Capitulo 21

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Houve um certa dia que Yana - ainda Flocus para todos na época- havia pego Carolina em um "conversa"...supeita, com um garoto no dia de um jogo importante de Daniel.

Daniel estava jogando, aquela era as finais do campeonato e sentia a pressão sobre ele para fazer aquele ponto, afinal, agora estava com ele e com os outros atacantes manterem o podio do time que estava sendo mantido a 7 anos seguidos. Ele venceu, mas na hora de comemorar não encontrou sua namorada.

Carolina não estava muito longe dali, estava a apenas alguns metros de distância, do lado de fora da quadra, enfiada entre o vão de uma quadra para a outra, escondida, com ela estava um garoto, um garoto que estava fazendo intercâmbio na época. Havia sorrisos demais, toques demais, corpos colados demais. Flocus apareceu bem na hora, havia parado bem ali e os encarado, o rabo que antes balançava em animação havia caído, as orelhas se retensaram e os demtes foram exponsos em um rosnado alto que assustou o casal.

-Mas que porra!-Havia exclamado o garoto.

-É a loba do meu namorado.-Gemeu Carolina assustada, as mãos agarradas no sueter verde musgo do loiro.

-Esse bicho vai comer a gente!

Mas Flocus havia apenas rosnado uma vez, fechado a boca, encarado os dois por um longo momento sério e deu as costas. Correndo para de volta a Daniel.

Depois dessa, ela se tornou mais arisca com a garota, bem mais arisca.

-Está doida?! Garota, eu vou passar e não vai ser você a impedir!-Grasnou a outra recebendo um revirar de olhos de Yana.

-Tente passar então...- Desafia em um sibilo baixo, esticando as costas e levantando o queixo em superioridade, dominância e poder.

Carolina avança, as mãos a frente do corpo pondo todas a suas forças para empurrar a outra que não faz nada ao ser atingida. As mãos encontram o tronco de Yana, empurrando com força, porém nada acontece à de cabelos loiros esbranquiçados, mas sim à de cabelos castanhos, que com sua própria força aplicada, cai de bunda no chão.

-Patético...- Um estralar de língua e um olhar de desdém. Da as costas em um visível sinal de ignorância para a humana e abre a porta, pronta para voltar para dentro da casa aconchegante dos Boss. Mas suspira sôfrega antes de se virar rapidamente, segurar o soco descuidado de Carolina a alguns centímetros de seu rosto e encarar com seriedade o rosto vermelho de raiva a sua frente. - Ja disse para ir embora!

Um leve movimento e novamente a outra está no chão.

-Se ele quiser falar com você, irá procura-la, mas se continuar com esse showzinho aqui, não falo mais por mim! - Grunhe e novamente se vira.

-Sua puta!- Xinga no chão. Dessa vez Yana para, suas mãos se fecham em punho, agora ela está com raiva, muita raiva.

-Repete...- Sibila fechando os olhos. No mundo dos humanos chamar alguém de puta é considerada -pelo menos para a grande maioria- uma grande ofensa, mas para o mundo dos lhincans, mais precisamente para o mundo de todos os chamados sobrenaturais, isso é mais que uma ofensa, é uma das maiores humilhações verbais que alguém poderia fazer para outra, é desmerecer alguém ao nível de nada, é uma convocação para uma luta onde com muita sorte os dois sobrevivem, quem chama a outra de puta está querendo briga, e se é briga que Carolina quer, Yana não liga mais se quebrar um ou todos os ossos da humana traíra.

-Sua...puta!- Não demora dois segundos e Carolina grita, primeiro com o susto da velocidade de Yana, depois de dor quando um soco certeiro é dado em seu queixo, uma, duas, três vezes seguidas, fortes e que fazem a cabeça dela girar, ela se esperneia, dando chutes e socos no ar, tentando se defender inutilmente da montanha inquebrável que Yana havia virado. Ela era mais forte que uma simples humana, mais rápida, inteligente, era uma soldado, uma caçadora, uma alpha, e está com raiva.

 ᴏ ᴜɪᴠᴀʀOnde histórias criam vida. Descubra agora