Capítulo 37

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Encarou por muitos instantes,mais do que gostaria e não poderia evitar,o rosto perfeito e adormecido de Eros,envoltou por macios travesseiros.

Sentia sua respiração leve contra o seu rosto por estarem tão perto ao ponto de Eros,mesmo que adormecido,não deixar que Amora corresse de seu aperto,antônimo de frouxo poderia constatar.

A insônia havia se apegado a garota e mesmo depois do estrago que fizeram no quarto,não conseguia pregar os olhos.

Continuava a encarar as pequenas sardas de seu rosto angelical e nunca envelhecido uma ruga pelo tempo.

Tentou se virar para o outro lado,mas o homem incessantemente protestou em um gemido feroz,mesmo que adormecido.Eros apertou-a ainda mais,enfiando sua cabeça contra os peitos da garota,permitindo que,as mãos delicadas dela,acariciassem os fios negros.

Correu os olhos pelo quarto encontrando as terríveis algemas jogadas sobre roupas e tecidos que quão o terrível desejo e temperatura,apenas um ambiente fervoroso poderia ter,foram jogadas ao chão.

Logo,pensamentos surgiram,aos quais nunca sairam,persistentes.

A garota olhou para suas mãos e logo pequenas chamas roxas iluminaram o quarto junto a todas as outras velas amarelas espalhadas pelo ambiente.

Uma ventania se adentrou por todo o quarto fazendo com que as velas piscassem resistentes.Os olhos da garota se escureceram,tão quanto o ambiente logo após,por elas apagadas.

E quando a garota abriu os olhos,estava ao lado de seu corpo ao qual Eros prendia com tanto afinco.

Sorriu satisfeita,pela descoberta de mais uma habilidade ao qual engrandeceu sua dominação em toda a matéria existente,logo clonar-se,fosse uma das consequências vastas.

A menina,a ponta dos pés,pegou a chave de sua algema,talvez compatíveis com todo o resto,saindo sem fazer menção de qualquer barulho pelo acampamento escuro.

Todos estavam terrívelmente embreagados para perceberem tal ato,ao qual Amora se orgulharia mais tarde.

Caminhou,sentindo toda a grama passar pelos seus pés,vendo a carroça com as jaulas,e aqueles que agora,eram seu sangue e sua terra,ou basicamente o que restara dela.

Sua aproximação chamou a atenção de todos os presos,arracando sorrisos de toda a suas expressões de cansaço.

Colocou as mãos,ainda com pequenos vestígios de queimadura sobre as barras de ferro,ganhando outra sobre as velhas,gemendo de uma terrível dor que se alastrava.E mesmo com tamanha dor,usou toda a força de seu elemento para quebrar as barras de toda as jaulas,que acabaram com a palma de sua mão,deixando-a em carne viva.

Amora estendeu as chaves e rapidamente todos os prisioneiros,abriram sem pudor o que os prendia.

-Fugiam!-ordenou para o pequeno grupo-Encontre Sebastian e Isabel,eles saberam o que fazer...-comunicou decisiva.

-Mas você não vem?-questionou aquela,que mais cedo a alertava sobre os perigos das jaulas.

-Não,não seria inteligente.Estaria colocando um alvo sobre nós...-comentou e logo foi invadida por abraços de todas das partes,daqueles,que decidira denfender-Eu não desistirei de nosso povo...-disse convicta-E espero que vocês também não!

Antes que saíssem entre os arboredos para a escuridão do imenso bosque,curvaram a cabeça em respeito a Rainha das trevas e partiram rumo a liberdade,deixando para trás Amora e suas lágrimas de felicidades e mãos que pingavam a sangue.

Quando voltou para seu corpo,sentiu todo o cansaço por usar seus poderes desfreadamente e sem limite todo esse tempo e antes que pudesse cair em um sono profundo,permitiu-se abraçar seu Rei.

Naquela manhã,todos estavam mais agitados e de ressaca que o normal.Soldados caminhavam sem rumo e uma desordem logo se instauraria no acampamento,se não por Dangelo que dava as ordens para que reestabelececem a calmaria indevida.

Os Reis se destinaram para a tenda de Eros a sua procura e quando invadiram o espaço,encontraram ambos nus e abraços em um sono profundo.

Sem que precissassem prever,um homem já estava pegando fogo de ciúmes enquanto Vance abusou de uma ventania necessária para arrancar Eros em uma força sobrenatural contra o duro chão.E tão pouco fez questão mas apagou as chamas de Phoenix.

-Porra!-acordou com o choque de seu corpo ao solo.Seus berros fizeram Amora abrir os olhos assutados.

Encontrou os três olhando sua nudez e rapidamente puxou os lenções contra seu corpo.

-Pelo jeito a festinha aqui foi boa...-Vance comentou caminhando pela almofadas e tecidos esparramados.Plumas de travesseiros ao chão,roupas rasgadas e passou os olhos pela madeira de uma parte da cama aos pedaços.E assim todos fizeram o mesmo.

-Precisamos conversar sobre isso...-Dangelo,sentou-se iquisidor,olhando profundamente os olhos assustados da garota.

-Aconteceu...-comunicou sorridente fazendo Phoenix entrar em chamas novamente-Porque estão me olhando assim?-questionou preocupada e ao mesmo tempo com um gostinho de indignação que se alastrou por seus pensamentos-Eu não devo satisfação a ninguém,de quem ou não eu deixo de transar!

Vance aproximou-se como uma selvageria duvidosa,apertando seu maxilar-Primeiro,somos seu Reis-alertou-Cuidado com as suas palavras...-ameaçou-Segundo,coloque uma maldita peça de roupa!

A garota deixou que os lençoes caissem por seu corpo desnudo e caminho até o banheiro,deixando com que caissem em um surto momentâneo.

-Ela está sem as algemas?-Dangelo questionou olhando em seus pulsos.

-Está!-Eros comentou,levantando-se do chão.Inerte ao assunto pelo sono.

-Você só pode estar louco!-Phoenix voou em sua direção-Ela poderia ter fugido e você nem ao menos veria,idiota!

-Mas ela não o fez...-argumentou cruzando os braços e levantando uma das sombrancelhas.

-Coloque uma roupa,seu maldito!-Phoenix o empurrou pela aproximação demasiada.

-Agora está explicado como todos os reféns fugiram...-Vance comentou.

-Fugiram?-Amora questionou cínica saindo do banheiro,vestindo peças de roupa de Eros.

Dangelo caminhou feroz até ela,com as algemas em mãos prendendo as suas mãos,e logo pode perceber,as palmas delas em carne viva.

Suspirou frustado abraçando-a apertado.O estômago da garota deu repentinas voltas e uma sensação inexplicável aplacou sua postura.

-Você não está bravo?-questionou preocupada,ainda presa ao seus braços fortes.

-Estou furioso....Mas feliz que não tenha ido com eles-comentou.

-Devemos ir atrás dos reféns?-Phoenix questionou,agora,menos impaciente quanto minutas atrás,pela conclusão do amigo.

-Não...-Eros comunicou-Não podemos passar mais tempo longe dos elementos,estamos a cada dia mais enfraquecidos!

-Devemos passar por todos os reinos antes de Arundel.Precisamos repor nossas energias elementares!-Dangelo concluíu e todos concordaram veemente.

Todas as tendas foram recolhidas.Soldados prontos para marchar rumo a Reaghan,reino do guardião da terra,capital dos minérios e pedras de diamantes.Lugar onde todos são felizes e corteses.Onde todo o amor,sem excessão,é bem vindo.

Afinal de contas,a terra é a nossa maior mãe,pois dela viemos e lá voltaremos,para o acerto de contas.



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