Capítulo 16

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Olha quem está cumprindo o que prometeu? 
Preparem os corações e as calcinhas. ;P



S/n realmente tirou uma soneca.

Ela ainda estava cansada da viagem, da palestra e de uma manhã de caminhada em Québec, e precisava descansar para a noite, ela queria estar com energia suficiente para passar pelo banquete batendo o papo necessário e sorrindo.

Então, depois que ela e Mina almoçaram no terraço de um restaurante elegante, elas voltaram para o hotel e ela tirou uma soneca.

Mina pegou um livro e parecia perfeitamente contente em ler enquanto ela dormia, mas quando S/n acordou cerca de uma hora mais tarde e olhou para o outro lado da cama, viu que a mulher havia adormecido também.

S/n observou-a por um minuto.

O livro estava ao lado dela na cama e uma de suas mãos estava descansando sobre o estômago.

Mina ainda usava a calça cinza e camiseta branca de mais cedo, embora tivesse tirado os sapatos.

Ela observou os seios da mulher moldados pelo tecido fino de sua camisa e se perguntou por que Mina nunca usava um sutiã.

Ela era sempre tão elegante e sexy vestindo qualquer coisa.

S/n nunca a tinha visto dormir.

Assumiu que ela dormiu na noite anterior, mas já estava de pé quando a latina acordou.

Por alguma razão, sentiu-se estranha em vê-la dormir agora.

Mina parecia diferente sem o comportamento suave e contido que usava como se fosse uma roupa de grife.

S/n viu poucos vincos sobre os cantos de seus olhos e notou uma cicatriz, muito fraca, logo abaixo da orelha direita.

O peito da mulher subia e descia com uma respiração estável, e os olhos de S/n encararam por um longo tempo o modo como os cílios longos se espalhavam contra a pele dela.

Hoje Mina estava sem maquiagem pela primeira vez, e S/n não conseguiu parar de encarar as sutis sardas no rosto dela, morrendo de vontade de tocar o local com a ponta dos dedos e, talvez, distribuir beijinhos por ali.

Parte de S/n estava fascinada pela humanidade de Mina.

Pelo fato de ela fazer algo tão natural como dormir.

Mas também sentiu uma torção ímpar na barriga.

Um peso desconfortável em suas entranhas.

Ela não sabia o que era, mas não gostou.

Então, cuidadosamente, saiu da cama e foi até o banheiro, fechando a porta suavemente, de modo que não acordasse sua acompanhante.

Ela decidiu tomar um banho, pois Mina estava dormindo e o banquete seria dali a três horas.

A água quente encheu a banheira antiga e ela tomou um maravilhoso banho, usando óleo com perfume de lavanda e mel.

Ela já se sentia relaxada e sonolenta quando ouviu a voz de Mina pela porta.

— S/n? Você está bem?

— Sim — gritou. — Só tomando um banho.

A escritora deu um pequeno grito quando a porta se abriu.

Ela não percebeu que sua resposta era um convite para Mina entrar, mas, aparentemente, a mulher achou que era.

Mina entrou no banheiro, descalça e esfregando o rosto.

S/n achou adorável o estado sonolento de Mina.

Ainda mais adorável do que dormindo.

Mas então a garota ficou imediatamente tímida, até que se assegurou de que havia bolhas suficientes na água para manter seu corpo nu coberto dos olhos de Mina.

Quando ela se sentou ao lado da banheira e preguiçosamente mergulhou a mão na água, S/n disse com um sorriso maroto:

— Você tirou um bom cochilo.

Ela sabia que seu tom provocaria uma reação, e Mina não a desapontou.

A mulher estreitou os olhos e fez um grunhido monossilábico.

S/n riu.

Nunca suspeitou que Mina poderia ser ranzinza quando acabava de acordar e achou a ideia estranhamente fascinante.

— Há quanto tempo você está aqui? 

Mina perguntou, deixando sua mão passear pela água.

— Está ficando fria. Há quanto tempo você está aqui?

Mina perguntou, deixando sua mão passear pela água.

— Não sei. Meia hora, eu acho. Está ficando bem fria, estava prestes a sair.

S/n esperou, assumindo que Mina tomaria suas palavras como um sinal de que deveria desocupar o local.

Ela não o fez.

Apenas encostou-se à parede de azulejos e observou S/n em ociosa letargia.

Depois de um minuto, ela perguntou:

— Eu pensei que você estivesse saindo.

— Estou — S/n esperou que agora ela fosse sair.

Mina levantou-se, mas não se moveu para a porta.

Em vez disso, pegou a toalha grande e macia, olhando S/n com expectativa.

Quando a mulher não se moveu, suas sobrancelhas se juntaram.

— Bem?

S/n bufou.

— Você vai ficar aí e assistir?

Mina fez um som estranho que era metade expressão de surpresa e metade risada.

Minha acompanhante [Mina/You]Onde histórias criam vida. Descubra agora