Capítulo 7

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Sinto uma impressão no meu rosto e passo a mão no mesmo, não encontrando nada

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Sinto uma impressão no meu rosto e passo a mão no mesmo, não encontrando nada. Resmungo e me deito de lado, finalmente não sentindo aquela impressão de cosquinhas. Mas logo sinto algo pinicar na minha cabeça e faço uma cara feia, me deitando de barriga para cima, novamente, e logo adivinho o que se passa.

A malandra da minha filha mais nova!

- Matilde, sua safadinha. - Olho para a frente, vendo ela de joelhos e sorrindo de forma manhosa. - Que sorriso maroto é esse, hein? - Ela riu, olhando um lápis nas suas mãos e franzo o cenho. - O que você fez com o papai? - Olho para ela sério e a mesma se levanta rindo.

- Agora és rei, papai! - Ela levanta os braços, rindo e eu franzo o cenho confuso.

- Sou rei? Isso é sério? - Toco minha cabeça, sentindo uma das suas coroas e sorrio de lado. - Como assim sou rei? - Me sento na cama, me colocando numa pose de reis e escuto ela rir.

Pego meu celular do chão e olho-me no espelho do mesmo, me contendo para não rir da figura em que me encontro. Tenho o meu bigode pintado a verde escuro, da cor que ela tinha nas mãos e respiro fundo, fazendo um som de aprovação.

Olho para ela, me virando e colocando na câmera do celular e sorrio para ela.

- Vem cá. - Chamo ela para perto de mim e quando ela vem, coloco um braço em seus ombros. - Até que o bigode dessa cor não me fica nada mal, você não acha? - Olho o meu rosto, rindo. - Está um pouco torto, mas nada mal. - A mesma ri e faço uma cara sedutora para o celular. - O que você acha, princesa Matilde. Dou um bom rei? - Ela ri.

- Sim! - Ela coloca a mão na cintura. - Dá um rei incrível!

- Hum.. - Sorrio e olho para a câmera. - Olhe para aqui e vai... sorri. - Ela sorri e faço uma cara de galante, tirando assim uma foto.

Sabia que teria consequências ao dormir com a minha filha mais nova, ela é uma safadinha, mas quando vi que a senhora L. não me preparou o outro quarto, só tinha essa solução e tive que dormir com minha pequenina. Não que seja ruim, mas claro que teria algo pela manhã.

- Bom. - Faço uma voz mais máscula do que já tenho, parecendo um velho a falar. - Uma princesa como você, só poderia ter um rei, grande e másculo, como eu. - Falo, convencido. - E agora que sou o rei desse reino. - Me levanto, levantando os braços, indicando o quarto. - O rei manda... - Levanto uma perna e faço uma posição de ataque. - O rei manda... - Sorrio de lado. - BRINCAR!!! - Corro até minha filha e pego ela no meu colo, fingindo comer a sua barriga e ela ri descontroladamente.

 - BRINCAR!!! - Corro até minha filha e pego ela no meu colo, fingindo comer a sua barriga e ela ri descontroladamente

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Acordo sentindo uns gritos no corredor e quando ia me levantar soltei um gritinho de dor. (Droga, como fui me esquecer dessa maldita perna?)

Olho a mesma, vendo o estado dela hoje e bem... está completamente horrível.

Escuto alguém bater na porta e vejo uma senhora de idade e de uniforme sorrir para mim.

- Então, menina Megan? - Ela sorri, entrando com uma bandeja cheia de comida e me entrega. - Como você está hoje?

- Toda partida, mas bem... - Falo com dor.

- Mas é assim que acontece. - Ela anda até à janela, abrindo as cortinas. - Uma vez, quando ainda era pequena, dei uma queda, pensei que não era nada e pronto... no dia a seguir não conseguia mexer.

- Isto já passa... - Sorrio e escuto meu celular tocar e pego o mesmo, vendo o nome da tia Miquinhas. Abro as mensagens e leio o que ela me enviou.

[Mensagem On]

Tia Miquinhas: Filha como estás? Responde, estou com saudades.

[Mensagem Off]

Sorrio ao ler e escuto a voz da senhora novamente, notando eu ficar calada ao ler a mensagem.

- Está tudo bem?

- É a senhora com quem eu moro. - Me deito com saudades dela. - Ela está sentindo a minha falta.

- Mais um dia ou outro a menina fica bem... - Sorrio. - Não que eu esteja a querer que vás embora.

Rio alto, negando com a cabeça e respondo à Miquinhas.

[Mensagem On]

Megan: Tou com um pouquinho de dores, mas bem.

Megan: E claro, estou morrendo de saudades.

[Mensagem Off]

- Mas eu também tenho que me ir embora, a minha vida não é isto. - Ela ri e a acompanho.

Movo a minha perna com cuidado e a senhora me entrega a bandeja com a comida, sorrio e vejo a Sarah entrar no quarto, depois de bater três vezes.

- Bom dia...

- Olá.

- Posso? - Sorrio para ela, acenando e a mesma se aproxima, se sentando do meu lado na cama.

- Com licença. - A senhora saiu do quarto e sorrio fraco, vendo a Sarah levantar um saco.

- Olha. - Ela sorri. - Trouxe o saco de medicação para você. - Sorrio sem jeito.

- Não era preciso esse trabalho todo.. - Sorrio fracamente. - Eu poderia muito bem ter descido.

- Isso é que era bom! - Ela sorri. - Aqui estás muito melhor, acredita. Você nem imagina a fila de selvagens que invadiram a cozinha. - Rio e me sento melhor na cama, tentando amenizar a dor no joelho. - E agora que têm uma fada protetora aqui em casa, não te deixariam em paz.

- Uma fada protetora? - Rio após tomar a medicação, sem acreditar. - Mas que disparate.

- Mas podes acreditar, Megan. - Ela sorri. - Tu não salvaste uma vida, mas sim duas, eu fiquei impressionada. - Sorrio envergonhada e aceno. - Mas me diz, Megan. O que gostas de fazer?

Coço a garganta, bebendo mais um pouco do suco de laranja e sorrio.

- Eu canto.. - Ela parece surpresa e me olha sorridente.

- A sério? Mas tiras aulas de canto?

- Não, eu queria. - Sorrio. - Ia até para Londres tirar o curso, mas bom... a minha mãe faleceu e... - Dou de ombros.

Ela sorri de forma triste e se senta do meu lado.

- Às vezes as vidas trocam-nos as voltas. - Ela pega minha mão. - Minha ex cunhada é que dizia isso e acho que se adequa aqui muito bem. - Sorrio, querendo saber o que aconteceu com a cunhada, mas fico em silêncio.

Posso ter a certeza que ela fala da ex mulher do senhor Raphael... mas que droga, porque estou a pensar nele e não nos filhos, por exemplo?

- Mas eu entendo o que você sente. - Ela sorri triste. - Também perdi meu pai muito cedo.

Sorrio, negando com a cabeça, não querendo essa má energia.

- E a pequena Matilde? - Sorrio. - Ela já acordou?

- Já. - Ela sorri animada. -Ela está no quarto, se quiser ver ela me fala, podemos ir lá.

- Sim... - Sorrio. - Eu adoraria.

- Epah, ela ficou encantada com você, sabia? - Ela sorri para mim e me sinto comovida.

- E eu fiquei por ela.

- Foi? - Aceno e ela ri. - Bom, come então qualquer coisa e assim vamos ver como ela está. - Aceno e começo a comer, tendo uma conversa agradável com ela.

E claro, sendo confrontada a passar mais uns diazinhos aqui nessa enorme casa, mas quando vi que ela não ia desistir, acabei por ser eu a desistir de negar e aceitei.

De repente, babá | Família Hossler - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora