Capítulo 23

753 63 2
                                    

Encaro o doutor Simon que está fazendo a consulta diária da menina Matilde

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Encaro o doutor Simon que está fazendo a consulta diária da menina Matilde. Desde o incidente daquela noite, o Raphael e o Simon acharam melhor monitorar. Parece que era para segurança e isso. Faz até sentido. Ela era vista pelo tio todos os dias, convém que isso continue a ser diário. Com ou sem o Matheus.

- A Megan já me tinha dito que você estava melhorzinha e confirma-se. - Ele sorri para a Matilde, pegando ela no colo. - Quando estamos bem dispostos parece que tudo corre melhor, não é? Até ficamos com menos dodóis. - Ele pisca o olho para a mesma que sorri, enquanto eu fico meio aérea da conversa. - Você já não tem dodóis, não é, princesa? - Suspiro e coço a garganta, forçando um sorriso.

- E da minha parte, doutor?

- Da sua parte, Megan. É só continuar com a medicação e dar aqui algumas doses de alegria a princesa. - Ele pisca o olho para a pequena que ri.

- Quanto a isso pode ficar descansado. - Sorrio e pego a Matilde no meu colo.

- O Simon é o doutor dos dodóis e a Megan é a doutora da alegria.

- Aí, é? Olha que bem que isso me soa. - O mesmo dá uma gargalhada, me encarando nos olhos e eu apenas sorrio. - Megan, eu acho que ainda vamos nos sair como uma bela dupla, os dois. - Ele diz sorrindo e eu faço o mesmo.

- Ainda falta o meu papai! - Fico tensa no lugar e continuo a forçar um sorriso. - Ele é o doutor das maluquices. Podiam juntar-se os três. - O Simon ri e eu fico no meu canto.

Raphael tem o dom de me deixar irritada.

Fiquei com ciúmes. Eu assumo isso, mas ele mesmo querendo me dar justificações, só se enterrou mais.

A culpa é da garota sim, por não entender que acabou. Quer dizer... nem sei se ele terminou mesmo e já não confio em nada do que ele fala. Na verdade, nunca devia ter aberto a confiança, mas pronto. Ele também tem culpa no cartório.

E eu, bom... eu sou a maior culpada. Mesmo depois de todos os avisos da minha mãe, confiei num homem e recebi isso em troca: Ciúmes. E eu não gosto desse sentimento. Na verdade, odeio esse sentimento com todas as minhas forças.

Suspiro e desabo na minha cadeira, pegando em alguma papelada do caso que estou a tratar da minha gaveta

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Suspiro e desabo na minha cadeira, pegando em alguma papelada do caso que estou a tratar da minha gaveta. Começo a reunir informações para formar as perguntas e suspiro profundamente ao escutar o meu celular tocar.

Pego o mesmo e reviro os olhos ao ver o nome da Mara na tela.

Que porra. Ela não entende um não?

Atendo a chamada com raiva e antes que ela fale algo, tomo posse.

[Chamada On]

- Eu vou ser muito claro e não torno a repetir. Eu não quero que você me ligue, nem que você me procure mais. Está entendendo? - Suspiro e perto meus olhos com os dedos, sentindo uma dor de cabeça grande. - Eu tolerava e até achava piada, mas isso quando não envolvia outras pessoas. Porém você foi agora responsável por um mal entendido que... - Aperto os lábios, lembrando da frieza que a Megan me tratou hoje e respiro profundamente. - Olha, por um mal entendido desnecessário.

- Mas...

- Adeus, Mara!

[Chamada Off]

- Que dia... - Suspiro, jogando o celular na mesa e olhando para meus papéis novamente, pegando os mesmos e voltando a trabalhar. Para assim tentar esquecer um pouco dos meus problemas.

[...]

Entro dentro de casa e encaro a Megan descendo as escadas. Olho os movimentos da mesma e respiro fundo.

- Meus filhos já estão a dormir?

- Sim, mas a Matilde chorou com saudades da avó. - Suspira. - E tive que acalmar ela, repetindo pela décima segunda ou quarta vez que estava tudo bem e logo, logo ela voltaria.

- Mas porque esse pensamento dela agora? Estava tudo bem.

- Ela sente saudades do resto da família, senhor. - Dá de ombros e eu sinto o impacto da palavra que ela utilizou. - Faz todo o sentido ela chorar. Também falei com a Any, para o caso da Matilde perguntar para ela não falar nada da avó. Às vezes isso sai da boca para fora e é normal.

- Raphael! Me chame de Raphael. - Falo cortante e a mesma me encara de forma orgulhosa. - E sobre a Matilde, temos que fazer o máximo para ela não se enervar. Isso não faz bem. Bom... eu vou passar a noite no trabalho, tenho que fazer algumas perguntas para um caso. A Matilde já está bem, os meus outros dois filhos estão a descansar. - Dou de ombros. - Eu acho que posso ir adiantando o meu caso, não é? Vim a casa apenas para pegar umas fotocópias precisas para o caso.

- Sim, sim! - A mesma cruza os braços, encarando-me de forma irônica. - E assim você também fica mais à vontade para receber as suas visitas. - Trinco o maxilar e respiro fundo. - Ah, desculpa. - A mesma sorri cínica. - Estou ficando igual à Any, deixando tudo sair da boca para fora.

Agora ganhei a fama de foder mulheres, ao invés de fazer meu trabalho? Que ótimo. Sucesso.

Antes que ela saia, me coloco na sua frente e encaro seus olhos.

- Então o problema com você são as minhas visitas? - Levanto uma sobrancelha.

- Só se elas se enfiarem cá em casa. Sim. - Ganho uma pitada de esperança.

Ela está com ciúmes de mim... No começo pensei que fosse só por conta da Mara ser imprudente e insensível, mas agora vejo algo mais.

- Não sei... Começo a achar que é um pouquinho mais do que isso. - Sorrio de lado. - Está com ciúmes, Megan?

- Ciúmes? - A mesma ri e nega com a cabeça. - Raphael... ganha mas é juízo. - Ela passa por mim e sorrio, mordendo o lábio e pego as folhas, logo andando em direção da porta, rumo ao meu trabalho. 

De repente, babá | Família Hossler - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora