Capítulo 33

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Mina não se sentia mais forte na manhã seguinte.

Na verdade, ela estava tão exausta que levou um tempo antes que pudesse sair da cama.

Ela estava com muito medo de que, se ela se esticasse ainda mais, ela simplesmente quebraria.

Ficar deitada durante todo o dia, no entanto, seria a pior coisa que ela poderia fazer.

Ela não teria nada para ocupá-la, além de seus próprios pensamentos, nada a fazer senão dar poder ao conhecido tremor que continuava empurrando nas bordas da sua consciência.

Então, se obrigou a levantar-se e voltar ao campus para o trabalho.

Ela trabalhou o dia todo e, principalmente, conseguiu manter sua mente em segurança, na sua pesquisa.

Ela ligou para avisar S/n que chegaria tarde.

Ela disse que a garota não deveria se preocupar com o jantar, mas S/n insistiu que iria fazer algo quando ela chegasse em casa.

[...]

Como Mina sabia que S/n estava esperando por ela, deixou o campus logo depois das oito da noite, mesmo que estivesse tentada a trabalhar por mais tempo.

Ela assumiu que, eventualmente, voltaria a ter seu controle mental e não teria que lidar com "minas terrestres" emocionais como esta.

Ela só precisava de mais tempo.

Logo, se sentiria de novo, como a pessoa que tinha sido desde que se aposentou como acompanhante.

No momento, sua exaustão era, provavelmente, o principal fator na sua carência ridícula, então pegou uma xícara de café a caminho de casa, tentando reunir energia suficiente para passar tempo com S/n sem cair no naufrágio lamentável que se sentia.

S/n estava escrevendo quando Mina chegou, mas ela colocou o laptop de lado imediatamente e saiu para cortar um pouco de pão fresco e aquecer a sopa que ela tinha feito no dia anterior.

Mina fez o seu melhor para manter a conversa enquanto comiam, mas não fez um trabalho muito bom.

Elas continuaram caindo em longos momentos de silêncio.

Cada vez que notava S/n a olhando ansiosamente, ela despertava a si mesma o suficiente para perguntar sobre o romance que estava escrevendo ou falar casualmente sobre sua pesquisa.

Ela não conseguia sustentar qualquer discussão muito longa, no entanto.

Custava mais foco do que possuía.

Ela estava com raiva de si mesma quando terminaram e S/n pegou os pratos.

A garota estava preocupada com ela, isso era óbvio, e Mina era a única culpada.

Ela queria dar-lhe tudo, e em vez disso lhe deu isso.

Ela respirou profundamente para dissipar a névoa de fadiga e, em seguida, foi ficar atrás de S/n enquanto ela lavava os pratos na pia. 

Mina envolveu os braços ao redor da cintura dela, empurrando sua frente contra as costas de S/n.

— Sim? — S/n disse, estendendo a palavra como uma pergunta.

Mina inclinou a cabeça para beijar o lado de seu pescoço.

S/n largou o prato que estava lavando, desligou a água e tirou seus braços de lá, virando-se para que pudesse encarar Mina.

Sua expressão era séria quando ela disse:

— Nós não vamos fazer isso de novo hoje à noite.

— Fazer o quê?

— Transar.

Uma ansiedade defensiva levantou-se em Mina mais rapidamente do que o normal, já que ela tinha tão poucas defesas sobrando, mas ela fez o seu melhor para manter a sua voz leve.

— Eu pensei que você estava gostando do meu tesão excessivo.

— Claro. Até certo ponto. Mas há algo que não está certo sobre isso.

Mina congelou, momentaneamente paralisada, ao perceber que aquilo em que ela sempre tinha sido a melhor, o sexo, não era o que S/n queria dela.

— Eu amo fazer sexo com você — ela continuou, como se Mina realmente tivesse falado alguma coisa. — Você sabe que sim. Mas, desde que você voltou, parece que o sexo começou a ser como antes, quando eu era sua cliente.

Ondas de confusão e medo bateram em Mina.

Ela deve ter danificado seu relacionamento com S/n, quando tudo o que ela queria fazer era salvá-lo.

Minha acompanhante [Mina/You]Onde histórias criam vida. Descubra agora