Caon

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8/10

Bianca

Eu seria mãe de novo... e o mais incrível de tudo, eu seria mãe de um filho de Rafaella Kalimann...

Minha cabeça ainda não havia se acostumado com a ideia, não que eu não quisesse ou que não estivesse feliz com isso, pelo contrário, eu me sentia imensamente feliz e completa... Durante muito tempo eu achei que não era possível ser tão feliz assim, eu era conformada com minha vida. Tinha minha filha e minha avó, parecia o suficiente, mas só parecia mesmo, porque bastou um olhar, aquele olhar... Lindos olhos verdes, pronto eu estava completamente caída por Rafaella.

Era engraçado me sentir assim, mas eu estava completamente e irrevogavelmente caída aos pés daquela mulher, não apenas por ela ser linda – uma deusa grega na minha opinião - ela era doce e sensível, completamente carinhosa e cuidadosa não só comigo, mas com Sofi, minha vó e até com a amiga folgada vulgo Gizelly Bicalho. - suspirei - ela era perfeita.

-Um doce pelos seus pensamentos.- sorri.

-Você.- ouvi seu riso no meu ouvido e logo ela apareceu a minha frente com aquele sorriso que me derretia.

-Espero que coisas boas.- revirei meus olhos.

-Como se eu pensasse coisas ruins de você.- sorri com a língua entre os dentes.

-Assim vou ficar convencida Bi.- senti um leve beijo em minha testa.- Tenho que ir para o consultório, a Gi já me ligou dez vezes reclamando.- sorri.

-Eu vou começar a ter ciúmes dela, você sempre faz o que ela quer.- Rafaella gargalhou e me senti irritada.- Qual é a graça?

-Se ela te escuta dizer isso, ai sim você vai ver o que é alguém achar graça.- suspirei irritada e me levantei saindo do quarto.- Ei... Bi...- senti sua mão segurar meu braço de forma delicada.

-Me deixa Kalimann.

-Amor desculpa, não quis te irritar... – olhei em seus olhos e vi culpa o que me irritou mais, na verdade ela não tinha feito nada só que meus hormônios de grávida idiota pareciam não entender isso, suspirei.

-Você não fez nada...- abracei seu pescoço sentindo-a me abraçar de volta, ali nos braços da minha mulher eu me sentia em casa.- Eu só ando sensível demais.

-Tudo bem amor eu entendo você e vou tentar não fazer mais nada que ajude no processo de irritação - sorri contra seu pescoço, ela era perfeita demais.

-Te amo...- falei de forma manhosa, mas não me culpe, eu estava sensível.

-Eu te amo mais minha sorte.

[…]

-Mamãe, você pode assistir bob esponja comigo? - estava na sala com Sofia e minha vó, eu não estava muito afim de ver bob esponja, meu livro parecia muito mais interessante, além do mais me sentia irritada pela demora da minha mulher.

-Filha a mamãe esta ocupada agora, poderia ser depois?- ela pareceu desapontada, mas concordou voltando sua atenção para a TV.

Suspirei me sentindo uma péssima mãe, antes de mudar de ideia e pedir desculpas de joelhos a minha pequena a porta foi aberta e por ela entraram uma Gizelly muito alegre e uma Rafaella sorridente, isso me irritou como tudo nos últimos dias.

-Qual a graça? Quero rir também.

Minha amiga olhou pra mim arqueando a sobrancelha, talvez eu estivesse sendo idiota, mas no momento não era importante.

-Alguém esta de mal humor...- sorriu indo para a cozinha, revirei os olhos.

-Talvez... então mais um motivo para me dizer qual a graça, assim quem sabe meu humor melhore.

MINHA SORTEOnde histórias criam vida. Descubra agora