Capítulo 40 - Eu estou sem cueca.

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03 de Março – Segunda – feira

– Bom dia pessoal. – Digo aos meus colgas do departamento assim que entro com meu café expresso em mão.

– Bom dia. – Respondem em uníssoro.

– Alguma novidade? – Digo acomodando minha bolsa e meu casaco no encosto de minha cadeira.

– Sim. – O detetive Rodrigo veio com uma pasta até mim. – Identificamos o uso do cartão de crédito da Eleonor. – Pego a pasta e avalio as informações. – Ela abriu uma reserva no hotel Plazza em Vila Nova, interior do Rio.

– A quatro horas daqui. – Digo.

– Jorge pediu para que nossa equipe vá, com equipamentos precisos. – Disse Maite entrando na sala junto com Viegas, ambos de colete.

– Ok. Melhor ainda, somos uma equipe de 8 agentes, será mais fácil as buscas ou em lidarmos com alguns imprevistos.

– Exatamente. Partiremos em 20 minutos. – Completou Viegas.

Todos os agentes levantaram, inclusive eu e fomos até a toca nos equipar. Faríamos uma operação de buscas e poderíamos nos deparar com qualquer coisa.

– Ainda está brava com a Dul? – Perguntou Mai vindo ao meu encontro no vestiário enquanto colocava meu colete.

– Obrigado. – Digo pegando o café que deixei na minha mesa quando vim para cá. – A Dul me irrita com as "verdades" que ela diz ter, mas ainda assim não consigo ficar muito tempo longe dela e nem de você. – Sorrimos.

– Te amamos e só queremos o seu bem. – Ela diz assim que fecho meu armário.

– Eu sei amiga. E agradeço muito a vocês por estar ao meu lado em todos os momentos. – Abraço Maite no momento que Viegas entra no vestiário da toca.

– Prontas?

– Sim. – Diz Mai após nos separar. Bebo o restante do meu café em dois goles, já que agora ele estava morno e não mais pelante como quando eu o peguei.

Saímos da delegacia e fomos a garagem cada detetive pegou seu carro, Maite foi junto comigo. Ligamos as sirenes, que eram presas no para-choque dos carros, já que nossos carros não eram uma viatura de polícia. E assim partimos para mais uma busca.

***

– Boa tarde. – Digo a recepcionista do hotel mostrando meu distintivo me identificando. – Preciso do número do quarto de Eleonor Venâncio. – A atendente me olhava com certa tensão, mas logo me entregou a informação que pedi. – Obrigada.

Me afasto do balcão e aperto o rádio comunicador preso no ombro do meu colete.

– Quarto 315, 3ª andar.

Vou com Maite e Viegas para o elevador. Assim que chegamos nos distribuímos, ficando homens nas entradas e saídas do hotel.

Assim que chegamos ao terceiro andar, algo suspeito foi ouvido. Era um choro de mulher. De armas a punho, fomos nos beirando pela parede até chegar a porta 315.

Estava aberta e uma mulher chorava, com cautela eu olhei para dentro e avistei um homem caído no chão com uma mulher chorando em cima dele.

– POLÍCIA! – Digo ao entrar no quarto. Eleonor que eu logo reconheci, se afastou do homem e engatinhou para a sacada, corro para pegá-la enquanto Viegas e Maite vasculham o quarto.

– Limpo!

– Limpo!

Eles disseram assim que voltaram ao meu encontro enquanto eu algemava Eleonor.

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