Capítulo 11

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S/n estava esperando algum tipo de argumento - desde que, pelo menos, Mina fosse verdadeira. Ela certamente não esperava que a mulher fosse embora.

De repente, S/n percebeu que não queria que Mina saísse. Ela não estava pronta para que isso acabasse ainda. Então foi atrás de sua acompanhante, alcançando-a exatamente quando ela entrou no elevador, e S/n entrou bem antes das portas se fecharem.

- Por que está indo embora? - Ela exigiu, olhando para a mulher acaloradamente. - Você está agindo como uma idiota, nós estávamos tendo uma conversa. Não há nenhuma razão para você fugir de mim.

Mina ergueu as sobrancelhas novamente.

- A conversa não estava indo a lugar nenhum, eu entendo que você tenha se sentido desconfortável em me ver quando estava com seu namorado na noite de sábado. É perfeitamente natural e você não precisa sentir qualquer culpa sobre a interrupção dos meus serviços.

- Ele não é meu namorado - ela retrucou, começando com a mais irrelevante de suas objeções. - E esse não é o ponto. Você não está agindo como você mesma, isso era tudo o que eu queria.

- S/n, você está presumindo demais. - Mina não estava olhando para ela agora, então apertou o botão para o andar térreo e ficou olhando os números acenderem quando o elevador começou a descer. Sua voz ainda estava controlada, mas seu queixo e ombros estavam tensos. - Nós nunca tivemos uma relação pessoal.

- Eu não estou dizendo que tivemos! - Sua voz era alta e ela desejava que Mina apenas ficasse com raiva, mostrasse alguma emoção real em vez da máscara impessoal que colocou. - Eu sei que foi profissional, mas eu pensei que... nós trabalhamos bem juntas e eu disse que não queria fingir nada, então pensei que você fosse... bem, ser você mesma quando conversamos.

- Você presume demais. - Seus olhos nunca deixaram os números iluminados, mas S/n notou que sua mão estava apertada em torno do estojo.

- Pare de dizer isso! – S/n exclamou.

O hotel foi construído nos anos quarenta, e o elevador era um dos mais antigos com um trilho de bronze grosso correndo pelo meio das paredes e uma parada de emergência que não requeria uma chave. Com medo de que o elevador chegasse ao térreo antes que pudessem terminar esta conversa, S/n apertou o botão de parada de emergência, aliviada quando nenhum alarme disparou.

- Eu não estou presumindo isso. Eu não estou imaginando coisas. Eu sei como você normalmente age comigo e eu sei que não é como está agindo agora. O que há de errado com você? Eu a ofendi de alguma forma?

- Você não me ofendeu. - Mina olhou o botão de emergência, mas S/n se plantou na frente da mulher para impedi-la de iniciar o elevador de novo.

- Bem, então por que você está agindo como louca? - Ela exigiu.

- Eu não estou louca. - Sua expressão ainda era controlada, mas ela levantou uma das sobrancelhas, ato que combinou com sua voz impaciente. – S/n, você pode, por favor, sair do caminho?

- Não. – S/n estava começando a entender agora. Mina estava louca de raiva, esta frieza devia ser algum tipo de cobertura instintiva para mascarar seus sentimentos reais. Ela não tinha ideia de por que a mulher ficaria brava com ela, no entanto, a ideia realmente a incomodava. - Se eu a ofendi de alguma forma, eu gostaria de saber por que. Eu nunca quis, eu sempre tentei... ser gentil.

Finalmente, Mina encarou os olhos dela novamente.

- S/n, você não tem que ser agradável. Você me paga pelos meus serviços.

Minha acompanhante [Mina/You]Onde histórias criam vida. Descubra agora