Capítulo 14

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Não demorei! Hehe!


S/n se contorcia sem parar, tentando falar algo para trazer de volta a familiaridade confortável que existiu mais cedo.

Ela estava à beira de voltar a tentar quando Mina finalmente falou:

- Havia uma mulher que era sócia do meu pai. Ela tinha cerca de dez anos a mais que eu, mas sempre se insinuou para mim desde que eu tinha 18 anos.

S/n piscou, desorientada no início, com a mudança de assunto.

Mina estava deitado na cama ao lado dela, mas seus olhos estavam fixos no teto e não havia nenhum traço de emoção em seu rosto.

S/n percebeu que ela estava respondendo à sua pergunta de mais cedo, sobre seu primeiro trabalho como acompanhante.

Talvez sua confissão vulnerável, tenha aberto a porta para Mina se confessar também.

- Depois que meu pai e eu tivemos nossa centésima briga séria, eu jurei que não tinha mais nada a ver com ele e mantive a minha palavra. Estava trabalhando em um MBA, mas abandonei a escola e já não usava qualquer parte de seu dinheiro ou recursos. Então fiquei vadiando por quase um ano, vivendo com amigos e sem fazer nada construtivo, e esta mulher continuou se insinuando, mas eu não estava interessada. Ela não fazia o meu tipo e eu não gostava de suas ligações com o meu pai, então, ela me ofereceu cinco mil dólares para ir a um encontro com ela.

Mina estava com a voz seca, suas feições tão calmas que eram quase impassíveis.

- Eu aceitei, não tinha nenhum trabalho e nem dinheiro próprio. Eu a levei para jantar, em seguida para tomar um coquetel, então, de volta à sua casa, onde transei com ela. Eu vivi por um mês com essa única noite de trabalho.

O coração de S/n, por algum motivo, estava acelerado e ela não conseguia tomar uma respiração completa, mas manteve a voz natural, não querendo fazer uma grande coisa sobre o fato de Mina ter se aberto pela primeira vez.

- Seu pai sabe sobre isso?

- Oh, sim. Tenho a certeza de que ele soube. Parecia tão fácil para mim. Acompanhar mulheres, ganhar dinheiro fazendo isso. Esta mulher tinha um monte de amigas, então eu tenho referências desde o início. Aos poucos, fiz todo um negócio independente dela.

- Foi difícil? - S/n perguntou, mantendo sua voz o mais leve possível. - Esta primeira vez?

- Não. - Mina desviou os olhos até encontrar os dela, embora só os tenha segurado por alguns segundos. - Realmente não foi. Eu estava com raiva e... e determinada. Não estou dizendo que não tenha sido difícil... Em outras vezes. Mas a primeira vez não foi. Nada. - Ela deu uma risada amarga. - Não demorou muito para o meu pai me negar completamente.

- Ele sabe que você ainda faz isso?

- Sim. Ele finge não reconhecer a minha existência, mas ele sabe.

Quando ela olhou para Mina sob a luz artificial do quarto, pensou por um momento que ela parecia incrivelmente jovem.

O que era ridículo, já que a mulher era sete anos mais velha do que ela e já teve mais do que uma vida inteira de experiência.

Mas ela parecia jovem. Como um menina. Como uma menina que ainda queria que seu pai a amasse.

S/n mexeu-se instintivamente, sem planejar ou pensar em suas ações.

Apenas apoiou-se nos cotovelos e se inclinou na direção onde a cabeça de Mina descansava sobre um travesseiro.

Em seguida, seus lábios encontraram os dela.

Pressionado contra eles um beijo suave e breve.

Tudo parecia perfeitamente natural, até a respiração de Mina sair audível por sua garganta, seu corpo estremecer um pouco e ela olhar para S/n com espanto, seus olhos castanhos amplos e confusos.

Minha acompanhante [Mina/You]Onde histórias criam vida. Descubra agora