Filhos da Máfia- Uma família fora do normal.

(Bónus Melissa)

Eram cinco e meia da manhã e eu estava à frente do espelho a tentar decidir qual dos dez conjuntos que experimentei ficava-me melhor. 

-Eu gosto de todos eles. -Comentou o Valério deitado na minha cama, só de cueca box, a encarar-me.

-Arrr... detesto todos. -Voltei-me para ele. -Achas que estou muito gorda? 

-Não...

-Então muito magra?

-Estás...

-Não! Não te atrevas a dizer isso.

-Maravilhosa. -Completou. Revirei os olhos e virei-me novamente para o espelho do meu closet. 

-Eu estou definitivamente demasiado magra.

-Fazes sempre isso. -Sentou-se na cama e encarou-me através do espelho. -Achas que estás gorda e então mal comes, depois achas que estás magra e comes demasiado. Não consegues perceber que estás perfeita?

-Não. -Respondi e comecei à procura de um conjunto novo.

-Escolhe o tope vermelho, ficas linda de vermelho. -Sorri, ele levantou-se e abraçou-me por trás. -Na verdade, ficas linda com qualquer cor. -Murmurou contra o meu pescoço e subiu trincando de leve o lóbulo da minha orelha. -Escolhe um conjunto qualquer e vai mostrar ao sol como é que se brilha. -Voltou a descer uma trilha de beijos desde o meu pescoço até ao meu ombro nu. 

Esta é a razão para eu o amar tanto, não importa o que seja, ele apoia-me. Seja nas roupas, nas minhas inseguranças, nos momentos em que não quero falar... Eu tive muita sorte na vida, isso sim, afinal qual a probabilidade de ser dada para adoção e depois ser adotada pelo pai do amor da minha vida? É quase inexistente, mas aqui estou eu a provar o contrário. 

-Qual é o look que mais gostas? -Perguntei referindo-me aos que eu já tinha experimentado. Ele analisou-os com cuidado e apontou para o segundo.

-Adoro aquele top.

-Não achas muito curto?

-Eu adoro ver o teu corpo, além disso, se algum dos idiotas fizer alguma coisa eu quebro ele na porrada. -Ri-me e dei-lhe um beijo na bochecha. 

-Amo-te tanto.

-Eu amo-te mais. -Neguei com a cabeça.

-O meu amor é maior e isso não tem discussão. -Ele riu-se e jogou-me na cama subindo em cima de mim.

-Vamos ver isso.

Segurei a sua nuca e puxei-o para um beijo. Depois disso, tudo se tornou um borrão. De alguma forma a minha roupa intima desapareceu amontoando-se no chão ao lado da cama. As suas mãos e lábios estavam em toda parte, no meu corpo todo, e uma onda de prazer levou-me para um lugar bonito onde só existíamos nós dois.

O Val levantou-se e tirou um preservativo de uma caixinha que ficava escondida debaixo da cama, e colocou-o. Ele foi para o meu meio das minhas pernas e beijou-me enquanto entrava dentro de mim. Descansou os cotovelos ao lado da minha cabeça e eu arranhei as suas costas.

O Valério conhece-me melhor do que ninguém, sabe exatamente o que fazer para levar-me à loucura, por exemplo quando gira os quadris num certo ângulo tenho que morder o lábio com força para não gemer demasiado alto.

Sempre que ele preenche-me, o meu corpo aperta a sua ereção. Toda vez que sai, sinto-me vazia, dolorida, desesperada. Estou viciada nele, nos seus beijos e no seu gosto, na sensação do seu cabelo sedoso sob os meus dedos, e o tendão suave em suas costas quando cravo as unhas nele.

Ele flexionou os quadris, a sua respiração acelerada, e entrou com mais força, mais fundo, transformando a minha visão numa névoa branca. Então levou a mão ao ponto em que estamos unidos e esfregou o meu clitóris intensificando o meu prazer.