IGNITE | sariette

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-Como assim Juliette brigou? -Gil perguntou sentando na mesa no refeitório. Toda a gangue estava ali já e querendo ou não o colégio todo já sabia sobre isso. As noticias corriam rápido pelos corredores e provavelmente era algo como Juliette Freire brigou com a novata do instituto ou algo do tipo.

- Carlinha esquentada que foi tirar satisfação com eles - João falou entre suas batatas fritas. 

-Eu briguei com ninguém - Juliette falou ignorando a leva de olhadas que recebeu.

-E você joga a culpa em mim? -Carla perguntou ofendida recebendo olhares de reprovação dos que presenciaram a cena.

-Por que foi você que começou? -Gizelly respondeu simples.

-Eles parecem barra pesada melhor não se meter  eles - Rafa falou olhando para o grupo de canto de olho.

-Exatamente não sabemos o que elas faziam na cidade deles, Carla tem sorte de estar inteira! -Gil comentou fazendo o grupo rir.

-Eles afrontaram o nosso domínio! Temos que brigar! -Fiuk falou segurando seu sanduíche.

-Pelo amor de deus se aquela mulher sopra você quebra Fiuk - Camilla falou como se dissesse o óbvio. - Não tem dúvida que eles são barra pesada olha pra cara deles! 

-Eles encararam nossa líder, e vamos deixar assim barato? -Fiuk rebateu dando um tapa na mesa. Juliette pareceu ponderar mordendo o canto da boca em um ato impensado. Realmente encarar uma gangue nova não era a melhor decisão mas não podia deixar isso passar assim, eles já chegaram achando que são donos de tudo.

-Não brigou mas deu uma encarada que menina - Gizelly falou voltando ao assunto, se abanando. -deus que me perdoe mas a olhada que a loira te deu eu teria caído dura. 

-Porran mas eles são gatos viu? - Gil falou encarando a mesa do outro lado do refeitório. Encarou para avaliar a cara de mau que Camilla tinha falado mas se perdeu no caminho.

- Aí senhor, chegou até esquentar - João deu um gritinho ao ver de longe mais dois se reunirem na mesa problemática. Juliette deixou seus olhos vagarem pela mesa e revirou os olhos ao notar as pessoas evitando passar perto do grupo, ou então encarando cochichando sobre eles. Mal chegaram e já eram assunto.

 Ela notou a mulher de franja sentada conversando com um homem loiro e um negro na ponta da mesa, mais para o meio a tatuada debatia algo com um homem moreno também de jaqueta de couro. Do outro lado da mesa estava uma loira em pé, seu cabelo tinha pequenas tranças emaranhado nos fios lisos, conversando com a morena de cabelos longos e castanhos escorada despojadamente na mesa e sentada no tampo da mesa com o pé apoiado no banco estava a loira, essa sim, a que a tirou do sério mais cedo.

Revirou os olhos, não sabia respeitar nem a calçada nem a mesa.

Juliette suspirou pesadamente ao ver a capitã das cheerleaders se aproximar da loira com outras quatro cheers ao seu lado. Revirando os olhos para a cena que via voltou sua atenção para seus amigos e quis vomitar, ela não gostava desse povo e ouvir seus amigos exaltado a beleza de editorial do grupo era demais para seus ouvidos. 

-Chega! - ela falou batendo na mesa - Eles são rivais, são do instituto. Não vêem que eles ameaçam a gente? Só há uma gangue aqui é somos nós. Não são bonitos são encrenqueiros! - Ela falou deixando seus amigos de olhos arregalados, parecia que seu discurso tinha colocado um pouco de senso na cabeça deles. 

Ela deixou seu olhar voltar para a mesa, em especial a loira. Ela segurava uma maçã e passava habilidosa uma faca cortando-a em um pedaço e levou a boca. Como que deixaram essa mulher entrar com uma faca? Ela era claramente um perigo para a segurança dos estudantes dali.

 O reitor tinha batido a cabeça pesado quando aceitou trazer gente do Instituto para cá, Juliette pensou. Olhou para seus amigos que pareciam refletir.  

Parecia.

-mama i'm in love with a criminal aí Brasil! - Ela ouviu seu amigo cantando a música e revirou os olhos pesadamente. Ela merecia.

And this type of love isn't rational, it's physical