Jason McKane
Seria a primeira vez que Melissa iria a uma viagem de negócios sozinha, eu sabia o quão inteligente e habilidosa ela era, mas, ao mesmo tempo, me lembrava o quão séria era aquela reunião, e não sabia se ela estava preparada para aquilo.
Durante o caminho de volta, voltei a pensar na Richel e no tal exame de DNA, metade de mim queria ajudá-la, a outra metade queria não correr riscos. Era difícil saber em qual parte de mim confiar.Quando cheguei em casa, ela estava silenciosa, chamei pela Richel, pela Madson e até pelo Matthew, mas não obtive resposta, estranhei, era cedo para terem ido dormir e os meninos irem para casa.
— Meu Deus, que bom que você chegou! — Madson estava eufórica depois de vir correndo do jardim atrás da casa.
— O que aconteceu? Cadê todo mundo? — Perguntei enquanto era puxado até onde ela estava, quando chegamos, Christian estava lá com alguns seguranças. — Madson!
— Chris e eu vimos nas câmeras de segurança que dois caminhões da carga de hoje estavam saindo do galpão com a mercadoria dentro, vimos também alguns carros fazendo a escolta deles.
— Outro roubo! — Ela assentiu.
— Richel, Ryan e Chaz foram verificar, sozinhos, você e Matthew não estavam aqui, e não ia dar tempo de esperar outros seguranças chegarem pra irem, talvez fosse tarde demais.
— Porque não mandaram os seguranças da casa? — Perguntei enquanto ia andando até o escritório para pegar minha arma e as chaves do carro blindado.
— Eram poucos, a Richel os mandou para o galpão pra tentar entender o que tinha acontecido lá, porque a carga estava vigiada.
— Tem alguma novidade desde que eles saíram?
— Tem Jason... Era pra estarmos nos comunicando pelo celular, mas quando a Richel e os meninos chegaram perto de onde estavam os caminhões, nós perdemos sinal, não conseguimos nos comunicar, Christian ainda está tentando hackear as câmeras daquela parte da cidade pra ver o que aconteceu, mas não é tão fácil.
— Ei, vocês! — Chamei a atenção dos seguranças que estavam lá fora. — Venham comigo, vamos atrás deles.
— Sim senhor! — Responderam em coro, me seguindo logo depois.
Fui até a garagem entrando no carro e saindo de lá o mais rápido que podia, os carros dos seguranças vinham logo atrás de mim, Christian me ligou logo em seguida, me passando as coordenadas de onde os caminhões teriam ido e qual trajeto a Richel e os meninos poderiam ter feito. Pelo que foi dito, eles usaram um atalho, queriam fechar os caminhões pela frente, mas aquilo era suicida, eram três contra sabe lá quantos homens tinham nos carros que faziam a escolta. Preferi pensar que eles não tinham feito aquilo.
— Jason, consegui as imagens das câmeras da parte da cidade onde os caminhões estão. Pararam em um posto para reabastecer, estão quase na divisa da cidade, se você não chegar lá rápido, vão sair e nós não iremos poder fazer mais nada.
Ao escutar as falas do Christian pisei no acelerador, eu não podia deixar aquela carga ser levada, seria mais um enorme prejuízo e não podia acontecer.
Em certa parte da cidade, quase na fronteira, o sinal de telefone era mínimo, a ligação com Christian mal era possível, eu não conseguia mais me comunicar. Em determinado momento, consegui ver os caminhões logo a frente, parados no posto mas com os motores ligados, pelo que parecia haviam acabado de abastecer e estavam prestes a sair, mas antes que eu chegasse mais perto, comecei a escutar barulhos de tiro, ao me aproximar mais vi três carros parados à frente. Estacionei meu carro um pouco mais distante e os seguranças fizeram o mesmo, a troca de tiro a frente havia ficado mais intensa, a quantidade de homens mascarados era grande, mas por sorte, havia levado seguranças o suficiente.
Andei por entre os pouquíssimos prédios que havia ali e consegui passar até a linha de frente, onde a Richel estava com os meninos, ainda escondido notei o quão difícil estava sendo para eles manter aquela troca de tiros, por sorte os carros eram blindados, caso contrário, já estariam mortos.
Dei a ordem a alguns seguranças para que fossem pelo outro lado da rua e que atirassem assim que avistassem os alvos, os que estavam logo atrás de mim receberam a mesma ordem, e assim fizeram, a troca de tiros ficou ainda mais intensa, corri até a Richel e me abaixei ao lado dela atrás do carro, ela parecia feliz ao me ver ali.
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Por Contrato
AcciónVocê seria capaz de tudo por vingança? Eu sim! Fui contra meu próprio pai, fui contra meus amigos, fui contra mim mesma, pela minha filha. Ela era o único objetivo, o único motivo pelo qual eu lutava, ela, era minha força para concretizar a minha vi...