Capítulo 38

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Estavam a alguns dias e incontáveis horas na estrada,em uma apertada carruagem que os levava pelo chão terroso até a grande metrópole de Reaghan.

Amora contava todos os pedregulhos e buracos aos quais ficava fácil de notar,quando a fazia cair do assento duro.Em alguns momentos Eros a segurava firmemente para que não fosse de encontro ao chão.

Logo,como mais uma vez naquela tarde ensolarada,sentiu a vontade natural expandir suas bexigas.Cruzou as pernas em uma tentativa de esquecer,implorando mentalmente para que passasse,e quando outro buraco se fez,teve de se auto-controlar para não molhar todo o assento.

-Eu preciso urinar...-comentou em um sussuro para Eros a sua direita,o fazendo revirar os olhos e suspirar.

-Quando chegarmos na metrópole iremos te examinar...-concluíu pedindo para que o cocheiro parasse no meio do trajeto,assim como 2 hectares de soldados exautos pela caminhada.

-Isso é normal!-comentou passando por seu colo,exasperada,até a porta da carruagem,abrindo-a sem pudor-Eu sou humana!

-As vezes me esqueço as devastagens de ser humano...-Vance comentou vendo a garota correr desesperada para trás de alguns arbustos.

Amora encontrou uma grande árvore,erguendo o vestido longo,ajoelhando-se sobre o mato,que algumas vezes ousavam pinicar sua pele.

Ouviu passos sobre a grama e logo Eros apareceu olhando o horizonte.

-O que está fazendo?-questionou franzindo o cenho-Não posso ter ao menos um pouco de privacidade?-questionou,enquanto a poça formavasse ao meio de seus pés.

-Não!Desde que descobri que pode ter ajudado com a fuga dos reféns,não confio em suas ações,atitudes ou palavras...-sorriu ironicamente,olhando aprofundamento em seus olhos,tais como os seus,enumerando a lista que apenas crescia.

-Tecnicamente,eu não menti...-defendeu-se a unhas e dentes,enquanto com dificuldades por ainda ter as algemas grudadas em seus pulsos,levantou-se ajeitando as grandes saías-Prometi não fugir e você não contestou contra as entre-linhas do contrato-comunicou,olhando para o que tanto chama a atenção dele,denotando um grandioso campo de dentes de leão.

-Aquilo não foi um contrato...-protestou-Amora,aonde pensa que vai?-questionou franzindo o cenho-Temos que voltar para a carruagem...

-Nós precisamos ir naquele campo...-comentou,descendo o pequeno morro em direção ao grande campo,enquanto Eros ainda permanecia intacto ao lado da árvore e da poça de urina.

Contra gosto,o homem caminhou emburrado para o campo florido,iluminado pelo Sol quente e abraçados pelos fortes vendo da colina,ao qual acabava por levar alguns dentes de leão para si,no céu azul.

O três Reis,adentraram a pequena moita ao qual instantes antes ambos haviam passado,vendo Amora correr sorrindo pelo campo.E antes que Eros a alcançasse por medo que tentasse fugir,a menina tropeçou e caiu contra os dentes de leão,aumentando ainda mais a risada que reverberava por toda a campina.

Os quatro sorriram simultaneamente,estimulados especificamente por ela,que ainda caída,contagiava o humor quase inexistente por aquele tempo.

Eros se aproximou ajudando a pequena garota a se levantar,instigada pela dificuldade de faze-las sem as mãos.

O homem puxou-a contra seu peito enquanto analizava a beleza natural de Amora,quanto o imenso campo era capaz de proporcionar.

Os ventos batiam contra seus cabelos fazendo que alguns fios voassem enquanto seu sorriso,iliminado pelo satélite natural,inundava todos os quatros corações frios.

E antes que alguma atitude fosse tomada por parte do grande homem,Amora tocou em seu peitoral com uma força exagerada,derrubando-o contra as pequenas flores violetas.

-Te peguei!-gritou quando corria para o horizonte no momento que os três adentravam o grande campo,apegados a sensação de nostalgia que aquilo emanava.

Phoenix passou as correr sobre a grama,sorrindo como ela,apaixonado.Era tão bom corredor,como mulherengo e logo arrancara a garota do chão em um puxão apertado contra seu corpo.

Amora protestou indignada,sempre perdera para ele,por isso nunca o desafiava na brincadeira.

-Não é justo!Você sempre me pega!-comentou,quando foi posta ao chão.E como criança,em um movimento involuntário,Phoenix bagunçou seus cabelos esvoaçados.

Eros,começou a correr na direção de ambos e como cúmplices em brincadeiras,que sempre foram,Phoenix entrelaçou em suas mãos correndo contra o vento,para que ambos se salvassem.

-Vamos brincar também!-Dangelo convidou Vance que permanecia intacto olhando Amora correr,a sua visão,dos dois grandes tolos.

-Eu não sou criança para participar desta brincadeira idiota!-protestou arqueando as sombrancelhas para Dangelo que logo estava a correr desesperado para que Phoenix não o alcançasse.

Tudo parecia em câmera lenta,aos seus olhos,a bolha que só Amora poderia criar a sua volta contagiava a todos.

Não poderia negar,que ela,era sem dúvidas a coisa que mais amava no mundo.E poder aprecia-la,era sim,ainda mais maravilhoso.

-VANCE ME AJUDA!-berrou,para que socorresse-a,quando o três brutamontes corriam em sua direção e como uma barreira protetora,Eros,Dangelo e Phoenix foram jogados ao outro lado da campina,fazendo com que uma chuva de dentes de leão,lentamente caissem sobre o ar,pela grande rajada de ventos momentânea.

-Você está jogando sujo...-comentou quando Amora aproximou-se,balançando a cabeça negativamente por sua trapaça escancarada.

-Aprendi com o melhor!-piscou em sua direção arrancando um sorriso singelo de seu rosto.

A menina alcançou as mãos gélidas de Vance,arrastando-o até a chuva de pequenos flocos brancos.Alguns pousavam em seus cabelos negros e sujavam sua roupa de grife,mas o sorriso era impagável.

Atraindo inevitavelmente quatro pares de olhos admirados que recairam sobre si e se recussaram,por aquele momento,a se despedir.

A garota perdeu-se seu olhar ao por do Sol,quando todos simultaneamente se aproximaram.Através da grandes névoas que se dissipavam do grande morro surgiam as torres de um palácio enorme,radiante se contra a luz do Sol,como brilhantes diamantes.

As mais belas florestas cercavam o reino do guardião da terra.Enormes jardins e campos se estendiam por toda a capital,servindo de ora atrações para casais e crianças,ora para ser admirado por tamanha singularidade,como agora.

A terra parecia mais viva naquele pedaço,árvores e flores mais saudáveis.Assim como Dangelo,pode perceber,ao seu lado,parecia conectado a tudo e a todos naquele pequeno lugar,se visto ao longo como ainda estavam.

Os olhos de Amora não conseguiam parar de admirar tantas coisas belas,como aquelas.E sentiu pesar sobre seus ombros as mãos quentes de Dangelo.

-Bem vinda,Amora,ao meu lar!-comentou sorrindente,alguns diriam de tirar o fôlego-Bem vinda a Reaghan!

A Protegida dos ReisOnde histórias criam vida. Descubra agora