Call me King

57 - Tentação

MARIE POV

Já fazia algumas horas desde que eu havia acordado, porém era como se eu não tivesse dormido nada. Minha mente estava exausta, assim como o meu corpo que agora se afundava nas águas quentes da banheira. Saí do banho e caminhei do banheiro para o quarto começando a me secar para mais um dia que eu já previa ser longo, além de cansativo.

Enrolei a toalha no meu corpo e comecei a secar meu cabelo com outra em minhas mãos. Escutei o barulho da maçaneta se virar e ignorei pensando que era Lola quem acabara de entrar em meu quarto.

Me virei e dei um pulo de susto ao me deparar com Castiel ali em pé me encarando, sem vergonha nenhuma.

– DÁ PRA VOCÊ FECHAR OS OLHOS?! MEU DEUS!

Ele soltou uma risada com escárnio e eu corri até o roupão que estava jogado sobre minha poltrona e o vesti com pressa.

– Pensei que ainda estaria dormindo. – ele se aproximou, após fechar a porta.

– Você não sabe bater na porta ou pedir licença?! Eu poderia estar... – cruzei os braços, incrédula.

– Nua? – ele arqueou a sobrancelha e me encarou.

– Sim... E seria tudo por causa da sua falta de noção! – o repreendi, enquanto sentia minhas bochechas queimarem.

– Não se preocupe, não é a primeira vez que eu veria uma mulher assim.

Encarei ele com a boca aberta.

– E daí?! Não é por isso que você tem o direito de sair entrando no meu quarto assim!

– Você tem razão. Isso não irá se repetir. – ele ficou sério e eu apenas empinei o nariz, irritada.

– O que você quer tão cedo? – perguntei.

– Os cavalheiros de todos os feudos devem se reunir hoje na capital para finalmente começarem o treinamento juntos, afinal temos uma guerra pela frente e por isso Lucian intimou a maioria que cada lorde possui.

– Ótimo, assim não seremos massacrados rapidamente. Mas o que eu tenho a ver com isso?

– Lucian e a corte irá assistir ao treinamento e ver o estado dos capitães e cavalheiros mais importantes. E claro, dos cavalheiros que irão em missões agora.

– Ainda não entendi qual a conclusão disso tudo. – franzi a testa e ele continuou a falar.

– Há uma missão que você deverá ir comigo e eu disse ao rei que você estava qualificada para isso, afinal sabe bem se proteger. Então ele quer ter certeza disso.

– O que?! – olhei boquiaberta.

Eu não sabia o que havia mais me preocupado, será ter que ir em uma missão com Castiel ou ter que me apresentar nessa espécie de treinamento com cavalheiros que fazem isso desde que se entendem por gente.

– Alguma dúvida? – ele perguntou como se estivéssemos conversando de um assunto casual.

– Dúvidas?! Eu quero saber em que momento concordei de participar de tais coisas. Isso é algum tipo de piada?

– Eu sei que está em cima da hora, mas essa missão é de extrema importância. E você é necessária nela.

– Eu não sei porquê, mas não confio em nada do que você está dizendo. – cruzei os braços, enquanto o encarava.

– Olha, eu irei simplificar para você. Existe um grupo de rebeldes na capital e eu já estava monitorando esse pessoal há um tempo, eles tem como símbolo de resistência e fé uma garota que chamam de Santa. A cada dia que passa eles conseguem mais pessoas e não precisamos de uma guerra civil enquanto temos outra para lutar. Então, ou você vai na missão e me ajuda ou eu terei que matar todos eles por se rebelarem contra a coroa.