Capítulo 42

555 41 8
                                    

Acordo sentindo um peso na minha cintura e um peito musculoso preso em minhas costas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Acordo sentindo um peso na minha cintura e um peito musculoso preso em minhas costas. Sorrio de lado, encaro o mesmo saindo com cuidado do seu aperto.

Tiro o braço do Raphael e me levanto da cama. Pego meus sapatos e ando até a porta, mas paro vendo ele se mexer.

Fico tensa, mas logo relaxo, vendo ele pagar em um travesseiro e apertando o mesmo contra o peito.

Rio baixinho e abro a porta lentamente, torcendo para que ninguém me veja.

Eu gostei de dormir aqui com ele, mas na verdade nem foi proporcional, simplesmente aconteceu. Porém, agora tenho que fazer de tudo para não ser vista.

Não quero ter que mentir uma vez mais por conta daquele doidinho.

Saio na ponta dos pés para meu quarto e entro rapidamente no mesmo, fechando a porta com as minhas costas e mordo o meu lábio inferior, respirando fundo.

Vou para o banheiro e tiro minha roupa, tomando um banho.

[...]

- Bem, então eu passo aqui amanhã para vir ver a Matilde. - Simon sorri para mim. - Quer dizer... isso se o pai deles não quiser mudar de pediatra.

- Não, não... - Tranquilizo rapidamente. - Claro que não. O Raphael anda nervoso. Ele falou isso da boca para fora.

- Megan.. - Ele respira fundo. - Desculpe eu dizer isso assim, mas eu realmente acho que o Raphael teve ciúmes de você. Eu acho mesmo... A sério. - Contenho um riso e o mesmo engole em seco. - Você e o Raphael...

- É complicado... - Falo de forma apressada e ele fica envergonhado.

- Eu só estou a perguntar isso, não é por nada de mal... - Deu de ombros. - Quer dizer... podia ser assim alguma coisa muito importante. Eu não sei.

- Importante para quem? - Franzo o cenho.

- Importante porque isso pode mudar as dinâmicas aqui de casa. - Aceno séria. - E... pronto... Eu acho que você merecia alguém melhor. Não é que eu tenha alguma coisa haver com isso... Bem... - Ele coça a garganta e sorrio. - Eu já estou a me meter onde não sou chamado. Que vergonha.

- Bem, decisivamente... - Nego com a cabeça. - Você e o Raphael não se dão bem.

- Pois. - Ele suspira. - Sabe, Megan... é que eu já frequento essa casa há tanto tempo. Já ouvi muita coisa... Já vi outras tantas coisas. - Ele suspira e me olha nos olhos. - E eu também já começo a conhecer você e você é uma pessoa muito especial. - Fico séria, não gostando do rumo da conversa. - Eu acho que você merecia alguém do seu lado que nunca lhe roubasse esse brilho do seu olhar. - Ele ri sem jeito e coça a sua nuca. - Se eu pedir para almoçarmos juntos... V-você aceita?

Penso no Raphael e mordo o lábio sem jeito.

Não sei se isso seria indicado. Quer dizer... eu gosto do Raphael e ele ontem falou algo que me fez pensar que talvez estivesse levando mesmo a sério o que estamos passando... Eu realmente acho que não seria tão bom sair com outra pessoa... pelo menos por enquanto.

Agora o pior será explicar isso para ele.

- Simon... - Coço a garganta. - Eu adoraria... mas no momento acho que não estou nesse ritmo, entende? - Ele cora e acena rapidamente.

- Claro... quando mudar de ideia sabe onde me encontrar. - Aceno e ele toca meu braço sem jeito, beijando minha bochecha.

Ele abre a porta, me mostrando a noite estrelada e suspiro, olhando para o segundo andar.

Hoje ainda não vi o Raphael. Quer dizer... depois de acordar do seu lado, nunca mais o vi.

Decido subir, visto que ele nem quis jantar e perguntar se está tudo bem com ele. E talvez, porque tenho uma saudade de suas piadas sem graça.

Ando até seu quarto e bato na porta.

- Sim? - Sorrio ao ouvir sua voz e abro a porta, vendo o mesmo me olhar com as mãos nos bolsos.

- Posso? - Ele sorri abertamente e acena rapidamente.

- Você deve. - Entro, fechando a porta atrás de mim e logo escuto ele falando. - Então? Você veio passar a noite outra vez comigo?

Reviro os olhos e encaro o mesmo com falsa cara de deboche.

- Você acha? - Levanto uma sobrancelha. - Eu podia ter sido apanhada. Vim só para saber como você está. Não te vi mais desde a manhã e depois a senhora L. durante o jantar falou que você não iria jantar.

- É um novo caso complicado que estou a tratar. Não se preocupe. - Deu de ombros e aceno. - E você? Como foi seu dia?

- Passei o dia com o Simon. Tivemos vendo alguma ideia para por a Matilde mais feliz.

- Hum... - Ele afirma com a cabeça e começa a andar pelo quarto.

Reviro os olhos, não querendo mais um discussão como ontem e falo séria:

- Raphael! Ciúmes outra vez não, por favor. - Escuto ele dar um riso anasalado e se vira, me olhando com malicia.

- Então você tem que me dar uns miminhos. - Abre os braços rindo. - Assim posso não ter ciúmes.

Começo a rir e o encaro com graça no olhar.

- Que lata!

- Anda cá! - Ele caminha até mim. - Vem cá, Megan...

- Raphael. - Ando para trás divertida e acabo batendo na parede.

- Você me faz tanta falta. Vem cá. - Ele segura minha cintura, mas fujo rapidamente, andando para a porta, mas o mesmo é mais rápido e tranca ela.

- Raphael! - Falo sem acreditar. - Abre essa porta.

- Você não sai daqui até me convencer que gosta mais de mim, do que do penteadinho do Simon! - Ele leva a mão com a chave para trás das costas, tirando do meu alcance.

- É mesmo? - Falo em desafio e ele sorri.

- Mesmo.

- Mesmo? - Pergunto novamente e ele acena.

Reviro os olhos e tento pegar a chave das suas mãos, mas ele levanta ela no ar. Abro a boca em espanto e começo a pular, tentando pegar a mesma. Porém ele é muito alto.

- Porque você está a fazer isso? Dá a chave!

- Olha, porque você não para de dar saltinhos e me dá mais beijinhos. - Ele me segura pela cintura, puxando meu corpo para o seu.

- Pare com isso! - Solto uma gargalhada e me afasto. - Dá ela para mim, Raphael.

- Não! - Ele fala sério e eu o encaro nos olhos.

- Você não sabe com quem se está a meter, hein! - Aponto o dedo para ele, tentando me manter séria e não rir.

- Então?

- Eu fiz artes marciais quando era pequena. - Digo com orgulho.

- Aí, sim? - Levanta uma sobrancelha, debochando. - Eu sempre quero ver isso.

- Ah, você quer? - Levanto o meu joelho e lhe bato onde mais dói.

Ele geme e cai de joelhos, deixando a chave cair também. Lutamos para apanhar a mesma no chão, mas por acidente, a mesma passa por debaixo da porta.

Não pode ser! Estamos trancados.

De repente, babá | Família Hossler - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora