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Oi lindas, eu acostumei vocês com capítulos toda semana né kk só que agora já voltei das férias então vai ser mais difícil atualizar mas tentarei não demorar tanto! Bjs espero que gostem do capítulo.


Estevão respirou fundo. Tinha o corpo todo tenso e a respiração toda irregular depois de falar com Maria. Ele então tocou a testa e disse baixo para seu motorista.

-Estevão: Quando ver as crianças serem liberadas, me avise.

O motorista Arnaldo assentiu com a cabeça, vendo Estevão virando o rosto para o lado da janela, o que ele sabia que seu patrão não mirava a paisagem da rua, o conhecia muito bem para saber que aquele momento ele tentava controlar o que sentia, ainda mais por ter podido escutar o que ele falava.

Passou apenas alguns minutos quando deu sinal e o portão do colégio que Estrela estudava abriu.

Estevão então respirou fundo mais uma vez e saiu do carro.

Nada cooperava para ele estar calmo o suficiente para estar ali com sua filha adolescente, nem o que passava na empresa que ainda fervilhava sua mente muito menos Maria com sua ideia daquele infeliz jantar.

Ele olhou as crianças e adolescentes passando por todo lado, e levou a mão na gravata frouxando ela. Até que viu Estrela parada com o uniforme da escola e mochila nas costas. A menina o olhou de cima a baixo como ele fazia com ela. Estrela era tão bonita, uma graça de menina, com o olhar doce, bochecha levemente rosadas e cabelos loiros que naquele momento estavam presos em um rabo de cavalo. Parecia tão inofensiva e fofa, até seu olhar fofo se tornar duro e ela caminhar até o pai pisando no chão, claramente com raiva.

E então quando esteve diante de Estevão que ficou sem ação quando a viu, ela disse, de mãos nas alças de sua bolsa.

- Estrela: Vamos logo, não quero que me vejam com o senhor.

Estevão respirou fundo. Daria tudo para ter sido recebido com um beijo e um abraço como os filhos dão nos pais em um momento como aquele, mas sabia que era pedir muito, que então ele apenas disse.

-Estevão: Vamos filha, meu carro está bem ali.

Ele indicou com a mão onde estava o carro dele e ela andou deixando ele para trás. Estevão apressou seus passos indo atrás dela, e abriu a porta do passageiro para ela entrar.

Ela entrou e ele fechou a porta, e a primeira coisa que ela percebeu foi o motorista no lugar que ela pensava que estaria Estevão, o que fez ela revirar os olhos por entender que ele ia ao lado dela todo o tempo.

Estevão depois de ter dado a volta no carro entrou do outro lado, sentou no seu lugar e fez sinal para o motorista seguir.

E se fez um silêncio no carro que Estevão não sabia como quebra-lo. Queria começar com um, como foi a aula, filha? Ou como está? Tem muitos amigos na escola? E suas notas como estão?

Mas tantas perguntas que ensaiava em sua cabeça ele já previa uma resposta grosseira, ou simplesmente nada. Afinal, era muito ciente que tinha sua menina ali só porque Maria não tinha dado opção a ela.

Ele então se ajeitou melhor no banco e seu olho buscou olhá-la de lado. Estrela, mexia nos fones de ouvido do celular, claramente ela desejava ignora-lo colocando músicas para ouvir.

Estevão suspirou não muito contente. Parecia petrificado diante de uma menina que era filha dele. O que parecia para ele uma piada. Havia passado toda sua vida adulta enfrentando dragões no mundo dos negócios, e sua menina de 15 anos parecia intimidá-lo dando a última palavra ali. Que por isso, decidido não deixar que aquilo seguisse ele disse sério.

Falso Amor  - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora