Capítulo 27

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- O que achou do seu dia, princesa? - Aconchego a menina nos cobertores e me ajoelho do seu lado, acariciando seus cabelos

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- O que achou do seu dia, princesa? - Aconchego a menina nos cobertores e me ajoelho do seu lado, acariciando seus cabelos.

- Eu amei, Megan. - Ela fala animada e sorrio, beijando sua testa.

- Quem sabe não possamos repetir. - Me levanto e acendo o abajur, desligando a luz.

Ela não gosta de dormir em um quarto totalmente escuro, o que é compreensível. Uma menina de 5 anos, num quarto tão grande em total escuridão.

- Até amanhã, Meg. - Sorrio.

Não é a primeira vez que escuto esse apelido. Raphael sempre tem umas vezes que me trata assim. Eu até gosto. É algo único para a Família utilizar comigo.

- Até amanhã, princesa. - Ando até à porta e fecho ela devagar, assustando-me com o Raphael atrás de mim.

- Você tem que parar de ser tão silencioso ao entrar ou passar pelos lugares. Ainda me matará de susto. - Levo a mão ao peito pelo susto e respiro fundo, enquanto o mesmo ri.

- Ela já está a dormir? - Olho rapidamente para a porta e volto para ele novamente.

- Não, mas não vai demorar. Ela ficou tão feliiiiz! - Falo animada e o mesmo sorri.

- Isso tudo graças a você. Eu ainda estou para ver o que você não consegue fazer. - Sorrio sem jeito e aperto os meus lábios. (Como sempre, pensando da forma como não deve.)

Suspiro e passo por ele, revirando os olhos.

- Megan! - Paro e olho para ele e o mesmo se aproxima. - A Sarah me falou uma vez que você cantava e que queria ir para Londres. - Franzo o cenho e aceno. - Você quer mesmo ir?

- Sim, toda a minha vida sonhei com isso. - Falo, confusa.

Porque isso surgiu agora do nada?

- Vou ter muitas saudades suas.

- Isso passa rápido, pode ficar descansado. - Dou umas batidinhas em seu peito e me viro novamente.

- E se não passar? - Fico imóvel e franzo o cenho.

- A minha mãe sempre me falou para confiar na vida. - Dou de ombros, voltando a olhar seus olhos. - Vamos ver que surpresas é que ela tem para nós. - Me calo imediatamente.

Eu falei isso mesmo?

Ele sorri para mim e engulo em seco, sorrindo forçadamente e dando meia volta novamente.

Entro dentro do meu quarto e me encosto contra a porta. Eu quero mesmo ir para Londres? Digo, ainda falta um tempo. Tenho cinco meses para juntar o dinheiro da passagem e ir para a escola, mas eu quero mesmo isso?

Mordo o lábio e ando para minha cama, me sentando e abrindo a gaveta.

Não tem muito tempo e eu descobri uma foto do Raphael e os filhos nessa mesma gaveta. O que é normal, ele dormia aqui também, normal ter suas coisas.

De repente, babá | Família Hossler - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora