Capítulo 11

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Saio do meu carro e entro dentro do pequeno prédio, colocando meus óculos de sol na cabeça e então olho o monte de escadas que tenho a subir

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Saio do meu carro e entro dentro do pequeno prédio, colocando meus óculos de sol na cabeça e então olho o monte de escadas que tenho a subir.

Puta que pariu... 3 andares. Mas bom, tudo pela Megan.

Começo a subir elas e logo paro na porta da casa da mesma, tocando a campainha. Não demora muito e a mesma é aberta, revelando uma senhora de idade.

- Boa tarde! - A mesma me encara desconfiada e rio baixinho, achando piada a seu olhar mortal. - É aqui que a Megan Hunter vive?

- Hum.. - A senhora me olha de cima abaixo. - Depende. Você é um criminoso querendo matar a minha menina? - Rio e nego rapidamente.

- Não, senhora Maria. - Ela levanta uma sobrancelha, curiosa. - Sou o Raphael, irmão da Sarah. O pai das crianças que a Megan salvou. - Ela me olha de cima abaixo e sorri.

- Mas não é que ela foi bem presenteada dessa vez? - Franzo o cenho confuso. - Entra, entra, menino Raphael.

- Com licença. - Entro dentro da pequena casa e olho para a senhora que me fica pelo peito de tão pequena. - Como a senhora está?

- Ah, vai se andando, mas não me chame de senhora. Trate-me por Miquinhas. - Sorrio e aceno. - Estou morrendo de saudades da minha menina... como é que ela está?

- Ela está bem. - Sorrio, calmo. - Com algumas dores, mas está tudo bem. A Miquinhas que não se preocupe.

- Ah, mas graças a deus. - Ela sorri olhando para cima. - O que interessa é que ela melhore. Ou na sua casa, ou na minha. - Rio e ela de repente se lembra de algo. - Entre, vamos para a sala. Não quero que fique aqui, não é? - Rio novamente e sigo a mesma para a sala de estar. - Sente-se. - Ela aponta para o sofá e me sento, olhando a mesma fazer o mesmo na minha frente.

- Eu precisava de umas roupas para a Megan e também gostaria de lhe fazer umas perguntas sobre ela. - A mesma acena e sorri.

- O que quer saber? - Coço a garganta e olho a senhora de idade nos olhos.

- Meu irmão me falou que a Megan tem uma dívida muito grande por se pagar e eu queria que a senhora me falasse mais sobre isso. - Ela coça a bochecha e acena.

- Bom, a Megan quando tinha os seus 17 anos, viu-se perante um momento bem difícil. Sua mãe sofria de câncer e este, estava vindo sempre a piorar. A Megan ficou sem saber o que fazer e como queria perder a mãe, levou-a a uma clínica privada. - Aceno e encaro a mesma com atenção. - A primeira fase do tratamento não foi eficaz, então tiveram que passar para a segunda fase e essa, novamente não funcionou e foi então que a Megan perdeu a sua mãe. Ela ficou devendo toda a quantia do tratamento e a clínica deu a ela 6 anos para juntar o dinheiro. No dia do acidente, o monstro do banco veio aqui e falou que a Megan tem que pagar aquilo em um mês, ou então entrarão com o processo contra a Megan. Eu não sei de muito mais, mas sei que ela desistiu dos estudos, trabalha dia e noite para pagar a dívida... porém, temo que ela não consiga o fazer. - Respiro fundo e encaro a senhora.

- Tem o contacto do banqueiro? - Ela franze o cenho e acena.

- Infelizmente tenho, mas... - Ela me olha com atenção. - Porque quer saber?

- Eu conto tudo para você.. - Começo a lhe explicar a minha ideia e ela aceita a mesma, com relutância.

[...]

- Mais uma vez, doutor Estrela, muito obrigado pela disponibilidade. - Aperto a mão do homem na minha frente.

- Não tem de quê, Senhor Hossler. - Ele sorri e encara a senhora Miquinhas. - É o meu trabalho. Dona Miquinhas, boa tarde. - Ele solta minha mão e se vira para a saída.

Escuto a Miquinhas resmungar do meu lado e suspira assim que ele sai. (Essa senhora é durona)

- Não consigo ir com a cara daquele homem de maneira nenhuma! - Ela fala com raiva, voltando para a sala e a sigo. - Sente-se um pouco, fique à vontade.

- Obrigado. - Me sento do seu lado e suspiro. - Eu não sabia que a senhora não gostava desse senhor, porque se soubesse não teria chamado aqui para sua casa. - Ela acena, sorrindo. - Mas por um lado ficou tudo esclarecido. Falei com ele e com a senhora ao mesmo tempo e assim ficou tudo resolvido de uma vez.

- Sua família é um anjo que veio salvar a minha menina. - Sorrio e passo a língua pelos lábios.

- Dona Miquinhas, para mim era muito importante saber mais sobre a vida da Megan, sabe? - Ela acena. - Saber de tudo... -Olho para ela com esperança de que ela fale. - Tá me entendendo? - Ela sorri e confirma com a cabeça.

- Oh, senhor Raphael. - Ela ri, o que me fez franzir o cenho. - Eu sou velha, mas olha que não sou burra, viu? - Engulo em seco, confuso. - Eu entendi perfeitamente. - Começo a rir, mais aliviado por ela não entender nada de errado na conversa.

- Eu e a minha família realmente queremos ajudar a Megan a todos os níveis. - Falo mais sério. - Mas para mim era importante saber mais sobre a sua história, tudo o que ela passou...

- Pois... mas eu também não sei muita coisa, sabes? A minha menina não é de contar. Já deve ter notado. - Aceno. - Porém, eu também não sou de perguntar... - Ela dá de ombros e eu sorrio.

- Eu entendo. - Coço a garganta. - Mas ela nunca te contou coisas sobre a família? Sobre as tias...

- Ah.. - Ela sorri com amor no olhar. - A Megan sempre me disse que eu era a sua única tia. - Começo a rir e ela fica com um brilho no olhar.

- E do pai? - Pergunto curioso e com esperança que ela saiba de algo.

- Cá para mim, esse aí é a grande mágoa da Megan... quer dizer, depois da morte da sua mãe. - Ela suspira e encaro a mesma com atenção. - Mas, não... ela nunca me falou nada sobre o pai. Eu até acho que ela não sabe quem ele é... Ou se ela sabe, gente boa ele não será. - Aceno e fico pensativo no meu lugar.

Como aquela garota consegue sorrir e parecer tão feliz?

- Bom, senhora Miquinhas. - Coço a garganta me levantando. - Adorei conhecer a senhora, mas tenho que ir. - A mesma se levanta rapidamente.

- As roupas. - Ela ri e sai da sala, voltando com um saco. - Acho que essas aqui dão. - Sorrio e ando até à porta. - Até mais, dona Miquinhas.

- Até mais, querido. - Saio dali, indo para minha casa.   

De repente, babá | Família Hossler - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora