☼Durante a noite, Mina virou de frente para S/n e passou os braços em volta dela.
Assim, elas acabaram abraçadas.
Na manhã seguinte, Mina mal conseguia se mover.
Cada músculo de seu corpo doía, e sua cabeça latejava brutalmente.
Ela sufocou um gemido quando estendeu a mão para a garrafa de água ao lado da cama e bebeu cerca de seis goles.
Seu movimento deve ter acordado S/n porque a mesma agitou-se inquieta e, em seguida, abriu os olhos.
Ela sorriu para Mina, obviamente, muito grogue para se lembrar da noite anterior, já que não havia nenhum traço de preocupação em sua expressão.
A mulher sorriu de volta, perguntando-se como ela conseguira uma pessoa tão extraordinária para dizer 'sim' a uma proposta de casamento.
A expressão de S/n mudou quando sua memória da noite anterior voltou.— Como você se sente?
— Como se eu tivesse voltado da guerra.
— Eu também, mais ou menos.Mina não duvidou.
S/n a amava tanto que ela se machucava quando Mina se machucava.
Três anos atrás, a mulher nem mesmo sabia que isso era possível.
— Você não tem que trabalhar hoje, não é? É sábado e... — S/n parou de falar, seus olhos escrutinando o rosto pálido.
— Eu não tenho que trabalhar hoje.
— Bom. Então você vai ficar na cama. Eu vou pegar um pouco de café para nós.Mina deitou-se, principalmente porque seu corpo protestou para qualquer outra opção, então S/n foi ao banheiro e, em seguida, desapareceu na direção da cozinha para pegar o café.
Quando ela voltou com duas canecas, Mina apoiou-se nos travesseiros e S/n sentou-se ao lado dela.
Elas ficaram em silêncio por um tempo.
Mina passou o braço em volta dos ombros da garota para puxá-la contra si, querendo que a menor soubesse que ela não ia se afastar novamente, embora ela não conseguisse pensar em uma maneira de abordar o assunto.
— Então, eu estive pensando — disse S/n finalmente.
— Sobre o quê?
— Sobre o que aconteceu. Tudo bem se falarmos sobre isso agora?
— Sim.
— Isto é o que eu acho que aconteceu. Diga-me se eu estiver errada.
— Tudo bem.
Mina estava aliviada que S/n iria começar a conversa, uma vez que ela não conseguia fazer sua mente trabalhar naquele momento.
— Você ficou muito ferida. Muito. Com o que aconteceu com o seu pai, eu quero dizer. E lembrou de como você costumava ser. E então você tentou fingir que parte de si mesma não existia. Você tentou agir normalmente, mas não foi você completamente, de modo que tudo acabou meio que... confuso. Ou algo assim.
— Sim — ela admitiu. — Você chegou bem perto.
— Eu realmente entendo porque era tão difícil e confuso para você. Mas eu não entendo por que você pensou que tinha que esconder isso de mim.Suas palavras não foram concebidas como uma censura, mas havia um traço de dor evidente no tom de voz de S/n, e foi como se uma lâmina cortasse o peito de Mina.
— Sinto muito, amor. — Mina apertou seu braço ao redor dela. — Não há nenhuma boa desculpa. Não há motivo racional. Eu só... — Era tão difícil de admitir, mesmo agora.
— Você só o quê?
— Eu só não quero que você me veja assim... Tão quebrada.S/n colocou o café no criado mudo e estendeu a mão para abraçá-la, enterrando o rosto na curva de seu pescoço.
O movimento ameaçou o café de Mina também, então ela colocou a caneca de lado para que pudesse abraçá-la de volta.
— Eu tenho coisas tão boas agora — Mina murmurou contra o cabelo de S/n. — Eu tenho tudo que eu poderia querer. Eu não deveria estar mais tão quebrada.S/n estava chorando de novo, em apertados soluços, quase silenciosos.
Mina não tinha ideia do que dizer então apenas abraçou-a até que ela se afastou.
— Eu acho que todo mundo é quebrado. De algum modo. É apenas uma parte do ser humano. Quero dizer, olhe para mim.
Mina franziu o cenho.
— Para você?
— Eu estava começando a ficar insegura novamente, porque você estava se afastando. Eu pensei que talvez você não me quisesse mais. Então comecei a imaginar histórias sobre como você estava se sentindo culpada por alguma mudança em seus sentimentos e era por isso que você estava trabalhando o dia todo e, em seguida, fazendo sexo do jeito que você fazia.
— O quê?
A garota se encolheu.
— Eu sei que é bobagem.
— É ridículo! Como você poderia pensar que um dia eu abriria mão do meu amor por você?
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Minha acompanhante [Mina/You]
RomanceMina/You S/N podia até ser uma romancista famosa, mas nunca foi nada além de um fracasso com relação a sexo e amor em sua vida pessoal. Ainda virgem aos vinte e seis anos e cada vez mais frustrada com sua inexperiência, ela decide resolver o assunto...