48. Luta

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Galera, hallo! Era pra ter postado esse capítulo no sábado, mas tive uns problemas pessoais e acabei dando uma atrasada. Espero que vocês gostem. O próximo vem mais rápido. É verdade esse bilete.

O suor corre por meu pescoço e colo, minhas pernas estão travadas em volta de Conway, seu nome ainda adorado por um arquejo exausto de meus lábios

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O suor corre por meu pescoço e colo, minhas pernas estão travadas em volta de Conway, seu nome ainda adorado por um arquejo exausto de meus lábios. Ele enrosca os dedos em meus cabelos, levando-me gentilmente, porém com firmeza, a beijá-lo. Nossas noites e manhãs tem sido intensas, acaloradas pela possibilidade de uma despedida definitiva a qual rejeitamos com corpo, alma e mente. Cada beijo, por mais casto que seja, se transforma em luxúria, desejo e sexo, quase como se nossos corpos quisessem se unir definitivamente em um ato desesperado de antecipação.

— Quando estiver lutando, não se esqueça do que me prometeu — diz ele. — Ninguém pode te matar.

— Não vou esquecer — digo. — Nem você se esqueça do que me prometeu. Vai nos levar ao mundo novo. Todos nós.

— Peixinha... — ele começa, desviando o olhar do meu por um segundo. Eu conheço este olhar. É o que usa quando está com vergonha por uma parte muito específica de seu próprio ser. — Você estará ao meu lado no campo de batalha, vai ver minha parte mais violenta de perto... o que eles chamam de Maníaco..

— E eu lutarei com ele com o maior prazer — rebato em um sussurro, encaixando-me novamente a ele. — Você acha que ele gostaria de compartilhar o sangue inimigo com a devoradora de corações?

— Ele serviria em uma bandeja se ela quisesse. — Meu veterano me deita de costas, aproxima os lábios de minha orelha e a morde devagar. Uma conversa assim, nesse momento, só mostra o quanto somos distorcidos. 

— Sirva o que você tem agora...

Antes que Conway possa me responder, o choro de Aiken nos traz de volta à realidade da qual eu tentava fugir. Esta foi a noite das entrevistas com os tributos do Massacre, e apesar das tentativas solenes de comover o público e mesmo os organizadores, pela manhã todos estarão na arena, incluindo meus pais, Finnick, Gloss e também a garota responsável pelas mortes de Clove e Cato. Parece incoerente que estejamos, em teoria, lutando pela mesma causa quando ela tirou tanto de mim, mas é esta nossa realidade.

Minha motivação é a mesma de antes, dissera minha mãe em sua entrevista. Voltar para minha filha, e desta vez para os filhos dela também.

Visto-me com a camiseta jogada de meu marido e caminho em passos trêmulos até o quarto dos gêmeos.

Quando entrei na arena pela primeira vez, queria construir meu nome, comentara meu pai. Desta vez, quero eternizá-lo para que todos os Jaegers no futuro saibam o valor da luta. É tudo o que eu sei fazer, no fim das contas.

Aiken é realmente o único acordado quando chego. Ele sempre acorda pouco antes de o sol nascer, quando o céu ainda está tingido de roxo e laranja. Meu bebê me observa enquanto ando até a porta balcão para abri-la, já não chora mais. Assim que o gritar distante das gaivotas invade o quarto junto com chicotear das ondas, vou até ele, afasto as cortinas esverdeadas de seu berço e o pego para mim, aninhando-o ao meu peito. Levo-o comigo até a sacada, de onde podemos ver o sol nascer de trás do mar.

73ª Edição dos Jogos VorazesOnde histórias criam vida. Descubra agora