Jason McKane
Tentava contato com a Richel mas era em vão, Madson também não conseguia falar com ela. Por telefone, pedi que Chris rastreasse o celular e o último lugar que o achou foi no hospital, eu sabia que ela iria buscar os tais exames de anemia que ela tinha feito, mas já faziam horas. No começo só chamava, mas depois, começou aquela maldita mensagem dizendo que estava desligado ou fora da área. Estava com um pressentimento ruim.
— Oi Olivia, é o Jason, tudo bem? — A cumprimentei assim que ela atendeu.
— Oi, tudo sim e você? — A voz dela parecia ótima em vista da tal conversa que teria com a Richel.
— Liguei pra perguntar se sabe da Richel, ela estava com você hoje cedo, certo?
— Sim Jason, mas faz tempo que ela foi embora, falou algo sobre ir ao hospital, pegar exames e essas coisas, mas faz horas. — Ela deu uma pausa, acho que notou meu tom de voz. — O que houve?
— Eu… Eu não sei. — Minha voz vacilou, passei a mão na cabeça impaciente. — Ela sumiu Olivia, não atende o celular, faz horas que estamos atrás dela, coloquei todos os meus homens na rua e nada dela, parece que ela foi engolida pela terra.
— Ah meu Deus, Jason. — Pude notar seu tom preocupado. — Eu vou ver o que posso fazer pra ajudar, vou pedir aos meus seguranças que procurem também, ok?
— Obrigada…
Foi tudo que disse antes de desligar.
— Senhor? — Um dos meus homens bateu na porta e a abriu em seguida. — Achamos o carro da patroa, estava no estacionamento do hospital mas sem sinal dela.
Aquela sensação ruim só aumentou depois que eu o escutei, sentia um aperto do peito tão grande. Onde será que ela estava? O que tinha acontecido?
— Mas achamos isso bem ao lado do carro. — Me entregou um celular. — É descartável, mas sabemos como o senhor Christian é inteligente, talvez ele possa achar algo.
— Bom trabalho, obrigado. — Ele apenas assentiu e saiu.
Em menos de meia hora Chris já estava em casa, entreguei o celular a ele e deixei que ele fizesse toda a mágica. Me deixou cabisbaixo quando disse que poderia demorar, que aquele tipo de trabalho era difícil. Mas me encheu de esperança quando disse que poderia encontrar pistas.
Duas horas, duas malditas horas que pareceram dias. Foi o tempo que Christian levou para achar alguma coisa.
— Não sei de quem é, mas achei várias ligações pro mesmo número. Peguei esse número e coloquei pra rastrear mas infelizmente também é descartável.
— Mas que porra, será que não tem uma notícia boa? — Estava a flor da pele, Madson já tinha vindo com chá, suco de maracujá e até calmantes.
— Mas é claro que tenho notícia boa, quem você pensa que eu sou, um amador? — Acabei sorrindo fraco com o comentário. — As ligações vem do mesmo lugar, eu não consegui saber de quem, mas eu sei de onde. — Chris me mostrou no mapa o endereço, era marcado com um pontinho vermelho na tela do notebook.
— Mas… Desgraçado! — Rosnei. — Eu vou matar aquele filho da puta se ele tiver encostado um dedo na minha mulher!
Richel Decker
Senti minha cabeça latejar e um clarão quando tentei abrir meus olhos, tentei tampar aquela luz com meus braços quando notei que estava amarrada, entrei em desespero notando minha boca amordaçada e minhas pernas também amarradas. Olhei para os lados procurando alguém mas não vi nada além de um quarto vazio muito bem mobiliado. Tentei reconhecer o lugar mas eu não conseguia, constatei nunca ter estado ali.
Queria gritar mas não conseguia, aquela maldita mordaça me impedia, senti meu coração acelerar quando escutei a porta ser aberta, senti um perfume inconfundível. Desgraçado!
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Por Contrato
AksiVocê seria capaz de tudo por vingança? Eu sim! Fui contra meu próprio pai, fui contra meus amigos, fui contra mim mesma, pela minha filha. Ela era o único objetivo, o único motivo pelo qual eu lutava, ela, era minha força para concretizar a minha vi...