Capítulo 53

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Não sei bem como estou psicologicamente

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Não sei bem como estou psicologicamente.

Talvez fiquei louco.

Não sei exatamente. O que sei é que estou morrendo por dentro.

Sinto falta da Megan. Falta dela aqui em casa.

E não só eu. Todos nesta casa, tirando a Mara.

Não é fácil para mim ver meus filhos falarem sobre como sentem saudades. De quando eu vou no meu quarto e não a vejo lá. Fiz a maior burrada da vida e agora não consigo consertar.

Liguei para ela esses dias, mas ela não atendeu nem retornou. O que foi como me dizendo: "Eu sai de sua casa como queria. Agora vai ser mais fácil para você."

Fácil o caralho. Eu não sei como consegui dizer aquilo naquela discussão de merda.

Atiro-me para minha cama e sinto meu celular tocar. Estico o braço e pego o mesmo do criado mudo.

[Chamada On]

- Estou? - Olho o céu ainda sem estrelas, por conta de ser 17 horas ainda.

- Patrão.

- Sebastian! - Me sento rapidamente na cama e franzo o cenho. - Aconteceu alguma coisa?

Ele nunca mais me tinha chamado.

- Encontrei algo nas câmeras de segurança que pode ser muito importante.

- O quê? Tá falando sério?

- Sim, patrão. - Ele tosse do outro lado da chamada. - Pode vir até ao escritório?

- Claro. Estou indo para aí imediatamente.

[Chamada Off]

Visto um casaco rapidamente e vou na direção do meu escritório.

[...]

- Eu cheguei finalmente naquele dia que o senhor queria tanto chegar e vi algo que vai surpreender o senhor. - Aceno e enquanto observo o mesmo escrever algo no teclado, logo aparecendo imagens da noite que fui no escritório com a Mara.

A noite que não me lembro de nada.

- No começo achei bem normal, mas aqui. - Ele aponta para a Mara que se levanta. - Vê como parece que ela realmente está enchendo sua bebida neste seu ponto de visão. - Aceno confuso e ele sorri. - Mas quando muda o ponto de vista da câmera e coloca frontal, vemos isso. - Ele clica no enter e presto atenção ao que acontece.

Vejo ela tirar do casaco, um frasco e depositar o líquido num dos copos. Logo ela arruma ele rapidamente e lembro desse momento.

- Eu lembro de ter perguntado o que ela tinha guardado, ou fazendo. - Franzo o cenho. - Essas câmeras não têm som?

- Vou colocar. - O diálogo continua e noto que ela me deu o copo que tinha colocado o tal líquido.

O vídeo continua e quase explodo.

Ela começou a tirar a minha roupa, atirando ela para vários lugares do escritório e me deita pelado no sofá. Logo em seguida, tira suas roupas e se deita em cima de mim.

- E é isso. - Deu de ombros. - Não teve relações sexuais, mas ela drogou você, patrão.

Ela me drogou?

Fecho os punhos e olho para o nada.

Ela não está grávida. Isso é tudo uma farsa.

Megan...

[...]

Entro no quarto da Mara rapidamente e vejo a mesma pular de susto. Mas logo se acalma, vendo que sou eu.

- R...

- Porque mentiu sobre estar grávida? - A mesma fica paralisada e olha para os lados, confusa.

- Do que você está a falar, Raphael? - Ela se levanta, vindo até mim. - Como assim menti? Você foi comigo na consulta, viu a fotografia da ecografia.

- Exatamente! Vi a fotografia. Não a mulher passando a porcaria na sua barriga! - Falo com raiva. - Foi por isso que não me deixou entrar. Para eu ser enganado. Bem enganado, na verdade. Isso dá crime, Mara! E aquela doutorazinha está metida com você!

- Você está me colocando nervosa, Raphael... O nosso bebê...

- PARA DE MENTIR, DROGA! - Grito e ela arregala os olhos. - Eu sei tudo! Vi as gravações de segurança do meu escritório! Você me drogou. Isso é crime também.

- Então você sabe mesmo! - Diz com raiva. - O QUE VOCÊ QUERIA QUE EU FIZESSE? SABIA QUE IA ACABAR COMIGO. E VOCÊ É MEU!

- EU NÃO SOU SEU, NUNCA FUI SEU E NUNCA SEREI SEU. - Passo a mão nos cabelos. - Você está maluca, Mara. Quero você fora dessa casa.

- Você não pode fazer isso, Raphael.

- EU POSSO FAZER SIM! - Grito novamente. - Rua daqui.

- Tudo bem. - Ela pega sua mala e anda até à porta. - Mas não pense que isso já terminou, Raphael.

Ela sai e pego rapidamente meu celular.

Tenho que trazer a minha Megan de volta. Eu sou um merda.

Ligo várias vezes, mas nunca sou atendido.

Suspiro e decidi mandar uma mensagem.

[Mensagem On]

Raphael: Mara não está grávida e agora estou me sentindo a maior merda e enganado do mundo.

Raphael: Preciso de você na minha vida, Megan. Sei que não posso te pedir nada, porque fui eu quem te mandou embora, mas eu preciso de você. Terminamos por culpa dessa gravidez falsa contra nossas vontades. Podemos ser felizes. Não tem bebê, Megan... Tem apenas eu, você e meus filhos. Eu me deixei amar e ser amado, porque você me fez querer isso novamente, Megan. Volta para mim... por favor.

Raphael: Eu te amo...

[Mensagem Off]

De repente, babá | Família Hossler - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora