— Richel, o que vamos fazer? — Matthew me olhava apreensivo, eu não sabia o que fazer, não sabia o que dizer, pensava em uma maneira de nos tirar dali, mas não vinha nada na minha cabeça.
— Tem uma saída pelos fundos, ela nunca é usada, apenas para emergência, seu pai a fez justamente para casos assim. — Olhei o segurança que mantinha sua mão em seu braço ensanguentado, apenas assenti e pedi que ele fosse na frente.
Assim que saímos do escritório, as janelas foram atingidas, os vidros caindo no chão fez com que corrêssemos ainda mais. O que tudo indicava, era que os seguranças do lado de fora haviam sido abatidos, era questão de tempo para que entrassem, se nos pegassem, estaríamos perdidos.
— Eles vão conseguir entrar, acho melhor vocês irem e eu fico pra tentar segurar.
— Nem pensar, vamos sair todos daqui! — Respondi olhando o segurança que pretendia se sacrificar para nos ajudar.
— Senhora, eu jurei servir a você e seu pai mesmo que isso custasse a minha vida, não tenho mais nada a perder.
Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ele indicou ao Matthew onde estaria a tal saída, ajeitou sua arma na mão e voltou. Ao escutar a porta sendo arrombada, Matthew passou a minha frente me puxando pela mão até chegarmos a uma porta escondida atrás da grande cortina na cozinha, estava trancada para o nosso azar. Matthew chutou a porta até que ela fosse aberta, aquilo causou um barulho que certamente chamaria atenção, teríamos que correr ainda mais.
Durante o pequeno percurso pelo corredor depois daquela porta, escutamos vozes, e todas perguntavam por mim, até que um deles descobriu a porta secreta. Eu nunca havia ficado tão assustada como eu estava naquele momento.
Ao final do percurso, Matthew abriu outra porta que nos deixou dentro da garagem, mandei que ele pegasse um dos carros e eu iria com a Madson em outro. Quando ligamos os motores, o barulho dos tiros voltaram, já haviam nos encontrado e atiravam contra os carros, não podíamos perder tempo esperando que o portão fosse aberto por completo, acelerei quebrando o restante que faltava, Matthew veio logo atrás de mim.— Richel... — Olhei Madson ao escutá-la me chamando. — Fui atingida. — Seu braço esquerdo estava sangrando muito.
— Droga, não podemos ir ao hospital agora.
— Não se preocupe comigo, se preocupe em fugir, foi só de raspão. — Respirei fundo tentando controlar minha raiva, a olhei novamente e ela estava ficando pálida.
Eu não sabia para onde ir, não sabia o que fazer, não sabia se ainda estavam atrás de nós, eu só pensava em sair dali. Entrei em uma rua um pouco mais deserta da cidade, diminui a velocidade e tirei minha camiseta, rasguei um pedaço dela e amarrei no braço da Madson para estancar o sangue. Voltei ao volante pensando no que iríamos fazer, e eu tinha apenas uma opção naquele momento.
Jason Mckane
Estava no escritório com os meninos resolvendo alguns problemas do último carregamento. As coisas tinham se complicado um pouco, um dos motoristas que trazia a carga foi revistado pela polícia, e teve de subornar o policial para poder passar com a carga, a sorte era que a quantidade de drogas era pequena, mas, mesmo assim, nunca tivemos que subornar alguém durante o carregamento para poder passar, as coisas estavam começando a sair do controle com a nova diretoria da polícia da cidade.
— Eu vou conversar com o delegado, de novo, isso já está...
— JASON! — O grito da Melissa me interrompeu, e me fez levantar com rapidez, ela nunca gritava daquele jeito.
— O que foi que aconteceu? — Perguntei ao sair do escritório, vendo Richel, Matthew e Madson entrarem na casa. — Melissa, pega o kit de primeiros socorros lá no banheiro e faz um curativo nela. — Pedi ao ver o braço ensanguentado da Madson. — Richel, o que houve?
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Por Contrato
ActionVocê seria capaz de tudo por vingança? Eu sim! Fui contra meu próprio pai, fui contra meus amigos, fui contra mim mesma, pela minha filha. Ela era o único objetivo, o único motivo pelo qual eu lutava, ela, era minha força para concretizar a minha vi...