Capítulo 48 - Como era o nome daquilo mesmo?

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Dois dias haviam se passado.

A dois dias eu vinha evitando Alfonso, pelo simples fato de não saber o que fazer. Das cinco ligações que ele me fazia eu só atendia uma e sempre botava a desculpa no trabalho, que eu não estava exercendo, mas que pare ele era a desculpa perfeita para o meu afastamento.

Mas eu sabia que não podia usar essa desculpa por muito mais tempo. E eu só não entendia o porque eu não o afastava logo de uma vez.

Hoje era uma sexta feira e eu tinha até quarta para afastá-lo, pois voltaríamos ao caso naquele dia e eu não poderia estar mais junto a Alfonso ou eu seria afastada do meu trabalho.

Sai da delegacia as cinco da tarde, o sol estava se pondo. Eu dirigia pela orla de Copacabana sem me importar de fato para onde iria. Eu só dirigia. Sem rumo e com pensamentos a mil.

Parei no sinal e olhei pela minha janela a imensidão azul do mar com um lindo por de sol sob suas águas. Olhei ao redor e poucos aproveitavam a beleza que se via a frente. Poucos curtiam o por do sol, poucos caminhavam com amigos ou animais pela areia, outros se divertiam com amigos. E entre eles estava Alfonso.

Uma buzina me fez tirar os olhos dele e olhar pelo retrovisor e depois para o sinal verde, me indicando para seguir viagem.

– Merda. – Pisei no acelerador e em vez de seguir sem rumo, eu manobrei e estacionei em frente a praia, um pouco longe de Alfonso porém eu o via com exatidão. A música tocava baixo nos alto-falantes de dentro do carro.

Recostei no banco e passei a observá-lo.

Ele jogava futevôlei com os amigos, do qual eu não conhecia nenhum. Havia uma mulher com eles que vibrava pulando no colo dele a cada ponto que eles faziam. Aquilo não me aborreceu, só me incomodou a possibilidade dele não me procurar muito por esta ao lado dela.

Quer dizer, ele me ligava, mas quando eu o dispensava ele só dizia "tudo bem depois eu ligo quando puder me atender" mesmo eu não atendendo depois, eu achava que era pouco as tentativas dele de tentar falar comigo.

E talvez o motivo seja a mulher que nele se pendurou de novo.

O sorriso dele era contagiante. Sua pele bronzeada brilhando pelo suor o deixava sexy pra caralho e era esse motivo, junto ao short de poliéster preto, que chamava a atenção das mulheres que passavam por ali.

Desci do carro, deixando meus equipamentos de trabalho no mesmo, e me dirigi em direção a eles.

Me sentei na areia, sem me importar de estar de jeans e sapatos, não muito distantes deles. Se ele prestasse a atenção me veria com facilidade.

Demorou uns cinco minutos até a bola cair um pouco afastada da área de jogo e ele ir atrás dela, parando num tranco quando me viu sentada olhando para ele.

Sua primeira reação foi de espanto, mas logo o sorriu para mim. O meu sorriso, que eu adorava ver em seu rosto.

Ele correu até a bola, a pegou e remessou aos amigos.

– Já deu por hoje pessoal! – O ouço gritar e depois o vejo vir até mim com alguns murmúrios dos amigos ao longe. – Oi. – Disse assim que se ajoelhou a minha frente e sentou sobre seus calcanhares me encarando sorrindo pelo olhar. – Como me achou aqui?

– Foi por acaso. – Ele sorriu e me fitou. O sorriso casto em momento algum sumiu das suas feições.

Ele é muito lindo, meu Deus!

– Você vai me bater se eu beijar você? – Me pergunta divertido e eu franzo o cenho.

– Por que bateria? – Perguntei sem saber mesmo o motivo para tal atitude.

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