Capítulo 49

490 38 1
                                    

Vejo a mesma sair da minha casa e suspiro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Vejo a mesma sair da minha casa e suspiro.

O que eu fiz agora? Sério, porque eu não entendo nada.

Tenho passado o pior mês da minha vida. Agindo como se ela fosse uma simples empregada. Depois tenho que conviver mais com aquela mulher que me atormenta todos os dias.

Ando até um sofá e caio esgotado em cima dele.

Escuto o meu celular tocar. O número do Sebastian, meu amigo. Ninguém sabe, mas de uns meses para cá, comecei a desconfiar um pouco sobre a suposta gravidez da Mara.

Comecei a pensar e tem coisas que não batem.

Conversei com o Matheus, ele é médico. Quem melhor para me informar sobre tudo de gravidez?

Pelo que ele me falou, na altura que a Mara me contou que estava grávida, é uma altura muito cedo para ter qualquer confirmação, visto que, pelo que o estudo diz, é quase impossível que uma pessoa leiga¹ seja capaz de identificar estas mudanças. Na verdade, nem mesmo quando é feito por um médico é possível afirmar com certeza que há uma gravidez inicial em curso. Resumindo, só agora é que ela podia ter 90%, ou menos, de ter uma desconfiança de gravidez, pois o útero começa a se alterar na 4° semana de gestação.

Então, depois de ele me contar isso, coloquei o Sebastian, meu amigo que trabalha para mim na segurança do meu escritório de advocacia, ou seja, trata das câmeras de segurança, a tentar desvendar algum movimento estranho.

Ele não tem tido muito tempo, mas sempre que consegue volta nos dias, para ver qualquer movimento estranho. Até agora nada.

Atendo rapidamente a chamada.

[Chamada On]

- Sebastian?

- Ai, patrãozinho. Só para avisar que já fiz a revista há dois dias. - Suspira. - Ainda nada.

Aceno silenciosamente.

Será que eu estaria assim tão errado e que ela pudesse mesmo estar grávida?

- Tá certo. - Coço os olhos esgotados. - Continua procurando, Sebastian.

- Como quiser. - Fala rindo.

- Vou desligar, Sebastian. Qualquer coisa já sabe... pode ligar, mandar sms.

- Certo, patrão. Talvez mais tarde reviste mais.

- Certo. Até mais.

[Chamada Off]

Suspiro e deixo o meu celular em minha perna.

Olho para o nada e suspiro me levantando.

Acredito que a Megan esteja prestes a chegar. Bom, pelo menos o lugar da caridade é a menos de 10 minutos daqui.

Ando até meu quarto e entro no meu closet.

Fico em choque, assim que olho o mesmo totalmente vazio.

- Mas o que... - Franzo o cenho. - Ela perdeu a cabeça! - Procuro dentro dos armários, todos vazios, mas num vejo um saco cinza.

Franzo o cenho e pego o mesmo confuso.

Abro ele e tiro de dentro umas das calcinhas.

- Mas o que é isso? - Atiro ela para a cama, colocando a mão dentro e tirando mais.

Mas que droga se passa aqui?

Saio rapidamente do meu quarto, ouvindo a porta da rua e desço as escadas com o saco nas mãos.

- Megan! - Encaro a mesma entrar dentro de casa e ando furioso até ela. - Pode me explicar onde está toda a minha roupa?

- Então... - Ela faz uma cara desentendida. - Você falou que eu podia escolher qualquer roupa para fazer a doação.

- Exatamente, mas não falei que poderia doar a minha roupa toda. - Falo o óbvio e ela revira os olhos.

- Oh, Raphael! Francamente... que falta de solidariedade. Estamos a falar de pessoas que não têm o que comer.

- Pare com isso, Megan. - Conto até três e suspiro. - Você está a me tirar do sério! Eu quero a minha roupa de volta e quero saber porque me está a fazer isso...

Ela sorri cinicamente e acena, com uma mão na cintura.

- E o saquinho dos troféus. - Aponta para minha mão e olho o saco até agora desconhecido, sem entender. - Também vai querer doar ele? Ah... lembrei. - Estala a língua. - Ninguém quer... pode ficar com ele.

- Saquinho dos troféus? - Olho confuso para a mesma e levanto o tal saquinho. - Isto? Mas eu nem sei o que é isso! Este é mais um disparate seu? Uma ideia tola de me encher o quarto de calcinhas de mulher?

- Raphael, me faça o favor... Não se faça desentendido, sim? Esse saquinho até tem fama.

Essa garota bebeu? Só pode... eu não tô entendo droga nenhuma dessa conversa.

- Fama? Mas que fama? Você está a falar do quê?

Vejo ela revirar os olhos e vir até mim. A mesma estende a mão e encara meus olhos.

- Passa para cá! - Entrego o saco e ela abre o mesmo. - Vamos lá ver as surpresas que isso tem aqui. - Ela tira umas pretas e observa as mesmas. - Olha, estrelinhas... estrelinhas... deixa adivinhar. Mulher de outro mundo! - Atira elas para suas costas e nego a cabeça sem entender. - Vamos ver que mais... Owntt, que fofinho! - Ela tira umas com um pompom, horrível e passa no meu rosto, me fazendo afastar rapidamente. - Deixa eu adivinhar, essa foi na páscoa. Você está procurando os ovinhos e entrou uma coelhinha? - Atirou ela de novo. - E que mais... ah... este carnaval no Brasil, foi um sucessooo! - Atira de novo.

Pego seu braço antes que ela faça mais merda e nego com a cabeça.

- Você não está bem, Megan! - Senhora L. entra na sala e franze o cenho recolhendo as calcinhas do chão. - Você acha mesmo que essas calcinhas são minhas? Você acha que eu era capaz de guardar calcinhas de mulheres na droga de um saco? Mas que espécie de homem você acha que eu sou?

- Mas então me explica como isso foi parar ao seu armário? - Levanta uma sobrancelha, ainda sem acreditar em mim.

- Senhora Linda! Chega aqui, se faz favor. - Vou até ela.

- Diga, menino Raphael? - Fala olhando horrorizada para as calcinhas que levantou do chão.

- Você dá a volta ao meu armário várias vezes por semana!

- Sim..

- É você que arruma as minhas roupas e com certeza sabe muito melhor que eu o que tem lá dentro. - Falo com raiva e suspiro. - Diga, por favor, à Megan, se alguma vez viu esse saco no meu quarto!

Mostro para ela o mesmo e a senhora franze o cenho.

- Ai, não! - Nega rapidamente. - Eu nunca vi tal coisa cá em casa, não senhora!

Megan me encara sem entender e logo muda sua expressão.

- Mas a Alexa disse que isso era o seu saco de troféus. - Franzo o cenho e nego com a cabeça.

- Então seria melhor você ir falar com a Alexa e perguntar porque ela queria que você achasse calcinhas de mulher no meu quarto!

- Você acha que ela inventaria de propó...

- Acho não! Eu tenho a certeza. - Falo alto. - Mas o que me choca é que você nem tenha colocado essa hipótese assim mesma... E ainda mais do que chocar, isso me deixa triste! Isso me deixa desapontado. Porque é um sinal que você não me conhece de todo! - Suspiro e começo a subir as escadas, mas paro de repente. - Senhora L. chame a Alexa e diga para ela ir no meu escritório. Agora! E por favor, quero parte da minha roupa de volta. Pois já não tenho o que vestir. Veja com a Megan o que pode ser doado e o que me faz falta. Pelos vistos você é a única pessoa que pode zelar pelos meus interesses nessa casa. - Volto a subir as escadas.

De repente, babá | Família Hossler - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora