Capítulo 32

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Nem demorei, né?

Ela estava de volta ao trabalho na biblioteca novamente quando S/n ligou.

Mina conseguiu esquecer tudo, enquanto se concentrava em escrever e pesquisar por várias horas, então piscou surpresa ao olhar para o telefone e perceber que já passava das seis.

— Ei, — S/n disse quando ela atendeu. — Você quer fazer alguma coisa no jantar? Eu realmente não estou com disposição para esse banquete.

— É melhor não. Meu trabalho está ficando bom.

Ela ouviu o suspiro da garota, mas S/n não se queixou, o que era um alívio.

— Tudo bem. Eu acho que eu vou para o banquete chato.

— E o resto, está tudo bem?

— Sim. Eu só preferiria estar com você.

Ela não pôde deixar de sorrir, estranhamente tocada por essas palavras resmungadas.

— Eu também.

— É o que você diz, mas quando eu lhe dou uma chance para ficar comigo, você diz que precisa trabalhar.

— Eu realmente preciso trabalhar. Eu estarei de volta à noite. Há ainda o meu tesão excessivo para resolver.

Para sua surpresa, S/n não riu.

— Eu não estava realmente falando sobre sexo hoje à noite. Eu só quero estar com você.

Ela não tinha ideia do que dizer sobre isso e sentiu uma emoção um pouco estranha, deixando-a paralisada por alguns instantes.

— Mina?

— Sim, — ela conseguiu dizer. — Eu quero ficar com você também.

— Então, por que não?

Ela piscou confusa, depois de ter pensado que a conversa estava terminando e não esperava a pergunta contundente de S/n.

— O quê?

— Se você quer ficar comigo, então por que não?

— Eu já disse...

— Eu sei que você me disse, mas eu simplesmente não posso acreditar que o trabalho é tão urgente. Você tem meses até que a sua dissertação seja entregue. Você já esteve na Grécia, durante seis semanas, e você nem sequer se deu um dia para se recuperar. Se você não quer passar um tempo comigo, eu prefiro que você diga isso direto.

— O que diabos você está falando?

— Nada. — S/n parecia moderada. Um pouco triste. — Você parece...

— Parece que eu estou o quê? — As costas de Mina endureceram um pouco quando ficou imediatamente na defensiva.

— Eu não sei. Que você está me evitando.

— Isso é ridículo. Transamos duas noites atrás. Transamos ontem de manhã. Almoçamos hoje e, em seguida, transamos novamente. Como exatamente eu estou lhe evitando? — Sua voz foi mais acentuada do que deveria ter sido, porque S/n sabia e ela sabia, a garota estava certa.

— Eu não sei como explicar isso, mas eu te conheço. E eu sinto isso. Algo está errado, e você não vai me dizer. Parece apenas que você está distante de alguma forma.

— Eu não estou distante. Estou trabalhando. Eu não tenho certeza do que você espera de mim, mas eu não posso largar tudo porque você precisa de atenção.

Ela sabia que S/n iria responder às suas palavras e seu tom sarcástico.

Ela sabia, e foi por isso que falou dessa forma.

S/n estava com tanta raiva agora, estava quase a fuzilando pelo telefone.

Minha acompanhante [Mina/You]Onde histórias criam vida. Descubra agora