A Protegida dos Reis

Capítulo 34

A garota espiava curiosa alguns membros dos exércitos conversarem animadamente sobre a guerra apocalíptica que acabará exterminando milhares de pessoas.

Passou os olhos pela carroça encontrando alguns reféns que restaram,presos como ela,enjaulados em selas especiais.

Passou todo o dia debaixo do Sol escaldante sentindo a pele abaixo dos olhos entre a região de cima do nariz ferver,enquanto tentava a todo custo manisfestar algum tipo de mágia.

-Não perca seu tempo...-uma mulher comentou,reencostando a cabeça sobre as grades da cela-Não vai conseguir usar mágia negra e não tente!-alertou despreocupada-Poderá se ferir gravemente!

Amora suspirou derrota,e continuou a escutar a conversa que passeva em eco pela grande floresta anoitecida.

Sentia-se cansada,por parte culpa da pequena prisão em que estava,juntamente,outra por não conseguir dormir desde que sairam de Therondia.

Havia poucos reféns de seu povo denotando que Sebastian compriu solícito as suas ordens.E Isabel não era um deles.

Mais um suspiro alto,antes que,um forte moreno se aproximasse do coletivo de jaulas em uma carroça.

Em suas mãos algemas amaldiçoadas.

Retirou Amora sem nenhum cuidado,prendo-a sem pudor e arrastando pelo enorme acampamento em festa.

Avistou as maiores tendas,encontrando um grande espaço coloroso e refinado,diferentemente de onde,a poucos minutos estava.

Dangelo soltou-a,enquanto todos se sentavam a uma grande mesa,com um banquete completo,digno de alguma comemoração.

-Estamos comemorando alguma coisa?-questionou cínica,fazendo os quatro suspirarem.

Eros precionou as têmporas enquanto Vance a forçava a sentar-se.

-Coma!-Eros ordenou olhando para seu prato intocado.

-Não estou com fome!-continuou sem tocar no prato,ganhando olhares indignados sobre si.Amora estava mais magra desde que sairá dos grandiosos palácios de Arundel.E em virtude de sua rebeldia,mesmo que,seu estômago relutasse e a contraria-se,não comeria sabendo que  os reféns de seu povo estavam sem um mísero pedaço de pão-Não antes que meu povo...-enfatizou-Coma também!-anúnciou decisiva.

Dangelo levantou-se saindo da tenda e voltou instantes depois de comandar para que homens servissem a janta aos prisioneiros.

-Bom,agora não vejo motivo para isto...-comentou sentando-se elegantemente.

Sem mais demoras,Amora tacou o prato e nunca,comera tanto como neste instante.Sua fome pareceu quadruplicar-se conforme as incessantes investidas contra a coxa de frango.O que tornava-se mais difícil por conta das algemas apertadas.

Phoenix aproximou-se ajudando-a e mesmo relutante aceitou que a comida fosse posta a sua boca.

Estava tão magra que cortou o coração dos quatro.

Phoenix,cuidadosamente limpava os cantos de sua boca quando sujava e seus olhos intensos,que havia desacostumado,queimavam sua pele,deixando-a corada.

-Chega!-comentou,levantando-se-Posso voltar para minha confortável cela?-questionou na intenção de fugir da antiga sensação,que a poucos instantes,a inebriava.

-Não!-a voz grave do guerreiro se fez ouvir-Irá dormir conosco em nossas tendas...Amora-olhou fixamente em seus olhos repreendendo-a-Você não é prisioneira...

-Então o porque de estar presa?-questionou arregalando os olhos,erguendo as mãos para demostrar a bilhete que sim,constava ser uma delas.

-Porque é perigosa...-Dangelo comentou óbvio arracando um sorriso que por alguns instantes o hipnotizou,se perdendo,em sua  perdição pessoal.

-Você acha?-olhou furtivamente e diretamente em seus olhos castanhos,fazendo-o engolir seco,quase engasgando com a própria saliva.

-Não se ache,garota!-Vance comunicou mas já era tarde demais,um sorriso perverso estampava sua face.

Eros bufou.

-Posso ao menos tomar banho?-questionou aos homens-Bom,eu estou a quase três dias sem o fazê-lo e bom...não seria agradável ao olfato de ninguém....

-Tudo bem!-comentou.

-Então vou me juntar aos guerreiros...-antes que pudesse passar pela saída da grande tenda,Vance a agarrou fortemente pelos braços.

Ganhou olhares furtivos sobre si fazendo a ruborizar por alguns milésimos de segundos.

-Eu não acho apropriado,pelo amor dos Deuses,Amora!-Eros estava tão impaciente que arracara um sorriso solto da garota,batendo os punhos contra a mesa de madeira-Use o meu...-apontou para um espaço fechado e Amora caminhou até ele.

Havia uma cano com um registro que deixava algumas míseras gotas de águas pinguar sobre uma banheira de madeira e logo a garota pos se abrir para enche-la.

Estava tão mau cheirosa quanto um gamba,não havia dívidas sobre isso.Sua aparência estava terrível como os seus cabelos desgrenhados.

Tentou tirar o vestido sujo que a alguns dias parecia ser o mais bonito que já vira.Estava rasgado e com enormes manchas e furos de combate.

Sorriu ao perceber que era impossível retirar sozinha a peça e caminhou novamente para fora da pequena casa de banho.

-Será que algum de vocês tem mãos fortes para me ajudar a tirar o vestido?-questionou ao Reis e subitamente todos se levantaram para ajudá-la,aumentando seu ego-Eu preciso apenas um par de mãos-comentou-Já que as minhas estão impossibilitadas....

Os guardiões se entreolharam mas deixaram essa tarefa para Eros.Que caminhou com sua armadura pesada em direção ao cômodo ocluso.

-Sem gracinhas...-comunicou mau-humorado,rasgando a parte de trás da peça e antes que saísse foi parado por ela.

-Me ajuda...-pediu com aqueles terríveis olhos inocentes.

-Ajudar com o que?-questionou piscando algumas vezes.

-Com o banho,oras!Ou melhor ainda!Tire essas algemas para que eu possa tormar banho-sorriu anciosa.

-Eu não nasci ontem,garota!-comunicou,virando-a bruscamente e arrancando todo a peça de seu corpo,deixando apenas aquela que tampava sua parte íntima inferior.

Analisou suas costas descendo para o glúteo arredondado que possuía.Amora em um reflexo,tampou os seios com as mãos e Eros pode ver um vislumbre de sua menina doce no fundo de seus olhos.

-Não fique envergonhada!-comunicou ignorante,empurrando seu corpo contra a banheira-Tudo que tem aí,eu já vi...-comunicou pegando o sabão com as fortes mãos.

-Não fale besteiras!-defendeu sua honra.

-Você é quem está falando besteiras,garota!Quem dava banho em você quando criança,era eu ou as amas de leite...

Amora virou-se de costas envergonhada,sentindo Eros deslizar a barra de sabão contra a curvatura de suas costas.Suas mãos eram ásperas e grossas.

-Isso foi a muito tempo...-comunicou com a voz entre-cortada pelos movimentos propósitais.

O homem jogou um balde de água fria,literalmente,sobre a sua cabeça.Virou de frente para si descendo o olhar para seus seios tampados.

-Você consegue....?

-Talvez,se você desalgemar-me...!

O homem bufou e revirou os olhos-Tira as mãos-ordenou-Vamos Amora!Já vi muitos seios,não se sinta especial...

A menina bufou destampando-os e ligeiramente viu seus olhos,das cores como os dela,dilatarem.

O homem encostou as mãos fortes,causando um choque recíproco.Trazendo a tona sensações e sentimentos que Amora gostaria de matar ou guardar as mais preciosas setes chaves.

-Não precisa!-sorriu apavorada,os combrindo novamente,livrando-se de seu toque-Eu me viro!

Eros ainda em choque levantou-se.

-Ainda bem,você está fedendo a chiqueiro de porco...-concluíu,saindo rapidamente suando frio.