Capítulo 28 + divulgação

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Me reviro na cama pela décima sexta vez

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Me reviro na cama pela décima sexta vez. Suspiro, pegando meu robe e levantando da cama.

Ando pelo o corredor, indo pegar uma água na cozinha e quando desço, encontro o Raphael encarando uma fotografia na mão e com um copo de bebida na outra.

- Tão tarde de noite acordado? - Sorrio chegando perto dele e o mesmo guarda a foto rapidamente, olhando para o lado e franzo o cenho ao notar que ele está a chorar. - O que se passa, Raphael? O que foi? - Me agacho do seu lado, confusa. - O que se passa?... - Ele nega com a cabeça, chorando ainda mais e meu coração se aperta.

- Eu não estou pronto para deixar ela ir... - Franzo o cenho e o mesmo pousa a fotografia, cobrindo o rosto com a mão. - Eu... - Ele aperta seus cabelos e sinto o meu coração cada vez mais apertado. - Eu e a Lesly tivemos um acidente anos atrás. Estávamos a sair da festa e... - Ele solta um choro ferido e meus olhos se enchem de lágrimas. (Ele está falando da sua ex mulher.) - E ela morreu, Megan. Ela estava um pouco bêbada, tentando me beijar o caminho todo e eu cedi. Me deixei levar pelo sentimento quente que pairava no ar e bati o carro em um caminhão. - Prendo as lágrimas e seguro sua mão. - Fomos para o hospital e a minha mãe estava na minha frente. Junto com meus irmãos. Eles me... tentaram ocultar o estado dela, mas eu insisti e consegui que me levassem até ela. Quando eu cheguei lá, queria estar no lugar dela. Ela estava horrível. Cheia de hematomas, e eu... - Sorri amargamente. - Uma perna quebrada, o pescoço e mais alguns ossos... mas ela... ela estava morrendo. Estava completamente quebrada. - Limpo uma lágrima que ouso sair de meu olhos e ele brinca com os dedos da minha outra mão, chorando mais ainda. - Eu vi... eu vi ela morrer. E antes dela morrer, tudo o que ela me pedia era que voltasse a ser feliz... que seguisse a minha vida. Porém, não consegui... e ainda não consigo.

Olho seu rosto, ele está completamente banhado em lágrimas, e o meu, está completamente igual.

- No dia do velório, não levei meus filhos, nem tive coragem sequer de olhar em seus olhos. Seriam eles capazes de perdoar o pai que matou a mãe? - Aperto sua mão, fazendo ele entender que aquilo não era verdade. - Quem me acompanhou foi minha mãe. Cheguei lá e a família da Lesly me expulsou do velório. Chamaram-me de assassino. Bêbado... porque pelos vistos, sem eu saber como, eu fiquei bêbado. Estou dizendo isso porque não bebi... eu não bebi nada naquela festa, mas a família dela insinuou isso... Eles também falaram que eu era um diabo, que veio para aquela família para os fazer sofrer e disseram que queriam eu e meus filhos, longe deles. Disseram que meus filhos não eram nada para eles, que eles não passavam de fruto de um homem que matou a filha. - Arregalo os olhos... como pode haver pessoas tão cruéis. - Eu fui embora... mas uma pessoa, a única pessoa que ainda me olha, fala... A irmã da Lesly... Ela quer saber do bem estar dos meus filhos. Ela ainda me liga e tenta me fazer entender que tenho que voltar a ser feliz. Mas eu não consigo deixar ela ir... Porque eu a amo e amar outra pessoa implica não amar mais ela. Como eu posso fazer o que ela pediu, Megan? Como eu posso voltar a ser feliz sem ela? - Choro e abraço ele rapidamente, apertando seu corpo contra o meu.

De repente, babá | Família Hossler - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora