ᴏ ᴜɪᴠᴀʀ

Capítulo 11

-Isso espera!- Diz grosso o homem empurrando Daniel para o lado e o ultrapassando, a garota de olhos heterocromaticos é rápida ao abraçar o grande homem com carinho, ambos se apertam juntos. A garota treme nos braços do maior enquanto ele morde os lábios com força e sussura palavras que Daniel não consegue ouvir.

-Pai...- O soluço sai estrangulado.

-Filha...Minha filha, minha primogênita!-Ri e se afasta da filha so para pegar seu rosto nas mãos e depositar varios beijos em sua face. Bochechas, palpebras, queixo, testa, tantas que o telespectador não consegue acompanhar, o jovem não consegue não se sentir um invasor mesmo estando em seu próprio quarto ao observar um óbvio reencontro entre pai e filha depois de anos. -Me conte tudo! Tudo o que aconteceu!-Ordena o pai depois de alguns segundos.

-Eu falarei, lhe mostrarei tudo, mas antes...-Os olhos heterocromaticos encontram os castanho, a garota sorri fracamente em sua direção.

-Ah, claro, o humano!-Bufa Kauê com visivel desconteamento, sua filha sorri para o mesmo lhe beijando a face que se suavisa.

-Devo ser rapida, Kaiana logo sentira a falta de vocês! Sente-se, Daniel, por favor...-Fala rapidamente também se sentando na cama, Daniel ainda desorientado segue o conselho e se senta, longe da garota que fica descontente, mas logo balança a cabeça e começa sua explicação.

-Faço parte de uma raça sobre-humana,vocês nos chamam de lobisomens, sim, eu sei que isso é loucura, mas é verdade, e não somos os únicos sobrenaturais que existem. Resmumindo, somos a alcateia do sul, a alcatéia suprema perante todas as outras,mas mesmo assim tinha guerras, outros de nossa espécie nos atacam para ter nossas terras e nosso poder. Meu pai é o alpha...-Daniel desvia o olhar da filha para encarar o emburrado pai que tinha os braços cruzados a frente do peito. -Estávamos em um combate, eu estava na frente de batalha quando caí em uma armadilha, com muito esforço venci meus inimigos,mas estava gravemente ferida. Eu esperava que alguem da alcatéia me encontrasse, mas você chegou mais rápido, eu estava tão desesperada para sobreviver que havia passado pela barreira que separa nossos mundos. No monento que você olhou para mim, eu soube... -Suspira ruidosamente.

-Soube o que?- Gagueja Daniel.

-Impossível...-Kauê fala visivelmente trastornado -Isso nunca aconteceu!

-Mas é verdade, pai!-Ignora a pergunta de Daniel e se vira para o homem que agora andava em círculos- Por qual outro motivo eu ficaria com eles e não ia embora mesmo depois de curada? Eu não conseguia! Não sentia o caminho de volta pra casa porquê minha casa estava aqui!- Choraminga e logo volta a encarar o jovem -Eu senti uma ligação que meu povo chama de ķýrųon, estavamos ligados e então eu fiquei... Daniel,preciso que entenda e não fale nada para ninguém, ninguém mesmo! Os sobrenaturais vivem as sombras, escondidos, não passamos de mitos ou filmes para divertimento de humanos!-Fala com certo enojo na voz e Daniel sentiu que ela estava lhe lançando uma indireta sobre os filmes de sobrenaturais que Carolina, sua namorada, amava assistir e forçava o garoto a assistir junto.

-O que é Kiruon?-Pergunta coçando a nuca, aquilo estava lhe deixando nervoso, era muito para processar só em uma manhã, lobisomens existiam, e não só eles, mas tambem outros seres, seus pensamentos param quando ela sorri divertida pela forma como pronunciou a palavra que só quem tinha as cordas vocais licantropicas ou parecidas com a deles conseguiam falar.

-Ķýrųon - Fala lentamente cada sílaba na língua que o garoto não entende - Significa "Ligação eterna" é quase a mesma coisa que ...-Ela para de falar, suas bochechas haviam tomado uma cor rosea que Daniel se segura para não aperta-las ou morde-las, ele nunca havia tido esse tipo de sentimento. -Sua mãe está subindo as escadas, não conte nada, Daniel, conversamos depois, eu prometo!- Fala antes de em um impuldo puxar a única peça de roupa que lhe cobria a nudez, Daniel não precisou fechar os olhos, pois a mesma foi mais rápida, uma luz forte brilhou e la estava, Flocus.

-Meninos, tudo bem aí?-Kaiana da duas batidinhas na porta antes de abri-la e sorri com a cena, Daniel mostrava os troféus ao homem que lhe contava que iria adorar ter o atleta estudando na faculdade na qual ele era sócio.

-Ah, senhora Boss, que grande atleta temos aqui, em!-Ri dando palmadas carinhosas na costa do garoto que sorrri amarelo -Eu ficaria para o café,mas meus filhos me ligaram, acabaram de chegar na cidade, terei de ir. Mas tarde os trago aqui para conhece-los!-Sorri amplamente e acaricia a cabeça da loba que está encostada em suas pernas. Essa é a confirmação da mulher de que Kauê não é uma ameaça para seus filhos.

-Que pena que não nos acompanhará, mas traga-os sim, Daniel irá adorar a ajudar eles a se enturmarem na escola, não é mesmo, filho?

-Com certeza!-Responde fraco -Eu só irei terminar minhas higienes e ja desço.

-Tudo bem, querido...-Da espaço para o homem passar e sorri amplamente para a loba -Flocus, quanto tempo em? Você mal para aqui em casa mais!-Acaricia atras da orelha da fera que como um gato se esfrega nas pernas de Kaiana carinhosamente. O pai da menina loba encara a cena percebendo todo o amor que a familia tinha pela a mesma, mas o amor continuaria depois que soubessem quem era realmente a loba com que conviveram por anos?

Loba e homem descem as escadas, Sebastian não pode deixar de notar que a fera animadamente acompanhava seu mais novo vizinho de perto, o homem sai da casa dos Boss e se direciona para a casa da frente que a dois meses havia sido posta em venda, a loba o acompanhou e juntos entraram na casa.

O Sr. Black se vira para a loba no momento que a mesma vira a jovem novamente, está nua, obviamente, mas a sua espécie não se incomoda com isso, pra que se incomodar com a nudez? Se fosse obrigatório andar vestido, teriam nascido todos cobertos. Os licantropicos eram os sobrenaturais mais ligados a natureza e a selvageria e não ligavam nem um pouco para as vestimentas.

-Agora, você me mostrará tudo!-Ordena para sua primogênita que sorri e acena com a cabeça.

-Cada detalhe!-Fala antes de tomar o braço direito de seu pai com o seu e encostar a testa com seu progenitor, suas lembrancas todas passam em flashes e são direcionadas para a mente do homem que depois de um minuto, acente com a cabeça, lágrimas não derramadas brilhavam em seus olhos. Como da primeira vez, seu pai segura seu rosto nas mãos, sorri amplamente e gargalha.

-MINHA FILHA!- Grita antes de abraça-la e roda-la enquanto ambos gargalham, um momento só deles. A garota mal esperava ter seu reencontro com o resto de sua família.