Capítulo 7

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N/A: Surpresa! :)


Elas ficaram em silêncio por um tempo, ambas perdidas em seus próprios pensamentos. Depois de um tempo, S/n virou a cabeça para olhar para Mina ao lado dela.

Esta noite, ela não podia dizer se a mulher estava posando para ela ou não.

Mina estava deitada de costas, com as mãos entrelaçadas atrás da cabeça e uma perna dobrada de modo que o seu pé estava apoiado no colchão.

Seu corpo estava relaxado, mas sua posição destacava os seios e as pernas.

Ela deixou os olhos vagarem por seu peito, pela barriga, e em seguida, pelas longas pernas e pés descalços.

Quando os olhos se voltaram para sua cabeça, ela sentiu a pergunta familiar incitá-la impiedosamente.

Como se tivesse de alguma forma sido capaz de perceber a diferença entre um olhar malicioso e uma curiosidade intensa, Mina olhou para ela.

- O que foi?

- Eu tenho certeza de que perguntam isso o tempo todo, mas eu estou morrendo de vontade de saber.

A boca da acompanhante curvou-se ligeiramente.

- A cor do cabelo?

S/n assentiu com a cabeça, envergonhada.

- Eu não consigo nem dizer se você pinta ou não.

- Eu pintava. Comecei a ter cabelo branco quando eu tinha 17 anos. Aos 25 já estava completamente sem a cor natural então comecei a pinta-lo de platinado. Agora aos 30, quando o cabelo branco deveria começar na cabeça de qualquer mulher, ele já tomou conta totalmente de todo o meu cabelo. É uma coisa hereditária chamada canície. Veio da família da minha mãe.

S/n estava estranhamente silenciosa, observando o rosto da mais velha, tentando descobrir se esse era um assunto delicado.

Finalmente, ela perguntou:

- Não havia nenhum tratamento que você pudesse ter feito?

Mina parecia calma e natural, assim, S/n esperava que não estivesse sendo imperdoavelmente rude. Não que isso, necessariamente, a tivesse impedido.

- Sim, havia tratamentos médicos e remédios. Eu fui... encorajada a experimentá-los. - O breve vacilar em sua resposta surpreendeu S/n, já que nunca a havia escutado tropeçar nas palavras antes.

- Você não quis experimentá-los?

Mina hesitou e encontrou os olhos castanhos da brasileira, e algo na expressão de S/n deve tê-la encorajado a continuar.

- Não. Meu pai queria que eu fizesse alguma coisa, mas eu não estava disposta a fazer o que ele queria.

- Uma coisa de adolescente rebelde?

Mina deu um leve encolher de ombros.

- Talvez. Há uma longa história e não é bonita. Talvez tenha sido apenas uma forma de me rebelar, mas minha mãe morreu quando eu era muito jovem e a canície veio de sua família, por isso parecia importante que eu...

Quando ela não terminou, S/n disse baixinho:

- Que você a afirmasse em sua memória dessa maneira?

- É. Meu pai não foi sempre gentil com ela. - Ela lançou um rápido olhar para S/n, como se não tivesse tido a intenção de dizer tudo aquilo.

Minha acompanhante [Mina/You]Onde histórias criam vida. Descubra agora