Capítulo 3

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Comentem seus lindos!

Park Chaeyoung

Estávamos dentro daquele carro faziam mais de dez minutos, ela estava de braços cruzados e olhando pela janela com uma feição nada boa.

— Para onde vamos? — Perguntou sem me olhar.

— Minha casa. — Respondi e ela descruzou os braços em seguida olhou para mim.

Eu diria que quase desesperada.

— Não nos casamos ainda. — Eu ri, ri muito por sinal.

Até parece...

Neguei com a cabeça.

— Exatamente por isso que estou te levando lá. — Tirei minha arma de minha cintura e coloquei em cima do painel do carro, ela acompanhou todos meus movimentos como os olhos. — Mesmo que fosse outro caso, não precisamos fingir, afinal, não a conheci hoje. — Seu olhar voltou para meus olhos mas tive que desviar para frente.

Ouvi sua respiração mudar e seu cheiro torna-se mais forte.

Ela está com raiva.

— Nós duas também sabemos que você não tem local de fala, nunca que uma alfa lúpus como você seria — Fez uma pausa como se pensasse em uma palavra. — isenta. De que mesmo? Ah, "experiências". — Apertei o volante tão forte que senti que poderia quebrá-lo com um puxão.

E eu poderia mesmo.

Depois disso, não falamos mais nada e eu fiquei feliz pelo percurso ter sido rápido.

Estacionei o carro em frente a minha casa, como eu teria que sair de novo não vi necessidade de guardá-lo na garagem.

Ela ficou olhando as casas e a rua, eu destravei as portas e sai primeiro dando a volta para ajudá-la a descer, mas ela simplesmente saiu sozinha. Não que eu esteja reclamando, ou que quisesse fazer a romântica só que nós militares, principalmente tendo família militar também, somos ensinados a tratá-las dessa forma.

Jisoo me viu ali parada perto dela e seus olhos se arregalaram levemente.

— Desculpe-me, eu acabei esquecendo desses costumes por ter morado longe por dois anos. — Eu usaria aquilo para tentar puxar um assunto descente sem que nos ataquemos.

Porque eu sei que essa mulher é capaz disso e eu não saio por baixo.

— Conte-me mais sobre isso.

— O quê?

— Ter morado longe dos seus pais por dois anos, não sabia que isso tudo tinha acontecido.

— Não tem como saber mesmo, não sabíamos nada uma da outra de qualquer forma. — Ela passou por mim.

Tomei a frente e peguei minhas chaves para destrancar o portão.

O que eu acho engraçado é que essa rua nunca, NUNCA, fica cheia mas hoje que eu trouxe essa mulher aqui, surpreendentemente ela está mais cheia que desfile de dia da Independência. Eu posso estar sendo exagerada, mas eu tenho quase certeza que nunca vi boa parte dessas pessoas aqui ou se vi, eu não me recordo de jeito nenhum.

Abri o portão e ela passou em minha frente mais uma vez.

Reviro os olhos.

— Capitã Park! — Meu Deus, o que foi que eu fiz para estar merecendo isso? — Capitã Park! — Virei-me em direção a quem me chamava.

É a senhora Fields e a filha dela, Stacy, ela é muito linda, não vou mentir.

Mas eu sabia o que ela queria e eu não poderia dar isso à ela, entretanto eu dei o que pude, ela passou um de meus cios comigo e eu não me arrependo. Em partes, porque ela simplesmente agora acha que tem alguma relevância para mim.

Captain Park | Chaesoo (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora