Capítulo 52 - Estou me odiando por gostar tanto de você.

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– MERDA, MERDA, MERDA...

– Amiga, o teclado não tem culpa pelos seus conflitos! – Dulce empurra minha cadeira, me afastando do computador no qual eu esmurrava o teclado após tentar digitar minha senha de acesso e errar por três vezes seguidas. – Viu?! "CastleFav" você usa a sua série favorita como senha.

Reviro os olhos e volto para meu lugar após murmurar um "obrigado" a ela.

– Quantos dias ainda serão necessários para o seu mau humor melhorar?

– Eu não estou de mau humor. – Digo sem paciência.

– Oh não! Imagina se estivesse?! – Eu estava pronta para dar-lhe uma resposta atravessada, quando Maite entrou pela porta esbaforida.

– Encontraram Daniel Coelho morto!

– O que??? – Me levanto e pego as chaves do carro, arma e distintivo. – Onde? – Pergunto saindo da sala com ela atrás.

– O encontraram em um rio a dez metros da empresa.

– Assassinato?

– Sim. Um tiro de 35 mm na cabeça.

Entramos no carro e dei partida.

***

– O que temos? – Perguntei ao legista no local.

A área estava isolada e com policiais ao redor buscando informações com civis ou procurando provas pelo espaço próximo ao crime.

– Homem, 45 anos, branco, assassinado com um tiro na cabeça de uma 35mm. Foi encontrado por um morador de rua que chamou a primeira patrulha que viu.

– Identificamos assim que chegamos ao local. – Disse Viegas.

– Hora da morte? – Maite questiona o legista.

– Entre nove a meia-noite de ontem, de acordo com a temperatura do corpo e da água. Só vamos saber a hora exata no laboratório.

– Detetive Portilla? – Um dos policiais me aborda. – Um homem afirmou ter visto a vítima sair do bar da esquina por volta das nove e meia.

– Leve-o ao distrito. Precisamos interrogá-lo. – Digo fitando Daniel ser colocado em um saco preto para ser deslocado ate ao laboratório da perícia na delegacia.

– Com certeza Otávio está metido nisso. – Disse Maite parando ao meu lado.

– A imprensa vai cair em cima. O que só vai dificultar nossas investigações.

– Mais um entrave nesse caso. – Viegas opinou ao se aproximar de nós duas.

Mas assim que ele chegou eu sai, afinal tinha uma testemunha a interrogar.

***

– Bom dia. Sou a Detetive Anahí Portilla. – Digo colocando a pasta em cima da mesa e me sentando a frente da testemunha. – Hum Carlos Santana, correto? – Digo após ver o nome dele na pasta. Ele assente meio nervosos. – Então Carlos me diga o que viu ontem a noite.

– Bom eu estava voltando do trabalho e resolvi passar no bar do Moon para desestressar quando o vi.

– O que viu exatamente senhor?

– Esse homem que está morto...

– Esse? – Estendo uma foto de Eduardo a ele que assente freneticamente apontando para a foto.

– Isso. Ele mesmo. Ele estava ao telefone, parecia nervoso que nem me viu e acabou esbarrando em mim. Eu me lembro dele porque na hora do esbarrão eu derrubei minha pasta de papéis que se espalharam e ele nem parou para se desculpar ou me ajudar.

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